Resenha Filme "Tempos Modernos"
Por: Pedro Campos • 3/1/2022 • Trabalho acadêmico • 579 Palavras (3 Páginas) • 209 Visualizações
O filme “Tempos Modernos” é uma obra do ano de 1936, dirigida, roteirizada e
produzida por Charles Chaplin, visto como um dos maiores artistas cinematográficos
que o mundo já teve. Responsável por diversos filmes e curtas os quais rodaram o
mundo em períodos de guerras mundiais e crises econômicas, Chaplin conseguia
tirar sorrisos com suas obras humorísticas, onde no fundo, possuíam um tom crítico
a diversas práticas da sociedade da época.
O título em questão, aparenta se passar na década de 1929, na Grande
Recessão, tempos marcados por uma enorme crise econômica, porém também
pode ilustrar alguns anos sucessores como o fim da Segunda Guerra Mundial. Em
sua apresentação, com a frase “Tempos Modernos: Uma história de trabalho e
indivíduo - a humanidade em busca de felicidade”, já percebe-se como que ter um
emprego era visto (e ainda pode ser visto até os dias de hoje) como um catalisador
para a felicidade. Em épocas de crises econômicas, o dinheiro é visto como algo de
difícil alcance, e chegar até ele para dispor de bens materiais, é como atingir o
“estado de felicidade”, e o emprego seria uma destas formas.
Logo após essa frase, ocorre uma comparação dos trabalhadores indo para a
fábrica, com um rebanho de ovelhas brancas, dando a entender que aqueles
indivíduos são domados pelo sistema e, apenas seguem ordens vindas de seus
superiores. É possível também perceber, a existência de uma pressão de estar
sendo observado no horário de trabalho, e possuírem uma rígida hierarquia.
Nota-se, que o trabalho é uma linha de produção manual com ações
extremamente repetitivas e sem conforto algum e nos moldes fordistas, ou seja,
focado na maior produtividade possível e pouca variedade de produtos, isso
podendo ser percebido pois os personagens sempre apertam o mesmo parafuso de
uma mesma parte de algum objeto diversas vezes ao dia. Outra adição à percepção
do modelo fordista, é a chegada da máquina de alimentar, apenas mais uma forma
de aumentar a produção, visto que os trabalhadores fariam ambas as tarefas
simultaneamente.
Inclusive, essa necessidade de tentar elevar a produtividade a qualquer custo,
encarregando o trabalhador de dar conta do serviço independente das adversidades,
apenas deixa o operário cada vez mais cansado e destruído, seja fisicamente e até
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psicologicamente. Este fato
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