Sistemas automotivos: Suporte à frenagem com fade
Por: DiegoCarloni • 22/4/2016 • Trabalho acadêmico • 925 Palavras (4 Páginas) • 505 Visualizações
Suporte à frenagem com fade
O efeito “fade” ou “fading” é a perda de eficiência de frenagem do material de atrito (coeficiente de fricção), por aumento de temperatura o que resulta na diminuição de força de frenagem. Assim, para o freio se manter com a mesma capacidade, ele deve ser acionado com maior força.
Esta condição de fade é detectada pelo sistema de estabilidade dinâmica que ativa esse suporte e faz com que exista um aumento adicional de pressão de frenagem até o início da regulação ABS. São duas as estratégias utilizadas para iniciar a intervenção:
- Limite de temperatura excedido
A temperatura não é medida diretamente, mas é estimada em função de algumas variáveis, como:
- Velocidade tangencial das rodas;
- Taxa de desaceleração do veículo;
- Pressão hidráulica de frenagem;
- Temperatura ambiente;
- Tempo de aplicação do freio;
- Tempo de resfriamento (sem aplicação do freio).
A pressão máxima do sistema é limitada em função da proteção dos componentes de atrito contra as deformações.
- Limite de fade excedido
Durante a frenagem, a unidade de estabilidade compara a desaceleração do veículo com um valor de desaceleração nominal armazenado na memória aplicando uma pressão hidráulica de frenagem.
Suporte à frenagem com vácuo insuficiente
Durante a fase de aquecimento do motor, o vácuo de acionamento do servo freio pode ser insuficiente. O objetivo é assegurar que a falta de assistência causada pelo vácuo insuficiente, seja compensada pelo aumento da pressão de frenagem.
Controle de descida em rampa
Numa rampa a força peso se decompõe em duas forças.
- Força de aderência ao piso;
- Força capaz de movimentar o veículo.
A velocidade resultante da aceleração é provocada pela ação da força gerada pelo torque do motor mais a força capaz de movimentar o veículo, que aumenta constantemente.
Nos veículos com controle de descida em rampa, a velocidade é mantida constante sem a intervenção do condutor, se cumpridas as seguintes condições:
- Velocidade inferior à 30 km/h;
- Gradiente superior a 20%;
- Motor funcionando;
- Acelerador e freio não acionados.
A velocidade que o veículo deve manter depende da velocidade com que o veículo se aproxima da rampa e da marcha engatada. O sistema mantém a velocidade constante nas 4 rodas, modulando a pressão do freio individualmente. Ao acionar o freio ou o acelerador, a assistência é interrompida.
FUNÇÕES AUXILIARES
Assistência de partida em aclive
Seguindo as diretrizes do controle de descida em rampa referente a força peso, essa assistência de partida em aclive não requer a necessidade da utilização do freio de mão.
Para a ativação do sistema é preciso:
- O veículo está estacionário.
- O freio está acionado;
- A pendente é maior que 5%;
- A porta do condutor está fechada;;
- O motor está funcionando.
Ao tirar o pé do freio para acionar o acelerador a pressão do freio é mantida por algum tempo, evitando assim, a descida do veículo. A partir do momento que o condutor aumenta o torque do veículo, a pressão aplicada no freio é reduzida não restringindo a partida. Quando se aumenta o torque do motor, a assistência é desacionada devido a equivalência ou superioridade da força torque em relação à força que faz o veículo retroceder. A mesma assistência funciona na partida de ré em rampa quando engatada.
Freio eletromecânico de estacionamento
Permite a eliminação dos componentes do freio de mão (alavancas e cabos). O comando do freio é feito por uma unidade de comando. O acionamento desse sistema pode ser feito:
- Através do botão do painel;
- Pela própria unidade de comando em caso de emergência ou complemento a uma ação de assistência de estabilidade do veículo.
O sistema também é acionado quando há o desligamento da ignição, destravando o cinto de segurança do condutor e abrindo a porta do motorista.
Assistência à estabilidade do trailer reboque
Esta função tem como objetivo detectar e corrigir as possíveis oscilações do trailer (ventos laterais movimentos rápidos de direção, alta velocidade ou distribuição inadequada da carga). Essas oscilações originam pares torçores alternativos em torno do eixo vertical do veículo. Na detecção de alguma dessas oscilações, a unidade de controle intervém reduzindo o torque do motor, diminuindo a velocidade do conjunto, caso essa solução não resolva o problema, é aplicado o freio nas 4 rodas no momento em que o reboque está alinhado com a trajetória.
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