Trabalho Iniciação Cíentifica

     O artigo “ Relações Entre Manutenção e Engenharia de Produção: uma Reflexão”,  publicado por Renato Vairo Belhot e Fernando Celso de Campos em 1995 na revista Produção. O presente estudo visa  debater as ligações que ocorrem entre a gestão da manutenção e a Engenharia de Produção.

    Bellot e Campos (1995), recentemente a manutenção era vista como um mal necessário para a organização. Nessa época, não havia métodos para que o homem conseguisse programar suas atividades, com isso, seus serviços não tinham qualidade adequada. Com o avanço da tecnologia os equipamentos passaram a ser mais preservados. Sendo assim, novos padrões de qualidade e produtividade foram estabelecidos.
   Quando uma empresa possui algum tipo de equipamento, cabe a ela preocupar-se com a administração racional desse bem, existem algumas razões que justificam esse fato, são elas: vibrações, desgastes por atritos, falhas, quebras e, ainda a maioria dos equipamentos geram resíduos que têm consequências ambientais e financeiras. Para os autores a  empresa tem que ter retorno do investimento feito sobre os equipamentos, para garantir seu poder de reposição e, até mesmo o de competitividade. Essas e outras razões precisam de um planejamento empresarial e, por consequência, a gestão do sistema de manutenção.
   Mas, a área de manutenção ainda recebe pouca atenção por parte dos empresários e gestores. As equipes de manutenção muitas vezes não tem aproveitamento satisfatório durante os treinamentos e cursos que são submetidas, algumas equipes acabam virando trocadoras de peças, sem ao mesmo questionarem as causas das falhas ocorridas nos componentes. Outros fatores contribuem negativamente para essa situação, como: desvalorização profissional, baixos salários, discriminação, tudo isso contribui para o quadro de desqualificação da área de manutenção.
   Os autores confirmam que o importante é planejar, e isso não é realizado com muito rigor pela manutenção. Alguns planos que são sugeridos, lubrificação, inspeções, e a troca periódica de alguns equipamentos.
Numa empresa existe a necessidade de se fazer um planejamento de

manutenção, que visa a adoção de politicas de manutenção corretas para operações de reparo, substituindo componentes  ou até mesmo sistemas , e que esteja de acordo com a estratégia adotada pela empresa. A manutenção possui duas características importantes: o processo é caro e a mão de obra é intensiva.
   Os autores afirmam que é importante ressaltar que o nível de eficiência da manutenção esta relacionado aos recursos colocados à disposição dos mecânicos. Fica difícil exigir um serviço de boa qualidade sem fornecer ferramentas e equipamentos necessários. Devido a isso os serviços prestados são de má qualidade e de maior custo na substituição de partes com defeitos.
    Para elaborar um plano de manutenção, para eles, são indispensáveis sete condições: estudar as condições do equipamento; analisar falhas e defeitos; analisar um sistema apropriado de padronização dos lubrificantes que vão ser utilizados; definir o estoque mínimo de peças para reposição; estudar quais ferramentas serão necessárias a manutenção;  analisar possíveis modificações nas instalações, para facilitar o trabalho; estudar possíveis mudanças no layout.  
     
Belhot e Campos(1995), deixam claro que a manutenção pode se tornar barata e determinística assim que os ideais das ações preventivas e corretivas se aproximem, se os componentes são facilmente repostos. Ao implementar gradativamente um plano de manutenção  preventiva, pode diminuir gastos, ainda mais se comparado a preditiva.
   Para problemas ou falhas que não parem o processo, as intervenções sitemáticas  são mais flexíveis, já em contrapartida os problemas que param o processo precisam de cuidado especial. São necessárias informações confiáveis sobre os pontos críticos da manutenção para diminuir as despesas e aumentar o rendimento.
  Uma filosofia de manutenção pode estabelecer uma sistematização das atividades, considerando não apenas a disponibilidade dos recursos materiais mas também dos recursos humanos. Existem dois estágios para avaliar o qualidade de um sistema de manutenção. No primeiro avaliam-se todos os níveis e verificam-se algumas implementações; no segundo são analisados as normas e procedimentos dos recursos de manutenção.
  A eficiência das informações ocorre após a avaliação dos padrões dos formulários para controles e dos sistemas de códigos. Os formulários devem ser claros e nítidos para o controle de dados. As informações devem ser tratadas para que se possa tomar decisões  precisas. Se o fluxo de dados for grande devem ser controlado por um software caso contrario pode ser feito por qualquer funcionário, as informações são importantes para planejar e controlar a manutenção.
  Diariamente as empresas sentem pressões e até exigências internas e externas, pois sofrem impacto do desenvolvimento tecnológico que as afetam diretamente. Internamente as empresas podem sentir o impacto das inadequações administrativas e da mão de obra; externamente elas vêm dos consumidores e da concorrência, por ter vários tipos de produtos de baixo custo e alta qualidade.

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