Trabalho Sobre Combustíveis
Por: Carolina Romão • 7/4/2019 • Trabalho acadêmico • 1.077 Palavras (5 Páginas) • 283 Visualizações
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA - CEFET/RJ
Tipos de combustíveis
Alunos:
Carolina Romão
Professor:
Alexandre de Lima
Rio de Janeiro
Julho de 2018
Combustíveis são todas as substâncias químicas que, ao reagirem com o oxigênio (O2), sofrem um fenômeno químico denominado combustão, liberando certa quantidade de energia na forma de calor. Toda queima de um combustível é uma reação química do tipo exotérmica (libera calor), mas os produtos originados sempre variam de acordo com o combustível utilizado. Alguns exemplos são o gás carbônico, monóxido de carbono, dióxido de enxofre e óxido de ferro.
Os combustíveis, de uma forma geral, podem ter diversas origens, como animais e vegetais fossilizados (petróleo), plantas (arroz e cana-de-açúcar), eletrólise da água, e lixo. Eles podem ser classificados quanto à sua forma de obtenção em dois tipos:
- Renovável ou não fóssil: é obtido a partir de fontes naturais que podem renovar-se, ou seja, que não se esgotam. Alguns exemplos são água, etanol, metanol e biodiesel.
- Não renovável ou Fóssil: é obtido a partir de fontes que foram formadas durante milhões de anos como resultado da fossilização de animais e vegetais. Essas fontes, todavia, não podem ser repostas em virtude do tempo necessário para a sua formação. Alguns exemplos são gasolina, óleo diesel, querosene, gás natural, xisto betuminoso, carvão e gás liquefeito propano (GLP).
Os principais combustíveis utilizados nos motores à combustão são o álcool (etanol), gasolina e óleo diesel.
- Gasolina
A gasolina, que é um derivado do petróleo, é encontrada nos postos brasileiros se apresentando de três formas. A gasolina comum possui 27% de etanol anidro em sua composição e tem teor máximo de enxofre de 50 ppm (partes por milhão). Esse teor de enxofre foi drasticamente reduzido em 2014, com uma nova legislação. Antes, este teor chegava a 800 ppm. Nessa gasolina, a octanagem, que é a capacidade de resistir à compressão, é de 91 RON. Já a gasolina aditivada é uma gasolina comum com detergentes dispersantes que promovem a limpeza e aditivos que ajudam a melhorar a lubrificação do motor e seus componentes. Desse modo, apresenta o mesmo percentual de etanol anidro e tem o mesmo teor de enxofre da gasolina comum.
Há também gasolinas especiais denominadas Premium. Elas possuem uma octanagem maior, de 95 RON, e 25% de etanol anidro. Elas se comparam em octanagem às gasolinas europeias Super, também de 95 RON, e Super Plus de 98 RON. Hoje, a Petrobrás possui uma gasolina que chamam de Podium, que possui 102 RON, a maior octanagem do mundo, e teor de enxofre ainda menor, de 30 ppm. No entanto, a Ipiranga quebrou o monopólio e produz a gasolina Octapro, também com 102 RON. Vale notar que o menor índice de enxofre favorece o meio ambiente, gerando menos poluentes. Além disso, percebe-se uma grande diferença no uso do etanol anidro na composição da gasolina brasileira e europeia. A europeia permite o máximo de 10% de etanol em sua composição, enquanto a brasileira varia entre 25 e 27%. Uma maior concentração de etanol anidro na gasolina aumenta seu índice de octanagem e diminui a emissão de monóxido de carbono. No entanto, o consumo de gasolina aumenta, assim como a produção de óxidos de nitrogênio.
- Etanol
O etanol pode ser produzido a partir de diversas fontes vegetais, mas, no Brasil, é utilizada a cana-de-açúcar, que oferece maiores vantagens energéticas e econômicas. Nos postos, o etanol encontrado é o hidratado, que possui água em sua composição, com concentração máxima de 5,5%. Como apresenta uma octanagem maior do que a gasolina, esse combustível permite um melhor aproveitamento do potencial do motor, mas é consumido mais rapidamente, devido ao seu menor poder calorífico. Ele é um combustível menos poluente que a gasolina, emitindo 25% menos monóxido de carbono e 35% menos óxidos de nitrogênio, mas ainda assim é poluente. Ele não tem a necessidade de ser aditivado, pois possui menos carbonos em sua composição, que geram menos depósitos no motor. Em termos de produtividade e balanço energético, o etanol brasileiro é o mais eficiente do mundo, entre o etanol de milho dos EUA e o de beterraba da Europa.
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