Trabalho Sobre Radares Meteorológicos
Pesquisas Acadêmicas: Trabalho Sobre Radares Meteorológicos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: nirodrix • 6/5/2013 • 4.087 Palavras (17 Páginas) • 589 Visualizações
1. Introdução
Uma das atividades humanas mais afetadas pelas condições de tempo e o transporte aéreo. Nesta área, os aspectos de diagnostico, monitoramento e previsão dos fenômenos meteorológicos adquirem importância fundamental para a segurança das operações aéreas , além de contribuir para o conforto dos passageiros e proporcionar o estabelecimento de rotas mais rápidas e econômicas.
Embora os avanços da tecnologia aeronáutica tenham tornado as viagens menos sensíveis a determinados aspectos do estado do tempo, a meteorologia e essencial para a eficiência das operações e segurança dos voos realizados.
Cada vez mais busca-se um melhor aproveitamento do espaço aéreo nesse contexto , e as informações meteorológicas são decisivas.
O conhecimento das condições meteorológicas reinantes nos aeródromos de partida e destino e imprescindível para a realização ou não do seu voo. Além disso e fundamental saber se a operação dos aeródromos vai sofrer alterações por motivos meteorológicos, necessitando, então ,de informações precisas relativas ao teto, a visibilidade, ao tempo presente, ao vento , bem como a que horas deverão ocorrer essas mudanças e por quanto tempo prevalecerão.
Condições meteorológicas especiais como, tempestades, nevoeiros e chuvas intensas, costumam afetar seriamente as atividades aéreas, independentemente das características da aeronave ou dos moderníssimos equipamentos de auxilio a navegação existente nos grandes aeroportos.
A operação de radares em aeroportos e o radar da própria aeronave permitirão localizar em tempo real os sistemas precipitantes capazes de causar correntes ascendentes, descentes e cisalhamento do vento, fenômenos considerados de grande risco para operações aéreas. Nesse sentido, o conjunto de dados obtidos e sua correta utilização e interpretação tornam-se vitais.
Este trabalho tem como proposito ampliar o conhecimento sobre os tipos de radares, funcionamento , construção física e principais características deste verdadeiro norteador de segurança.
2. Breve História dos Radares:
O primeiro radar foi construído na Alemanha em 1904, antes da Primeira Guerra Mundial. Sua utilização prática foi muito baixa. Tratava-se de um equipamento de difícil construção, baixa precisão, baixa detecção de eco tornando seu sistema operacional ineficiente.
Em 1934, foi aprimorado o projeto e baseado no primeiro construído pelo alemão Christian Hulsniyr, na Normandia e na Inglaterra. Com isso seu uso prático tornou-se viável e eficiente. Na Normandia em 1935 foi implantado o primeiro sistema de rádio telemetria em um navio utilizado para detectar e prevenir obstáculos.
Na Inglaterra em 1939 o radar ficou ainda melhor, agora usando um sistema de telemetria fixo e rotatório com maior tecnologia aumentando sua eficiência e capacidade de detecção.
Na Alemanha onde seu projeto foi inicializado, agora na Segunda Guerra Mundial, volta com sua tecnologia aperfeiçoada e é utilizado para tentar localizar e definir alvos, tornando mais eficiente à precisão do tiro disparado pelos canhões. Durante a Segunda Guerra, muitas tecnologias foram aperfeiçoadas a fim de neutralizar e derrotar o inimigo e outrora beneficiando o mundo, criando assim um contraste.
Nos radares que eram utilizados para prevenir e atacar, casualmente descobriu-se que quando havia brusca mudança no tempo, sua eficiência de detectar e localizar um possível ataque antiaéreo tronava-se vulnerável, devido a interferência causada pela mudança climática brusca. Com isso os radares foram adaptados e passaram a ser utilizados também nas previsões meteorológicas, tornando possível sua utilização na agricultura e na previsão de fenômenos meteorológicos, como furacões, tornados, ciclones extratropicais, chuvas, geadas e etc. Assim os radares que estavam a serviço da guerra, passaram também a trabalhar em prol da vida.
3. Radares de Superfície:
Os instrumentos de medida registram dados em tempo real e ao longo do dia. Os sensores instalados permitem medir parâmetros meteorológicos que condicionam o estado do tempo, como:
Pressão atmosférica
Temperatura do ar
Umidade relativa
Velocidade e direção do vento
Precipitação
Radiação solar
Esses sensores medem propriedades do ar que rodeia a superfície terrestre, em uma camada chamada Troposfera.
Os radares de superfície podem revelar condições meteorológicas instantâneas ou futuras, de uma localidade qualquer.
As análises meteorológicas de superfície tem símbolos especiais que mostram sistemas frontais, nebulosidade, precipitação entre outras informações importantes.
Os Mapas meteorológicos foram criados para organizar ou investigar os valores de algumas variáveis, como pressão atmosférica ao nível do mar, temperatura e nebulosidade em um mapa geográfico para ajudar a encontrar sistemas em escalas parecidos com frentes meteorológicas.
Existem também as estações meteorológicas viradas apenas para meteorologia de superfície, as chamadas EMS.
As EMS tem por finalidade efetuar a coleta e o processamento de dados meteorológicos à superfície para fins aeronáuticos e sinóticos. Devem ser instaladas em aeródromos e fazem parte da rede básica da Organização Meteorológica Mundial, ou OMM, quando equipadas apropriadamente.
A SIVAM por exemplo, dispõe de uma rede de radares de superfície responsáveis pelo monitoramento do espaço aéreo amazônico, que atuam tanto na segurança de voo sobre a floresta, como no controle de fronteiras. Uma das preocupações do sistema consiste na cobertura do tráfego voando a uma baixa altitude.
Uma aeronave voando abaixo de 10.000 pés (3.000 metros), seja em voo regular ou clandestino, aparecerá com falhas na cobertura do radar. Para atender a essas situações, a Força Aérea Brasileira (FAB) conta com aeronaves de vigilância aérea, especialmente desenvolvidas para esse fim, completando os dados fornecidos pelo sistema em terra.
O primeiro aparelho utilizado para coleta de dados meteorológicos foi o telégrafo elétrico, que permitiu pela primeira vez, o uso de um método prático para a rápida coleta de dados meteorológicos de superfície de uma grande área.
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