Relatório Pendulo Físico
Por: Camila Costa • 25/9/2018 • Trabalho acadêmico • 2.194 Palavras (9 Páginas) • 244 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Quando um corpo está em um movimento oscilatório e, a partir de um certo momento,
passa a repetir essa trajetória, pode-se dizer que o movimento realizado é periódico. O pêndulo
representa uma classe de movimento oscilatório, onde a força responsável pelo seu movimento é
a força gravitacional. Esse pêndulo pode ser classificado como simples e fı́sicos. No entanto
grande parte dos pêndulos reais são fı́sicos, visto que os simples estão sujeitos a condições
quase ideais. O pêndulo fı́sico se trata de um corpo rı́gido de massa M, que é suspenso por
um eixo horizontal que o atravessa, em torno do qual o corpo pode girar. Quando se está na
posição de equilı́brio, o eixo que o suspende (O) e o centro de massa (CM) do corpo estão na
mesma linha vertical. A distância entre o eixo e o centro de massa é chamada de D. Quando
esse corpo é sutilmente afastado, por um pequeno desvio angular, da sua posição de equilı́brio
na vertical e é liberado, o pêndulo passa a realizar um movimento oscilatório em torno dessa
posição, conduzido pelo torque restaurador exercido pela força peso do próprio corpo.
−
→
−τ = →
−r × →
F
(1.1)
τ = −rFsen θ
(1.2)
τ = −MgDsen θ
(1.3)
Logo:
O sinal negativo indica que o torque é sempre contrário ao desvio angular. Por isso o torque é
chamado de “restaurador”, pois ele atua no sentido de restaurar o estado de equilı́brio.
Sabe-se também que, no movimento de rotação, o torque é dado por:
τ = Iα
(1.4)
Onde I é o momento de inércia e α é a aceleração angular. A partir das equações 1.3 e 1.4,
pode-se deduzir a equação do movimento como:
I
d2θ
= −mg × Dsen θ
dt 2
(1.5)
Porém, essa equação possui a seguinte forma homogênea linearizada quando a amplitude angular
do movimento for pequena o suficiente para que seja válida a aproximação: sen θ ∼
= θ:
d 2 θ MgD
+
θ=0
dt 2
I
(1.6)
Tal equação define a frequência angular das oscilações do pêndulo fı́sico:
r
r
MgD
MgD
2π
MgD
2
ω =
⇒ ω=
⇒
=
I
I
T
I
Invertendo a equação tem-se:
T
=
2π
s
I
⇒ T = 2π
MgD
s
I
MgD
(1.7)
Partindo da equação anterior, tem-se:
T 2 mgD
I0 =
4π2
(1.8)
Sendo g a aceleração da gravidade, D a distância entre o eixo e o centro de massa, M a massa do
corpo, e I o momento de inércia deste corpo.
O momento de inércia é uma grandeza associada à inércia de rotação. Assim como
em um movimento de translação de um corpo qualquer, o mesmo apresenta uma tendência em
permanecer em seu estado inicial, em um movimento de rotação acontecerá o mesmo. Esta
resistência à mudança na velocidade angular de um corpo, é conhecida como momento de ińércia.
Quando um corpo rı́gido contém um número muito grande de partı́culas (sistema contı́nuo),
como no caso de uma barra e um disco, utiliza-se do cálculo integral para calcular seu momento
de inércia.
O momento de inércia de um sistema de partı́culas contı́nuo é dado pela expressão:
Z
I=
r2 dm
(1.9)
2 OBJETIVOS
Estudar o movimento de um pêndulo fı́sico e obter:
- Os momentos de inércia de uma barra retangular para dois pontos fixos diferentes;
- O momento de inércia de um disco, cujo centro de
...