Trabalho da disciplina Problemas Ambientais Globais
Por: daniel.araujo • 30/6/2019 • Resenha • 853 Palavras (4 Páginas) • 308 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO
Fichamento de Estudo de Caso
Daniel Roberto Araújo
Trabalho da disciplina Problemas Ambientais Globais
Tutor: Alexandre Santos de Alencar
Mossoró/RN
2019
Estudo de Caso:
Samarco:
O papel da empresa no empoderamento das pessoas
FISCHER, R. M. Samarco: o papel da empresa no empoderamento das pessoas. Harvard Business School, SKP-05, 08 de abril de 2011.
A Samarco foi fundada em 1974, como um projeto industrial ligado a duas empresas. A belga-mineira Samitri e a norte-americana Marcona, que juntas explorariam o itabirito – mineral de baixo teor de ferro, não explorado, até então no Brasil. Depois de anos da fundação e de constante crescimento, a Samarco, já em 2003, era um complexo industrial integrado de lavra, beneficiamento, transporte e pelotização de minério de ferro, controlada igualmente entre a brasileira, Vale do Rio Doce, e a anglo-australiana BHP Billiton, produzindo 14 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro e 1,5 milhão de toneladas de finos, ocupando, naquele ano, 17% no mercado mundial. Este crescimento foi, muito por conta da elevação de commodities, como o ferro, crescimento chinês e demanda maior do minério de ferro no mundo.
Segundo especialistas, as atividades da Samarco tinham potencial risco de poluição da água, do ar, visual e erosões por assoreamento, acarretando preocupação das comunidades que vive no entorno. Neste sentido, ela (Samarco), entendendo sua importância social nestas comunidades, traçou estratégias que evitassem conflitos e facilitasse a obtenção de licenciamentos ambientais, minimizando riscos para o negócio.
Alguns projetos socioambientais foram criados pela Samarco ao longo dos anos. Um destes, foi o Programa de Educação Popular Ambiental de Bento Rodrigues, criado em 1997. Distrito de Mariana/MG, Bento Rodrigues possuía cerca de 500 pessoas e possuía a barragem de Santarém, utilizada pela empresa como fonte de água. O principal objetivo de sua criação foi para reduzir a desconfiança da população local, esclarecendo os cuidados que a empresa tomava para evitar acidentes muito graves. Na primeira fase, entre 1997 e 1998, foi realizado um estudo de demanda social. Neste sentido, foram criadas ações para reduzir os índices de desnutrição e verminoses, além de trabalhos para reduzir a evasão escolar e repetência, melhorando o desempenho dos alunos e sua auto-estima. Entretanto, não teve efetiva participação da comunidade. Na segunda fase, entre 1999 e 2000, percebendo o problema enfrentado na fase anterior, tentou-se fortalecer a organização comunitária e melhorar a infraestrutura local. O objetivo principal era conceder autonomia à comunidade. Na terceira fase, entre 2001 e 2003, buscou-se a inovação de propostas de atividades produtivas pelos membros da comunidade, além de discussões sobre educação, meio ambiente, saúde, trabalho e renda, cultura, lazer e cidadania na comunidade. O objetivo central foi criar condições que a comunidade seja a autora de seu desenvolvimento, baseado na Agenda 21 local.
Após estas ações, em 2003, foram apresentados os seguintes resultados: redução da evasão escolar e do número de repetentes entre alunos de 1ª e 4ª séries, diminuição da desnutrição, redução das verminoses e queimadas na região, aumento da oportunidade de trabalhos, sobretudo com hortaliças e agroindústria local. Entretanto, após o fim do programa, as escolas abandonaram as iniciativas e os professores voltaram a utilizar cartilhas antigas, não condizendo com a realidade das crianças. Isso fez com que a Samarco, através do Sérgio, reavaliasse sua forma de relacionamento com a comunidade, de forma a trazer resultados mais significativos.
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