Trabalho Sobre Vidros

1. INTRODUÇÃO.

Desde 1980 o uso do vidro vem se expandindo na arquitetura e na construção civil. É usado em fachadas, coberturas, pisos, divisórias, portas, janelas etc. Podemos dizer que este uso amplo do vidro se dá pela possibilidade de interação do meio externo com o meio interno, aumentando assim a luminosidade e a visibilidade. Mas para que o vidro seja usado adequadamente, resistindo a esforços nele solicitados é necessário um projeto especifico para dimensionamento dos mesmos, para que possa atingir a exigência necessária.

O vidro por ocupar boa parte da fachada de prédios ou residências tem um grande impacto na parte térmica e acústica dessas edificações, um dimensionamento equivocado pode resultar em obras sem nenhum conforto térmico, onde a luminosidade incidente sobre esse vidro seja toda absorvida para dentro da edificação, aumentando assim a temperatura interna do ambiente.

2. REFERENCIAL TEÓRICO.

O uso do vidro como elemento de vedação começou a ser usado no inicio do século XX, primeiramente nos Estados Unidos. Por se tratar de um país de clima frio, o uso do vidro trazia uma ampla vantagem relacionada a climatização de ambientes, onde as ondas curtas de calor passavam facilmente pelo vidro se mantendo dentro do cômodo e criando um diferencial de temperatura entre o meio interno e externo. Já em países trópicos, como o Brasil, a necessidade é que essas ondas curtas não penetrem no ambiente para que não haja um super aquecimento do cômodo, por isso começou o estudo dos vidros, que neste caso diminuísse a incidência de raios solares internos.

Um dos pontos principais do uso de vidros em edificações é o aproveitamento da luz natural, para isso devemos ter nem vidros que permitam muita passagem de luz e nem vidros obscuros, que em dias nublados a luz se torne insuficiente para iluminar o ambiente. É preciso, portanto controlar a quantidade de luz.

Um fator de grande importância que se considera nos vidros é o coificiente de transmissão luminosa, que é quanto proporcionalmente passa de luz pelo vidro em relação ao total incidente, onde esses raios podem ser refletidos para fora. Porem nenhum vidro consegue barrar suficientemente a luz em período mais claros do dia, por isso deve se usar vidros bem especificados, onde recursos de sombreamento como cortinas e persianas quando usados no momento certo, limite o excesso de luminosidade.

O calor provocado pela radiação também pode ser barrado, mas essa barreira não pode impedir a radiação de luz, por isso deve tomar cuidado com o uso de vidros opacos e espelhados, no caso dos espelhados ele reflete quase toda a radiação incidente, resultando em ambientes mal iluminados. Uma saída para isso seria o uso de vidros de controle solar, onde permite pouca passagem de calor e a permanência da luz na quantidade desejada. Apesar de custaram mais, tem um grande impacto ecológico e econômico, onde os resultados compensam.

Além da luminosidade e calor o vidro deve ter um bom desempenho estrutural, resistindo a esforços, como a pressão do vento e cargas acidentais, visibilidade e um bom desempenho acústico, este ultimo de grande importância quando pretende que o vidro reduza ruídos. Para hospitais e instituições de ensino os níveis devem ser mais baixos, já para edifícios de escritórios admite níveis mais elevados. Na Tabela 1 estão os valores admissíveis para algumas situações, segundo a NBR 10152/1987:

Tabela 1

Locais dB(a)

Hospitais

Apartamentos, Enfermarias, berçários, centros cirúrgicos 35 - 45

Laboratórios, áreas para uso público 40 - 50

Serviços 45 – 55

Escolas

Bibliotecas, salas de musica, salas de desenho 35 - 45

Salas de aula, laboratórios 40 - 50

Circulação 45 – 55

Hotéis

Apartamentos 35 – 45

Restaurante, sala de estar 40 - 50

Portaria, recepção, circulação 45 – 55

Residências

Dormitórios 35 - 45

Salas de estar 40 – 50

Auditórios

Salas de conserto, teatros 30 – 40

Salas de conferencias, cinemas, salas de uso múltiplo 35 - 45

Restaurantes 40 - 50

Escritórios

Salas de reunião 30 – 40

Salas de gerencia, salas de projeto e administração 35 - 45

Salas de computadores 45 - 65

Salas de mecanografia 50 – 60

Igrejas e templos (cultos meditativos) 40 - 50

Locais para esportes

Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas 45 - 60

Tabela com os valores segundo a NBR 10152/1987, que estabelece valores toleráveis de ruídos para alguns tipos de estabelecimentos.

Para melhora o desempenho acústico é recomendado o uso de vidros duplos, chamados de vidros termo-acusticos, com uma distancia de até 10mm entre as duas folhas, e o uso de vidros mais espessos e laminados podem diminuir consideravelmente a passagem de ondas sonora, é recomendado também que se use massa de vidros de espessuras diferentes, pois auxilia na quebra da ondas sonora durante a passagem.

Para aumentar ainda mais a eficiência, são usados vidros laminados com resina acústica, onde resulta em um redução de 30 a até 40 decibéis. Com isso, se ganha em conforto e qualidade de vida. Indicado para hospitais, estúdios, escritórios e em área que tenha uma grande poluição sonora.

Para um uso adequado de vidros, devem se respeitar alguns critérios, citados abaixo:

1. Cor e