REUTILIZAÇÃO DE VIDRO COMO SUBSTITUINTE NA COMPOSIÇÃO DO CONCRETO
Por: fcdengenheiro • 18/11/2019 • Artigo • 2.639 Palavras (11 Páginas) • 222 Visualizações
REUTILIZAÇÃO DE VIDRO COMO SUBSTITUINTE NA COMPOSIÇÃO DO CONCRETO:
estudo experimental da resistência de blocos de concreto com adição de pó de vidro como agregado miúdo *
Fernando Costa Dias
Reginaldo da Silva Zago
Rafael Teixeira de Souza
Rômulo Iaghi Leite Andrade
Prof. Dr. Antônio Rafael de Souza Bosso
Resumo
Palavras-chave:
1 Introdução
Tem-se o conhecimento que a construção civil é uma das atividades mais antigas de que se tem conhecimento e é exercitada a muitos anos de forma artesanal. Este fator é um dos fundamentais causadores da necessidade de utilizar tantos recursos minerais. Desde o surgimento de cidades do Império Romano, os construtores já procuravam maneiras de utilizar os resíduos provenientes de construção e demolição na produção de novas obras (ISAIA, 2007). Os avanços tecnológicos têm provocado uma contínua e crescente pressão sobre os recursos naturais do planeta, à medida que o desenvolvimento demanda uma quantidade razoável de matéria prima e gera um grande volume de resíduos. Do ponto de vista do desenvolvimento sustentável esses resíduos devem ser minimizados ou reaproveitados na cadeia produtiva (SOUZA, 2006). O uso da areia natural assim como o pó de pedra como agregado miúdo tem geração a degradação do meio ambiente, além da escassez do produto nas proximidades dos grandes centros urbanos. Quanto mais distante está a fonte dessa matéria-prima, maior é o impacto no custo do produto, tais como, concretos e argamassas. O impacto no custo é gerado especialmente pelo transporte além do custo ambiental que a necessidade de novas jazidas impõe (FERREIRA, 2015). O agravante dessa situação é que de todos os materiais da construção civil a areia é o que tem maior consumo nas obras (ALBUQUERQUE, 1957). Este trabalho apresenta os resultados de ensaios realizados em blocos cilíndricos de concreto fabricado com vidro temperado e laminado moído, em substituição parcial ao agregado miúdo, e objetiva verificar se o bloco de concreto sofre perda significativa na resistência, comparado ao modo convencional que é fabricado apenas com agregado miúdo.
2 Metodologia
Trata-se de um relato de experiência de pesquisa realizado no laboratório de materiais da faculdade católica do Tocantins, em 2018, onde verificou-se a necessidade de reutilizar um material reciclável visando a sustentabilidade na construção civil, neste caso, foi utilizado o vidro moído como agregado miúdo no concreto.
2.1 – CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL
Foram coletadas amostras de agregado miúdo (areia média), agregado graúdo (seixo britado 1), cimento Portland CP 2z e vidro moído misto (temperado e laminado) para realizar os seguintes ensaios:
2.1.1 – Ensaio 1 de determinação do módulo de finura do agregado miúdo:
2.1.2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A amostra ensaiada tinha o dobro do volume do recipiente utilizado que é o recomendado de acordo com a NBR – 7211: 2005. Foi lançado o agregado a uma altura de aproximadamente 10 a 12cm do topo do recipiente, evitando a segregação das amostras. A superfície do recipiente foi regularizada com uma haste, e então foi determinado a massa do agregado. O processo foi repetido duas vezes com o mesmo material.
2.1.3 – EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO ENSAIO
Foram utilizadas balanças com limite de erros de aproximadamente 0,5% das massas a determinar. Recipiente paralelepipédico de material metálico com 15dm³ de volume e 316mm X 316mm de base, com 150mm de altura, concha para lançar o material e haste para regularizar o agregado.
- – ensaio 2 da GRANULOMETRIA DO AGREGADO MIÚDO
Objetivo primordial do ensaio de granulometria, é obter a curva granulométrica de um solo. Através da curva granulométrica pode-se estimar as percentagens (em relação ao peso seco total), correspondentes a cada fração granulométrica do solo. Os equipamentos utilizados foram, Jogo de peneiras, balança, agitador de Peneiras, 500 gramas de agregado miúdo. A amostra utilizada não foi informada a origem. Foi usado amostra da mesma origem para os dois ensaios. Pesou-se 500g de agregado miúdo. Ás 500g de agregado colocou-se nas peneiras, montando assim o conjunto de peneiras, depois de montado foi levado para o agitador de peneiras. O tempo permanecido no agitador foi de 60s. Retiradas do agitador as peneiras, pesou-se a fração de solo retida em cada uma. Esse procedimento foi realizado duas vezes.
2.4 – ensaio 3 sobre a granulometria do VIDRO
- – ensaio 4 sobre a Determinação da massa unitária do agregado graúdo.
Foram utilizados como equipamentos necessários para a realização do ensaio da determinação da massa unitária do agregado graúdo uma balança com limite de erro de aproximadamente 0.5% das massas a determinar. Foi utilizado também um recipiente paralelepipédico de material metálico com 15dm³ de volume e 316mm x 316mm de base com 150mm de altura. Concha para lançar o material e haste para regularizar o agregado. O agregado foi lançado de uma altura de aproximadamente 10 a 12cm do topo do recipiente, evitando a segregação das amostras. A superfície do recipiente foi regularizada com uma haste. Foi determinado a massa do agregado. O procedimento foi repetido três vezes com o mesmo material.
- - ensaio 5 da Determinação da massa especifica do agregado miúdo por meio da proveta.
Os equipamentos utilizados para esse ensaio foram frasco da Proveta, balança com precisão de 0,1g, Pipeta. Durante o procedimento experimental pesou-se 500 g de agregado graúdo, em seguida colocou-se água na proveta, até a marca de 200 cm³. Foi introduzido cuidadosamente as 500 g de agregado no frasco, foi feito a leitura final do nível da água, que representa o volume de água deslocado pelo agregado (L), e após isso repetiu-se o procedimento.
- - ensaio 6 da Determinação da massa unitária do agregado graúdo.
Os equipamentos utilizados para esse ensaio foram balança com limite de erro de aproximadamente 0.5% das massas a determinar, Recipiente paralelepipédico de material metálico com 15dm³ de volume e 316mm x 316mm de base com 150mm de altura, Concha para lançar o material e Haste para regularizar o agregado. O agregado foi lançado a uma altura de aproximadamente 10 a 12cm do topo do recipiente, evitando a segregação das amostras. Em seguida com uma haste foi regularizado a superfície do recipiente para determinar a massa do agregado. Esse procedimento foi repetido três vezes com o mesmo material.
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