Telefone celular guarda tesouro em matérias-primas
Pesquisas Acadêmicas: Telefone celular guarda tesouro em matérias-primas. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: jualejuale • 26/10/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 4.390 Palavras (18 Páginas) • 220 Visualizações
Telefone celular guarda tesouro em matérias-primas
Cada vez mais funcional, o telefone celular é hoje um verdadeiro faz-tudo, em todas as partes do mundo. E pouca gente tem ideia dos materiais preciosos guardados nesta pequena caixa.
Diferentes tipos de metais permitem que os celulares ofereçam suas inúmeras funções. Cada aparelho traz apenas uma pequena quantidade desses metais – juntando vários, porém, a soma de materiais preciosos usados nos telefones é enorme. As matérias-primas estão ficando cada vez mais escassas e, consequentemente, mais caras. Mas, por que isso está acontecendo? Quais materiais serão usados na tecnologia do futuro? Aqui estão algumas respostas.
"Confiava-se que a Terra sempre ofereceria o tanto de matéria-prima que fosse necessário", resume Armin Reller, professor de Estratégia de Reservas da Universidade de Augsburg. Ele conta que durante muito tempo essa ideia perdurou entre cientistas e setores da economia. "Agora nós vemos um claro limite". E limite de disponibilidade é também limite de crescimento, pois a indústria se estrutura na tecnologia proporcionada por esses materiais.
Sem o lítio, por exemplo, o carro elétrico não tem como rodar. Sem o elemento índio, não há células solares, e sem os metais de terras-raras, controlados pela China, torres de energia eólica não funcionam. Novas possibilidades de extração precisam aparecer – caso contrário a contenção acabará se tornando um dogma da moderna sociedade de consumo.
Mais efetivo do que mineração
Uma possibilidade de manter as reservas é a reciclagem. Em uma tonelada de celulares, por exemplo, encontram-se 300 gramas de ouro. Para se ter uma ideia do montante, mineradoras calculam que em uma tonelada de rocha é extraído apenas um grama do precioso metal. No entanto, a maioria dos celulares usados vai parar em países africanos ou latino-americanos, ou vai para o lixo ou fica esquecida em alguma gaveta.
Até mesmo a Alemanha, que se considera "país da reciclagem", tem dificuldades em desenvolver um efetivo sistema de reaproveitamento do material de aparelhos celulares. Uma ideia que veio do setor político é fazer com que o cliente pague uma caução na hora da compra, a fim de forçá-lo a devolver o aparelho quando ele quiser trocá-lo.
Tesouros no celular
O celular armazena matérias-primas
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A reciclagem de todos os metais usados na produção de um celular ainda é uma árdua tarefa para a ciência e a indústria. Dos quase 35 metais encontrados nos aparelhos, apenas uma pequena fração pode ser reciclada de maneira rentável. E isso vale não apenas para celulares, mas também para laptops, televisores e outros aparelhos eletrônicos – um imenso potencial em vista.
O sonho da reciclagem completa
De qualquer maneira, a ampliação da exploração de matérias-primas mundo afora não é a melhor solução. A questão moral ainda é muito forte, já que essa exploração é feita quase sempre às custas do homem e do meio ambiente. Pequenos garimpeiros trabalham muitas vezes sob condições miseráveis.
Nas montanhas do Congo, crianças retiram o tântalo, tão importante para a produção de microcapacitores, enquanto milícias financiam uma guerra com o comércio do material. Na China, o meio ambiente sofre com os resíduos químicos liberados com a exploração de metais de terras-raras.
Também por isso os centros de pesquisa estão em busca de uma revolução da reciclagem. Um deles está na Universidade de Hamburg-Harburg. A pesquisadora Kerstin Kuchta e sua equipe estudam um novo processamento do metal de terras-raras neodímio.
O sonho é alcançar uma sociedade que consiga viver para sempre apenas das matérias-primas que têm à disposição. "Ainda há muito a se fazer nesse sentido, pois não podemos continuar usando e depois jogar o resto fora". Teoricamente, seria possível reutilizar até 80% do material de um aparelho celular. Mas a realidade é bem diferente – pelo menos, até agora.
Autor: Nicolas Martin (msb)
Revisão: Roselaine Wandscheer
Direto de Manaus – Sempre que a gente vê aquelas fotos de indústrias chinesas, se pega pensando como é a realidades das empresas brasileiras que montam seus produtos em território nacional. Espaço maior ou menor? Com mais funcionários ou menos? Hoje eu estive em uma dessas fábricas que frequentam o nosso imaginário. Fui ao centro de produção de celulares da Nokia no coração do Amazonas.
Antes de qualquer coisa, não adianta me pedir fotos do lugar. Por restrições de segurança e de sigilo industrial, não foi permitido que ninguém tirasse fotos durante a visita à fábrica. Deu para ver e para anotar o que se passa por lá. Se minha memória não falhar, em instantes você terá um quadro do que é a fabricação de um celular.
Estamos há XXX dias sem acidentes
Logo que chega à fábrica, o visitante encontra uma placa avisando o número de dias que estão sem acidentes e também o recorde de dias nessa feliz situação. Lembra um pouco cena de filme, mas é real. Eu vi e tenho foto para comprovar.
Depois de passar pela recepção, hora de ter uma breve aula sobre as atividades da Nokia em Manaus. Descobrimos que a fábrica está lá faz muitos anos, desde os tempos da joint-venture com a Gradiente. Depois, em 2000, os finlandeses compraram o negócio e assumiram integralmente a fábrica.
Para entrar no recinto tem que colocar um jaleco especial todo branco e uma fita no sapato que, em contato com a pele, despeja a energia eletroestática no chão. Há toda uma explicação técnica para a situação. Em resumo, assim se evita de estragar os eletrônicos ao manuseá-los.
A produção de um celular “genérico” é feita em três fases que seguem belamente o padrão de linha de montagem estabelecido pelo fordismo desde o século passado. Não há muito mistério, ainda mais quando os componentes chegam mais ou menos prontos e os equipamentos terminam de finalizar tudo.
Logo de início há luz, treva e uma placa. É nela que entra a pasta de sola e os componentes, formando aquela parte verde que você já viu
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