REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA POR MEIO DE CISTERNAS

UNIVERSIDADE PAULISTA

ENGENHARIA CIVIL

ANDERSON DOS SANTOS SANTA CHIARA

GUILHERME FRANZO HIDALGO

JEFERSON GODOY DE SOUZA

JEFFERSON PEREIRA AMURIM

JULIA FERRAZ MESSIAS

LUCAS SILVA VILELA

LUCAS VINICIOS DA COSTA GONÇALVES

MATEUS BANCI DE ANDRADE

REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA POR MEIO DE CISTERNAS

SANTANA DE PARNAÍBA

2017

REUTILIZAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA POR MEIO DE CISTERNAS

Como já é conhecido, apenas 1% da água existente no planeta está disponível para o nosso consumo. A exagerada demanda por água em alguns estados brasileiros, ocasiona a falta de água, que não atinge apenas o desenvolvimento econômico, mas também a qualidade de vida da população. Levando em conta esses fatores, a substituição de fontes é a melhor alternativa para suprir as altas demandas, sem causar prejuízo às águas com menor qualidade.

Uma alternativa relativamente prática e eficiente, é a instalação de cisternas em residências para o reaproveitamento da água da chuva.

Com informações retiradas do Calendário anual das chuvas, onde obtemos a precipitação total de litros/m2 e da ABNT 10844/89 para o dimensionamento de calhas e tubos de descidas, é possível comprovar que a instalação de cisternas, pelo menos no estado de São Paulo, é uma solução bastante viável.

Qual tamanho de cisterna utilizar para uma residência

A ideia de ter uma cisterna é poder armazenar o máximo possível de água da chuva, mas não é tão simples assim, para sabermos se o investimento compensa ou não, é necessário calcular qual é este valor máximo. A primeira informação que precisamos é a média da quantidade de chuva que costuma cair na região. Uma chuva considerada “normal” na região da grande São Paulo, fica entre 10mm a 20mm.

Utilizando o cálculo de volume de água de chuva (no pluviômetro, cada mm vai indicar que caiu 1L/m2), essa chuva média em São Paulo rende um armazenamento de 10 a 20 litros por m2 de telhado.

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        Demonstração dos valores encontrados pelo pluviômetro.

Exemplificando o esquema: se o telhado tem 25m2, ele poderá coletar entre 250 e 500 litros de água da chuva, então a capacidade da cisterna deverá ser de no mínimo 500 litros.

Outro dado importante que deve ser obtido é o consumo diário dessa água não-potável na residência, ou seja, quantos litros diários serão gastos para irrigação de jardins e descargas por exemplo. Com esses dados, é possível fazer um comparativo com o valor gasto por dia e o valor que o seu telhado pode capitar de chuva, fazendo com que a escolha da cisterna seja a ideal para cada tipo de residência.

Com a capacidade de armazenamento resolvida, é preciso solucionar outra questão para a sua cisterna: onde ela será instalada? Em geral, a cisterna deve ser enterrada e ficar apenas com sua tampa de inspeção para fora, caso seja construída em alvenaria, precisa ficar 50cm acima do nível do piso; estes detalhes são importantes para evitar o contato com bichos ou com água contaminada.

Fazendo a captação e armazenamento

Para fazer a captação da água da chuva na residência, é necessário usar uma superfície que possa condensar o escoamento para uma vertente, na maioria das vezes será o telhado ou as lajes. Após ter a área escolhida, é importante observar ao redor para perceber se nenhum fator externo possa contaminar essa água, como por exemplo:

- A presença de árvores, que podem soltar muitas folhas;

- A presença de aves e/ou animais que possam circular sobre aquela área;

- Se o local fica próximo a áreas com poluição, como fábricas e rodovias;

- O tipo de inclinação da cobertura, das calhas e tubos (quanto mais lisos e inclinados melhor).

Com a análise feita, e nenhum fator externo atrapalhando, são feitas as instalações das calhas e dos condutores, usando como referência a tabela a seguir:

[pic 2]

Depois de ter os condutores instalados, é preciso observar em uma chuva forte quanto tempo ou qual a quantidade de água será necessária para lavar o telhado, removendo toda a sujeira antes de enviar a água para a cisterna. A sugestão para telhados residenciais é de 2L/m2, mas de acordo com análise do local, o valor pode ser alterado. A limpeza e conservação da cobertura, calhas e condutores também são importantes, afinal, quando mais limpos, melhor será a qualidade da água.