TRATAMENTO TERMICO

Na martêmpera o aço é austenitizado, resfriado rapidamente e mantido no meio de

resfriamento até que a temperatura seja uniforme em toda a peça. Em seguida, o

material é resfriado ao ar e submetido ao revenimento.

Objetivos:

- diminuir o empenamento que geralmente ocorre no resfriamento rápido da têmpera

comum.

Microestrutura resultante: martensita revenida

Figura 19: Diagrama esquemático da Martêmpera

TRATAMENTOS TÉRMICOS

DOS AÇOS

Elaborado por:

Rômulo Fernandes Moreno

Engenharia de Produto - Laminados

Tratamentos Térmicos dos Aços

Villares Metals

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.............................................................................03

2. AÇOS...........................................................................................06

2.1 DEFINIÇÕES...................................................................................06

2.2 RESFRIAMENTO RÁPIDO – CURVAS TTT E TRC.......................14

3. TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS.................................17

3.1 RECOZIMENTO..............................................................................17

3.2 NORMALIZAÇÃO............................................................................17

3.3 TÊMPERA E REVENIMENTO.........................................................19

3.4 MARTÊMPERA................................................................................22

3.5 AUSTÊMPERA.................................................................................22

3.6 ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO.....................................23

3.7 SUB ZERO.......................................................................................23

3.8 TRATAMENTOS TERMOQUÍMICOS..............................................24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................28

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Tratamentos Térmicos dos Aços

Villares Metals

1. INTRODUÇÃO

O tratamento térmico de uma peça

ou produto metálico (aços, ligas de alumínio,

titânio, níquel, entre outros) consiste num conjunto de operações de aquecimento e

resfriamento do metal sob condições controladas de tempo e temperatura.

O objetivo destas operações é definir as propriedades finais do material para a

aplicação da qual ele foi desenvolvido através da alteração de sua microestrutura.

É importante lembrar da relação estrutura – processamento – propriedades aplicação. Todo material é desenvolvido para exercer uma função (aplicação). Para

que ele exerça devidamente esta aplicação ele deve possuir as propriedades

adequadas para tal. Por sua vez, as propriedades do material são uma função de sua

estrutura que é diretamente afetada pelo seu processo de fabricação e composição

química. Sendo assim, é possível notar a importância do tratamento térmico nas

propriedades finais de um produto, e consequentemente, no seu uso final.

A alteração da microestrutura mediante aquecimento e resfriamento só é possível

devido a diferença de solubilidade dos elementos entre si nas diferentes faixas de

temperatura, possibilitando a formação ou exclusão de fases e compostos que alteram

a estrutura (no caso particular dos aços, do carbono no ferro).

A principal propriedade afetada com o tratamento térmico, sem dúvida, são as

propriedades mecânicas, como dureza, resistência mecânica e tenacidade. Mas, cabe

lembrar, que outras propriedades também importantes são afetadas; como a

resistência à corrosão, propriedades magnéticas, elétricas e térmicas.

No tratamento térmico, as principais variáveis de processo são a temperatura, o

tempo, a velocidade e o meio de resfriamento, velocidade de aquecimento e atmosfera

do forno.

A temperatura é uma medida do grau de agitação dos átomos de uma substância (seja

ela gasosa, líquida ou sólida). Os átomos no interior de um material não estão

totalmente parados e rígidos. Eles se encontram ligados uns aos outros em posições

determinadas mas vibrando em torno de uma posição de equilíbrio. Mesmo a

baixíssimas temperaturas esta vibração ainda existe. Teoricamente, esta vibração

seria nula no zero absoluto (a 0 K (Kelvin) ou – 273 ºC). A ciência não conseguiu

atingir o zero absoluto, mas à temperaturas muito próximas dele ainda foi verificada

energia vibracional dos átomos.

Quando o material absorve calor do meio sua temperatura aumenta, pois a energia

vibracional