Relatório de Geologia Geral
Por: Vanessa Brandão • 13/7/2018 • Trabalho acadêmico • 4.163 Palavras (17 Páginas) • 304 Visualizações
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Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
Instituto de Ciências Exatas e da Terra – ICET
RELATÓRIO DE GEOLOGIA GERAL
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................5
3 GEOLOGIA LOCAL.....................................................................................13
3.1 Estrada da Guia............................................................................................13
3.2 Escarpa..........................................................................................................14
3.3 Vereda do Córrego Paciência......................................................................15
3.4 Córrego Salgadeira.......................................................................................16
3.5 Cachoeira Salgadeira....................................................................................17
3.6 Portão do inferno..........................................................................................18
3.7 Bordas do Planalto........................................................................................20
3.8 Erosão Urbana..............................................................................................21
3.9 Mirante do Geodésico...................................................................................22
4 CONCLUSÃO..................................................................................................24
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INTRODUÇÃO
Campo de Geologia Geral realizado nos dias seis e sete de outubro, das 08h00 as 18h00, na rodovia estadual MT-251, com parada na cidade de Chapada dos Guimarães em Mato Grosso. Estudo praticado pelos alunos da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, do Instituto de Ciências Exatas e da Terra - ICET, curso de Geologia seriado, com orientação do professor Prudêncio Rodrigues de Castro Junior, de Geologia Geral, e o professor Paulo César C. da Costa de Elementos de Mineralogia e Petrologia.
O campo foi divido em nove afloramentos a serem analisados: Estrada da Guia, Escarpa erosiva, Vereda do Córrego Paciência, Córrego Salgadeira, Cachoeira Salgadeira, Portão do Inferno, Bordas do Planalto, Erosão Urbana e Mirante do Centro Geodésico da América do Sul.
Os aspectos observados durante o campo, tipo de rochas presentes, suas estruturas e texturas, os processos ocorridos e a cronologia dos eventos geológicos, foram analisados na região norte, no Grupo Cuiabá, subunidade seis e sete, Grupo Paraná, com a Formação Furnas e Formação Ponta Grossa, e Grupo São Bento pela Formação Botucatu.
O relatório produzido foi baseado nas informações coletadas durante o campo, e nos dados geológicos e geomorfológicos, contidos no projeto SIG CUIABÁ.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PROJETO: Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e entorno - SIG CUIABÁ, 2006.
Os afloramentos observados na região de Chapada dos Guimarães, ao norte, apresentam rochas do Grupo Cuiabá, subunidade 6 e 7 , afloramentos da Formação Furnas, da Formação Ponta Grossa e as escarpas da Formação Botucatu.
GRUPO CUIABÁ
SUBUNIDADE 6
Aflora principalmente na porção norte da área, cobrindo uma área de 1.120 km² o que representa cerca de 22% da área total do projeto.
Com relação às subunidades 3,4 e 5, apresenta relevo mais acentuado e acidentado, formando colinas com cotas acima de 200 metros.
Na área é representada litologicamente por filitos conglomeráticos com intercalações de metarenitos e mais raramente de quartzitos. Não foram observadas intercalações de mármore como acontece em outras regiões em que esta subunidade aflora.
Os filitos apresentam-se de cor cinza-claro a esverdeado, tornando-se avermelhados ou amarronzados quando alterados. Normalmente são de granulação fina, matriz filitosa, englobando fragmentos de quartzo, quartzito e filitos subarredondados a angulosos, variando de grânulos a calhaus. A quantidade de clastos aumenta em direção ao topo.
Os metarenitos formam pequenos corpos alongados na direção NE – SW, sobressaindo no relevo devido a maior resistência a erosão. Apresentam cor cinza-clara a esverdeado quando inalterados, adquirindo tonalidade avermelhada quando alterados. Apresenta textura granoblástica, granulação fina a média e são friáveis e formados por grãos de quartzo subarredondados a angulosos, sericita e algum feldspato. A foliação S2 é incipiente e o sistema de fraturas mostra duas direções principais: N30° – 60° W e N 30° –50° E.
Os quartzitos são semelhantes aos metarenitos apenas mais compactados e com grãos de quartzo recristalizados.
Os veios de quartzo de segregação são comuns e estão dobrados juntamente com a foliação S2. Os veios de quartzo hidrotermal são menos freqüentes em relação à subunidade 5 e de espessura centimétrica.
O contato com a Subunidade 7 é gradacional, não tendo sido observado contato tectônico.
No extremo leste da área, observa-se contato erosivo e por discordância angular com os sedimentos da Formação Pantanal, e com aluviões recentes. Luz et. al. (op. cit) estimaram uma espessura de 800 metros para essas litologias.
SUBUNIDADE 7
Assim como a Subunidade 6, aflora na porção norte da área, abrangendo um total de 320 km² representando 6%da área total do projeto.
É a subunidade que apresenta melhor preservação e relevo mais acidentado principalmente nas proximidades da Chapada dos Guimarães onde atinge cotas de até 750 metros.
Litologicamente é constituída por metaparaconglomerados petromíticos (diamictitos), com raríssimas intercalações de filitos e metarenitos.
Os metaparaconglomerados possuem cor cinza-claro a cinza-esverdeado e matriz silto-arenosa, na qual se encontram dispersos fragmentos angulosos a subarredondados de tamanho variando de grânulos até matacões de quartzo, quartzito, filito, granitos, metacalcáreos e rochas básicas.
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