Taylorismo
Tese: Taylorismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gustavodantas94 • 16/2/2014 • Tese • 953 Palavras (4 Páginas) • 437 Visualizações
MODELOS CLÁSSICOS DE GESTÃO DA MÃO-DE-OBRA/PRODUÇÃO
Taylorismo
"Taylor não inventou propriamente uma nova máquina, mas um novo homem frente à máquina" - LE VEN, Michel Le Ven.
O taylorismo é reconhecido como uma forma de organização do trabalho introduzida na indústria mecânica norte-americana em fins do século XIX e inícios do século XX, baseada em uma estrita divisão entre o trabalho manual (execução) e o intelectual (planejamento) e uma rigorosa divisão do trabalho entre as várias atividades de execução. A designação de taylorismo para essa forma de organização do processo de trabalho provém de seu idealizador, Frederich Taylor , um mecânico preocupado com o aumento da produtividade das empresas, que concentrou seus esforços no controle sobre os trabalhadores, de forma a diminuir os tempos de produção.
A principal referência para a compreensão do taylorismo se tornou conhecido a partir da publicação de sua obra Principles of scientific management , em 1911, no qual a lógica taylorista encontra-se minuciosamente exposta. Embora Taylor a apresente como uma proposta científica de administração de empresas, em contraposição aos princípios anteriormente seguidos pelas gerências, seu trabalho consistiu mais em juntar os vários conhecimentos acumulados pela área do que em formular algo inteiramente novo.
O objetivo fundamental de Taylor ao propor a extrema divisão do trabalho consistia em eliminar o controle dos trabalhadores sobre o processo produtivo, concentrando-o na gerência, de forma a viabilizar que ela pudesse estabelecer um rígido planejamento dos tempos de trabalho. Isso significou para os trabalhadores uma intensificação dos ritmos, assim como implicou a sua desqualificação e, consequentemente, um processo de rebaixamento de seus salários.
O sistema de gerência de Taylor foi organizado em torno de três princípios fundamentais:
O primeiro reza que a gerência deve reunir todo o conhecimento tradicional possuído pelos trabalhadores e reduzi-lo a regras, leis e fórmulas. É interessante observar que Taylor se preocupava que o seu método fosse assimilado pelos trabalhadores como uma proposta de relação de ‘cooperação íntima e cordial’. Porém, o mesmo lamenta que os trabalhadores não o entendam dessa forma: “O que o operário, ainda mais competente, é incapaz de compreender esta ciência, sem a orientação e auxílio de colaboradores e chefes, que por falta de instrução, quer por capacidade mental insuficiente” (Tenório, 2000: 138, citando Taylor).
O objetivo deste princípio é permitir que a administração da empresa identifique os métodos mais rápidos e econômicos que os próprios trabalhadores empregam de acordo com seus critérios e transformá-los em regras e fórmulas a serem sempre seguidas por todos como the one best way (a melhor maneira de se executar uma operação). Este princípio tem como consequência para os trabalhadores sua desvinculação das tradições e conhecimentos de seu ofício. Com ele, o trabalho deixa de depender da capacidade dos trabalhadores e passa a ser determinado pelas políticas gerenciais.
Sobre a one best way, o seu método pode ser resumida da seguinte forma de acordo com Tenório, citando Durand.
a) definição exata dos movimentos elementares necessários para executar o trabalho e das ferramentas e materiais utilizados; b) determinação por cronometragem, ou outros métodos de medida, dos tempos necessários para executar cada um desses movimentos; c) análise crítica dos movimentos para conseguir sua simplificação e a maior economia dos gestos; d) reunião dos movimentos em uma sequencia que constitui uma unidade de tarefa (Tenório, 2000: 137).
O segundo princípio consiste em que todo trabalho intelectual deve ser eliminado das oficinas e concentrado nas áreas administrativas, de planejamento
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