Resenha Crítica Sobre o Texto “Indicadores de Sustentabilidade” de José Eli da Veiga
Por: Rafael Amorim • 13/11/2020 • Resenha • 498 Palavras (2 Páginas) • 617 Visualizações
Resenha crítica sobre o texto “Indicadores de sustentabilidade” de José Eli da Veiga
Nessa obra de José Eli da Veiga, ele passa uma visão sobre a história da sustentabilidade, mostrando sua complexidade dentro de algumas áreas como ecologia e economia. Além disso, conseguiu evidenciar por meio de uma breve retrospectiva ao longo do tempo alguns parâmetros e indicadores importantes e também sua evolução com o passar do tempo.
Pode se dizer que a sustentabilidade é mediada tanto pela ecologia quanto pela economia, duas áreas de extrema importância para o planeta. No âmbito ecológico destaca-se a relação do planeta e sua capacidade de resiliência, ou seja, a capacidade de um ecossistema se transformar de maneira abrupta e conseguir retomar o seu estado anterior. Trazendo dessa maneira o conceito de resiliência que passou a ter forte destaque no meio ecológico.
Já na área econômica o foco é outro, quando se pensa em economia, está mais ligada a produção de capital e de estoques, a percepção deixou de ser ambiental e virou muito mais produtiva. Destacando também o embate entre sustentabilidade “forte” e “fraca”, sendo que a primeira se fundamenta na ideia de que cada geração mantenha no mínimo o “capital natural” constante, já a segunda apoia a ideia de manter os três tipos de capital (o propriamente dito, o natural/ecológico e o humano/social) constantes.
Após citar ambas as áreas, Veiga destaca que apesar de serem áreas muito diferentes, elas são primordiais na implementação de mecanismos mais sustentáveis tanto no âmbito econômico como no social. A partir daí Veiga mostrou os indicadores usados na hora de sua quantificação.
Entre os principais indicadores, podemos citar o trabalho de James Tobin e William D. Nordhaus feito há quase 40 anos, onde a crítica está na obsolescência do crescimento econômico. Destacando a necessidade de buscar a felicidade e a liberdade e não um aumento na economia do país, fazendo assim uma repreensão em relação ao PIB.
Outro indicador que pode ser destacado, é onde ele cita a primeira grande virada em 1989, mostrando o surgimento do “Índice de Bem-estar Econômico Sustentável” (Isew, na sigla em inglês), que anos depois foi transformado no famoso “Indicador de Progresso Genuíno” (GPI, na sigla em inglês), apesar de agora começar a ter um enfoque encima da qualidade de vida antes citada, ainda se encontra muito ultrapassada quando se fala em sustentabilidade, pois ainda temos a famosa atribuição de preços estudadas aos danos ambientais.
Dessa maneira, observa-se que é necessária uma nova maneira de pensar em relação aos indicadores econômicos. A partir de agora é essencial considerar aspectos que influenciam no bem-estar da população e abordar indicadores ecológicos na hora de tomar decisões econômicas, se desvinculando assim, daquela visão produtiva que só pensa em aumentar o PIB, deixando de lado outros aspectos a sua volta.
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