Segurança Do Trabalho

.1. Apresentação, justificativas e relevância do trabalho.

A empresa deve ser rentável, mas não à custa do sofrimento de seus empregados e degradação ambiental. (OMAR AKTOUF a pud VILLARDI e LEITÃO 2000, p. 54). Buscar origens e naturezas de ganhos de produtividade inéditas, fora dos recursos das economias de escala e da padronização taylorista e fordista, isto na pequena série e na produção simultânea de produtos diferenciados e variados. (CORIAT, 1994, p. 108).

o propósito deste trabalho foi o de mostrar a motivação para o trabalho como

fator de criatividade e incremento de produção em empresas de médio porte - caso ACEPLAC. Como o foco foi a motivação para o trabalho, o elemento de pesquisa tratado foi o conjunto dos recursos humanos da Acesita Placas S/A - ACEPLAC, empresa de médio porte no município de Timóteo, em Minas Gerais. A Acesita, empresa holding do grupo da qual a ACEPLAC pertencia, foi privatizada em 1992, com capital nacional advindo principalmente das fundações, tendo sido a PREVI Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil a principal acionista. Os acionistas contrataram uma diretoria profissional para viabilizar três metas imediatas: sanear a empresa; mostrar à comunidade local e nacional que a empresa era competitiva; e crescer o negócio na sua principal linha que era o inoxidável. Em:

<www.acesita.com.br. Depois de executado o planejamento inicial, a gestão passou para o segundo plano: expandir o negócio para alcançar um faturamento anual de 1 bilhão de dólares (o dólar na época era 1 dólar para 1 real). Dentro da linha inoxidável, o segmento de chapas grossas era o que representava o maior desafio para a Acesita, visto que o mercado interno era pouco explorado e já vítima de importações consideráveis. Outra dificuldade era que a Acesita não tinha uma linha de acabamento. A única empresa então existente era a PLAMINOX, cujos proprietários demonstravam pouco interesse na expansão do segmento, pois já assumiam a liderança nas revendas de inox no Brasil. Em 1993 a Acesita iniciou as negociações para a compra dessa empresa, tendo concluído-a em abril de 1994.

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Iniciou-se a gestão dentro do sistema Acesita em maio de 1994. No caso da empresa selecionada para o presente estudo, o que a distingue é o fato de os dirigentes da holding, quando assumiram o seu controle, terem trazido uma visão mais participativa de modelo gerencial, uma grande inovação no setor metalúrgico, um cenário tradicionalmente fordista. Primeiramente, orientaram os gestores de que "o lucro não poderia ser alcançado com a miséria das pessoas", transformando esta premissa em um dos pilares da missão desenvolvida para a nova etapa da empresa. Sobre esta questão Omar Aktouf a pud Villardi e Leitão (2000, p. 54), deu sua contribuição:

A ideologia autoritária do capital, a quem a teoria serve, marginaliza os interesses humanos, considerados satisfatoriamente resolvidos pela lei do mercado e pela lógica do lucro, enquanto os problemas relacionados ao conflito e demais aspectos do bem-estar e da realização pessoal no trabalho permanecem marginais à teoria e à prática organizacional. A empresa deve ser rentável, lembra, mas não à custa do sofrimento de seus empregados e da degradação ambiental.

A correlação entre essa orientação significativa de ruptura paradigmática, dos dirigentes da holding, aos seus gestores, e a predisposição existente na ACEPLAC, devido a estudo anterior desenvolvido por funcionários especializados e positiva experiência de mudança planejada, propiciou o terreno fértil para o florescimento do modelo então implantado. Pode-se afirmar, após análise crítica formalizada e exame pormenorizado, conforme os ditames acadêmicos, que a motivação sustentada pelo reconhecimento, conforme definição de autor consagrado, influenciou a criatividade e incremento de produção na empresa e mostrou-se adequada às novas tendências da Administração. (VELLOSO FILHO, 1999, p.140). O estudo crítico dos métodos aplicados a seus empregados, orientado para a gestão pela qualidade, a gestão pela educação e a gestão pelo pegar fazendo certo, é relevante porque além de ser mais uma contribuição no polêmico estudo da motivação nas empresas, configura-se como registro atualizado das informações disponíveis. Correlaciona, ainda, conceitos e aspectos desenvolvidos nas teorias das Relações Humanas e Comportamental, relacionados ao assunto, e o efeito da prática dessas teorias e as reais vantagens daquelas quando efetivamente aplicadas. Deve-se ressaltar a condição de alinhamento do crescimento empresarial dos gestores da h olding , dos gestores da empresa em estudo e dos resultados obtidos com as ações implementadas nos projetos, que envolveram os empregados

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como elemento primordial na busca de incremento de produção. Ao relatar as ações implantadas, a presente dissertação disponibiliza dados e informações, descrevendo os projetos ou processos e relatando os resultados obtidos, com destaque para outros estudos consultados, perseguindo o objetivo de chamar a atenção para o problema e ampliar o espectro da análise. Trata-se de um exemplo significativo, porque a empresa escolhida acreditou no espírito de compromisso, na vontade de ganhar, na garra e dedicação de seus empregados, importantes vetores do seu sucesso. Algumas informações importantes sobre a história da Acesita Placas S/A ACEPLAC serão mencionadas com o intuito de mostrar a evolução da produção; o

esforço concentrado para implantar uma gestão de qualidade na empresa; a importância dada à segurança no trabalho; a conquista de novos clientes; a realização de investimentos para melhorar a condição de trabalho; eo

desenvolvimento de recursos humanos com educação, treinamento e eventos; tudo isso para formar uma base, em que a motivação para o trabalho seja alavancada a fim de possibilitar o surgimento de campo propício para a criatividade e conseqüente incremento na produção. Apesar de não fazer parte do escopo do trabalho, é válido lembrar que a empresa via o meio ambiente e sua preservação como parte essencial de seu negócio. A empresa trabalhou com ênfase na educação e com foco na gestão pela qualidade, diretrizes essas determinadas por sua controladora, que implantou igualmente a gestão "pelo pegar fazendo certo", um modelo de gestão participativa. O reconhecimento do papel dos empregados, levando-se em conta as

características peculiares de sua realidade local, e os investimentos em programas voltados para o incremento