Relatório Maquinas Sincronas
Por: Caio Yoshida • 21/5/2015 • Relatório de pesquisa • 1.815 Palavras (8 Páginas) • 1.595 Visualizações
AULA PRÁTICA 03 – MOTOR SÍNCRONO
Assuntos: Determinação experimental das curvas V de um motor síncrono.
Observação do ângulo de carga (δ) do motor por meio de estroboscópio
Palavras-chave: Motor síncrono, curva V, curva composta, tipos de excitação do motor, fator de potência.
Introdução Teórica:
I - Ensaio para obtenção das curvas V
O ensaio pretende mostrar ao aluno que o fator de potência no qual um motor síncrono opera e, portanto, a corrente de armadura, pode ser controlada pelo ajuste da corrente de campo, como mostra a figura 1.
As curvas a serem determinadas mostram a relação existente entre a corrente de armadura por fase (Ia) e a corrente de campo (If), para uma tensão terminal constante e uma dada carga mecânica no eixo do motor. Devido ao seu aspecto característico, elas são chamadas de “curvas V”. Uma família de curvas V é mostrada na figura 1, para várias cargas. Observe que FP = cosθ, nesta figura.
[pic 1]
Observe que para uma dada carga constante no eixo do motor, a corrente de armadura é mínima quando o FP = 1,0 (fator de potência é unitário) e a corrente aumenta à medida que o FP decresce.
As linhas tracejadas no gráfico da figura 1 representam os pontos com FP constantes e são as chamadas “curvas compostas” dos motores síncronos. Estas curvas mostram como a corrente de campo deve ser ajustada para manter o FP constante ã proporção que a carga varia.
Conforme indicado (figura 1), os pontos de operação à direita da curva composta para FP unitário correspondem a sobreexcitação do motor e entrada de corrente adiantada (FP capacitivo). Os pontos ã esquerda correspondem a subexcitação do motor e entrada de corrente atrasada (FP indutivo).
Procedimento:
[pic 2]
- Ligar a máquina síncrona como motor conforme a figura 2 e a máquina de corrente contínua acoplada a ela como gerador shunt para servir como carga mecânica no motor.
- Partir o motor com o circuito de campo em aberto, isto é, partir empregando o seu enrolamento amortecedor como se essa máquina fosse um motor de indução em gaiola.
- Variar a corrente de campo desde a subexcitação até a sobreexcitação observando a corrente de armadura e anotando na tabela abaixo os valores lidos nos diversos aparelhos de medida. Fazer o ensaio com o motor síncrono operando: (a) a vazio; (b) a mela carga; (c) a plena carga.
Nota: Como já mencionado, a tensão aplicada nos terminais do motor deve permanecer no valor nominal durante todos os ensaios.
- Traçar as curvas V correspondentes.
TIPO DE ENSAIO | Potência fornecida (watts) | Corrente de campo (ampéres) | Corrente de linha (ampéres) | Ia (valor médio em ampéres) | Fator de potência ou cosθ | ||
I1 | I2 | I3 | |||||
A VAZIO | 280 | 4,35 | 0,90 | 0,85 | 0,75 | 0,80 Lead | |
190 | 4,00 | 0,50 | 0,65 | 0,65 | 0,93 Lead | ||
230 | 3,50 | 0,40 | 0,70 | 0,40 | 0,99 Lag | ||
250 | 2,60 | 0,85 | 1,10 | 0,90 | 0,73 Lag | ||
290 | 1,40 | 1,6 | 1,85 | 1,70 | 0,47 Lag | ||
A MEIA CARGA | 460 | 4,20 | 1,30 | 1,35 | 1,15 | 0,92 Lead | |
410 | 3,90 | 1,10 | 1,20 | 0,95 | 0,95 Lead | ||
400 | 3,35 | 1,10 | 1,25 | 0,95 | 0,99 Lag | ||
350 | 2,50 | 1,25 | 1,50 | 1,30 | 0,82 Lag | ||
440 | 1,50 | 1,90 | 2,10 | 1,95 | 0,60 Lag | ||
A PLENA CARGA | 500 | 4,15 | 1,40 | 1,50 | 1,30 | 0,95 Lead | |
500 | 4,00 | 1,35 | 1,40 | 1,15 | 0,975 Lead | ||
480 | 3,35 | 1,30 | 1,45 | 1,20 | 0,99 Lag | ||
460 | 2,55 | 1,45 | 1,70 | 1,45 | 0,82 Lag | ||
545 | 1,50 | 2,15 | 2,40 | 2,25 | 0,61 Lag | ||
II – Observação do ângulo de carga do motor síncrono
Suponha que o motor síncrono esteja operando a vazio (sem carga no eixo). Se acrescentarmos carga no eixo do motor, o ajuste do rotor a sua nova posição de fase acompanhando a variação de carga pode ser verificado experimentalmente, observando o rotor da máquina com luz estroboscópica tendo uma frequência de lampejo que faz o rotor parecer estacionário quando esse estiver girando a velocidade nominal.
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