Sata E Scsi
Artigos Científicos: Sata E Scsi. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: josecarlos25 • 10/5/2014 • 3.281 Palavras (14 Páginas) • 309 Visualizações
Sigla para Small Computer Systems Interface, SCSI é, basicamente, uma tecnologia criada para permitir a comunicação entre dispositivos computacionais de maneira rápida e confiável. Sua aplicação é mais comum em HDs (discos rígidos), embora outros tipos de aparelhos tenham sido lançados tirando proveito desta tecnologia, como impressoras, scanners e unidades de fita (geralmente usadas para backup).
Trata-se de uma tecnologia antiga. Sua chegada ao mercado aconteceu oficialmente em 1986, mas seu desenvolvimento foi iniciado no final da década anterior, tendo o pesquisador Howard Shugart, considerado o criador do floppy disk (disquete), como principal nome por trás do projeto.
Pronunciado como "iscãzi", esta tecnologia se mostrou extremamente importante nos anos seguintes, especialmente porque os processadores passaram a ficar cada vez mais rápidos. Com o SCSI, os HDs e outros dispositivos puderam, de certa forma, acompanhar este aumento de velocidade.
A utilização do SCSI sempre foi mais frequente em servidores e aplicações profissionais que, de fato, se beneficiam de maior velocidade. No que se refere ao ambiente doméstico e aos escritórios de modo geral, a interface IDE (atualmente mais conhecida como PATA), que surgiu quase que na mesma época, dominou o mercado por ser menos complexa e mais barata, apesar de oferecer menos recursos.
Como o SCSI funciona?
Símbolo do SCSI A tecnologia SCSI tem como base um dispositivo de nome Host Adapter, também conhecido como controladora. Em outras palavras, trata-se do item responsável por permitir a comunicação entre um dispositivo e o computador por meio da interface SCSI. A controladora pode estar presente na placa-mãe ou ser instalada nesta a partir de um slot livre, por exemplo.
Além da velocidade, a tecnologia SCSI também oferece a vantagem de permitir a conexão de vários dispositivos a partir de um único barramento. No entanto, apenas dois dispositivos podem se comunicar ao mesmo tempo. Esta limitação existe porque um dispositivo precisa fazer o papel de "iniciador" (initiator) da comunicação, enquanto o outro assume a função de "destinatário" (target).
Assim, é possível, por exemplo, ter cincos discos rígidos ligados ao computador por meio de uma controladora SCSI, mas a comunicação ocorre somente com um por vez. Para que esta comunicação seja possível, cada dispositivo recebe uma identificação exclusiva (SCSI ID).
A quantidade máxima de dispositivos conectados depende da versão do SCSI, assunto que será tratado mais à frente. No que é conhecido como SCSI-1, pode-se ter até oito dispositivos conectados, sendo um deles o Host Adapter. Versões sucessoras do SCSI suportam até 16 dispositivos conectados.
A identificação deve ser feita seguindo os números de 0 a 7 no SCSI-1 ou de 0 a 15 em outras versões. Esta configuração pode ser feita manualmente a partir de chaveamento ou jumpers (pequenas peças com interior de metal). Normalmente, o Host Adapter deve receber a numeração 7. Obviamente, se dois ou mais dispositivos receberem a mesma SCSI ID, haverá conflitos na comunicação.
Apenas para efeitos comparativos, a tecnologia IDE permite a conexão de apenas dois dispositivos em cada barramento, sendo um identificado como master e o outro como slave. Esta configuração também é feita por jumpers. Neste caso, a comunicação é realizada por meio de cabos flat que possuem três conectores: um é ligado à placa-mãe e os demais aos HDs (ou a outros dispositivos que utilizam a interface, como leitores de CD/DVD).Pode-se utilizar um esquema semelhante no SCSI - é possível encontrar cabos SCSI que suportam até quinze dispositivos -, tudo depende da aplicação.
Há, entretanto, uma particularidade nas conexões SCSI: estas precisam de um sistema de "terminação", que normalmente é ativado no último dispositivo conectado ao cabo. Este mecanismo costuma ser formado por um conjunto de resistores que tem a função de impedir que os sinais da transmissão retornem pelo barramento, como se fosse um efeito de "bate e volta".
Os sinais são transmitidos, basicamente, de três formas:
- Single-Ended (SE): neste modo, o sinal é emitido pela controladora para todos os dispositivos conectados por meio de uma única via. Como o sinal se degrada ao longo do percurso, é recomendável que a conexão toda não tenha mais do que 6 metros. Por ser de implementação simples, este meio de sinalização é bastante utilizado;
- High-Voltage Differential (HVD): neste modo, o sinal é transmitido por meio de duas via, característica que o torna mais resistente a problemas de interferência, uma vez que é possível identificar variações a partir do cálculo de diferenças das voltagens de ambas. Aqui, os dispositivos conectados podem receber um sinal e retransmití-lo até chegar ao destino. Com isso, este tipo de sinalização consegue ser mais rápido e pode ser utilizado em cabos mais longos, com até 25 metros;
- Low-Voltage Differential (LVD): este modo é semelhante ao HVD, mas utiliza voltagens menores. Conexões LVD devem ter cabos de até 12 metros.
Vale frisar ainda que a tecnologia SCSI pode trabalhar com os modos de transmissão assíncrono e síncrono. O primeiro permite ao iniciador enviar um comando e aguardar uma resposta em todas as operações. O segundo funciona de maneira semelhante, mas é capaz de enviar vários comandos antes de receber a resposta da solicitação anterior. Esta característica pode influenciar na velocidade de transmissão dos dados.
Versões do SCSI
Como informado anteriormente, a tecnologia SCSI passou por revisões ao longo do tempo que resultaram em novas versões. A seguir, as principais características de cada especificação lançada.
SCSI-1
O SCSI-1, ou seja, a primeira versão do SCSI, surgiu oficialmente em 1986. A sua taxa máxima de transferência de dados é de 5 MB/s (megabytes por segundo), considerando uma frequência (clock) de 5 MHz com 8 bits transferidos por vez. Aqui, é possível o uso de até oito dispositivos em uma conexão.
SCSI-2 (Fast SCSI)
O SCSI-2 (ou Fast SCSI) é uma revisão lançada em 1990 para contornar algumas das limitações do SCSI-1. Esta especificação incluí recursos que, na primeira versão, não eram necessariamente obrigatórios, gerando problemas de compatibilidade. Entre eles estão um conjunto de aproximadamente vinte instruções
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