Teor de Umidade: Método gravimétrico e Medidores elétricos
Por: carolina.marcial • 12/4/2018 • Trabalho acadêmico • 841 Palavras (4 Páginas) • 389 Visualizações
Universidade de Brasília
Engenharia Florestal
Semestre: 2º/2017
Teor de Umidade
Método gravimétrico e Medidores elétricos
Carolina Marcial
14/0134191
Agosto, 2017
1.Introdução
A madeira é um material de característica higroscópica, ou seja, ela pode perder ou absorver água para entrar em equilíbrio com o ambiente em função da umidade relativa e temperatura do ar (MELO & CAMARGOS, 2016).
É considerado que a madeira está verde quando contém água livre e água presa. A água livre se mantém por forças capilares e pode ser removida da madeira com certa facilidade sem alterar características dimensionais ou propriedades físicas e mecânicas. Já a água presa (água higroscópica), está localizada no interior da parede celular mantida por forças eletrostáticas. Para remover essa água o consumo de energia é muito maior, levando a alterações nas propriedades da madeira (MELO & CAMARGOS, 2016).
O teor de umidade (Tu) expressa a quantidade de água presente na madeira e afeta várias propriedades da mesma. As propriedades mecânicas da madeira seca são maiores que a da madeira úmida e a movimentação dimensional é menor em madeiras secas, diminuindo os riscos de defeitos (ZENID, 2011). Assim a determinação do teor de umidade é importante para a melhor relação custo/benefício, podendo destinar a madeira para uma melhor finalidade.
O método mais comum para determinar o Tu é o gravimétrico, é o procedimento mais preciso, porém é demorado e exige equipamentos laboratoriais caros, além de ser destrutivo. Outro método utilizado para a determinação do teor de umidades é através de medidores elétricos, possibilitam resultados imediatos e não são destrutivos, mas a desvantagem é que não é possível fazer um leitura precisa da umidade de madeiras em tora ou amostras com teores de umidade acima do ponto de saturação das fibras, ± 30% (DONATO, 2013).
O principal fator negativo do medidor elétrico por resistividade é que o intervalo de confiança para medir o Tu é de aproximadamente 6% até o Ponto de Saturação das Fibras (PSF). Acima de 30% o aparelho não é muito confiável (SANTINI & MATOS, 1995).
Jankowsky (2000) explica que a perda de precisão das estimativas de teor de umidade acima do PSF é devido ao fato da presença de água livre, que apresenta resistência muito menor que a da madeira, limitando a leitura dos sensores.
2.Objetivo
Determinar o teor de umidade de Eucalyptus sp. em base seca através do método gravimétrico e de medidores elétricos.
3.Material e Métodos
Para realização da prática foi utilizado dois medidores elétricos, um resistivo (fabricado pela Digisystem modelo DL822) e outro capacitivo (fabricado pela Klonteser modelo KT50), uma balança de alta precisão da Marconi (modelo AS2000C), dessecador, estufa com circulação forçada de ar da marca Tecnal (modelo TE-394/2) e uma pinça.
A classe usada no medidor elétrico resistivo foi a .2, de acordo com a indicação do fabricante para madeiras de média densidade (0,5 a 0,75g/cm³), assim, o Tu da amostra saturada registrado foi de 49,1%.
O fabricante do medidor elétrico capacitivo indica o canal 3 para madeiras de média densidade (0,6 a 0,7g/cm³), o Tu que o equipamento registrou foi de 39,9%.
Após medir o teor de umidade com os medidores elétricos
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