Trabalho de Conclusão
Por: Pedro Figueiredo de Lima • 25/5/2015 • Monografia • 4.968 Palavras (20 Páginas) • 184 Visualizações
- INTRODUÇÃO
Nos primórdios da civilização não existiam moedas com valor financeiro, portanto, os serviços e o fornecimento de alimentos, eram feitos através de trocas, dependendo da fartura do interessado em determinado produto e da necessidade do potencial fornecedor.
Com o surgimento de um elemento com valor financeiro, que inicialmente era obrigatoriamente cunhado em ouro ou prata, uma vez que, não existiam os lastros dos governos para garantir a emissão de moeda em papel ou materiais inferiores, cada serviço ou produto teve que ser valorado para que a negociação tivesse efeito, embora de forma verbal esse foi um dos elementos que levou a concepção dos orçamentos.
No Brasil, pode-se citar a Inconfidência Mineira como o exemplo mais claro da revolta sobre cobrança de impostos. A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I já estabelecia que a fixação das contribuições seria feita pelos parlamentares, bem como a sua distribuição. Já a Constituição de 05 de Outubro de 1988, em seu artigo 165, parágrafo 2º, diz: “A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.
Nos dias atuais a elaboração de um orçamento tornou-se indispensável nos projetos de engenharia. Como objetivos, podemos citar a garantia de segurança e competitividade em concorrências, além de ser uma excelente e principal ferramenta para a análise de viabilidade de projetos.
Como o orçamento é um documento prévio à execução da obra, todas as variáveis presentes são estimadas, obtendo, dessa forma, um resultado aproximado quanto ao custo real. Portanto, embora não tenha a obrigação de ser exato, deve ter um grau de precisão com margem de erro compatível à esperada. Esta margem de erro refere-se ao grau de detalhamento, sendo classificado a partir disto.
Podemos ainda citar que o orçamento e o controle de custos são peças importantes para gerar um planejamento eficaz, podendo assim uma fazer análise de viabilidade econômico-financeira, levantamento de materiais e serviços, levantamento da quantidade necessária de operários por cada etapa e elaboração de um cronograma físico e financeiro, colaborando assim para a minimização de revisões durante a execução da obra.
Entretanto para que o orçamento atinja seus objetivos deve-se elaborá-lo com qualidade e critérios, além de possuir conhecimentos do escopo, dos procedimentos e boa experiência.
- PROBLEMA
Falhas encontradas na elaboração de um orçamento de construção civil.
- OBJETIVO
O objetivo desta monografia é encontrar, através de uma pesquisa bibliográfica, material necessário que permitam sugerir ações e práticas para amenizar as dificuldades com a elaboração de um orçamento de construção civil.
- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E DISCUSSÃO
- ORÇAMENTO
2.1.1. DEFINIÇÃO
Tradicionalmente, um orçamento é uma estimativa (ou previsão) do custo total de uma obra. O custo total da obra é o valor que corresponde à soma todos e quaisquer gastos que serão exigidos em sua execução. O preço total da obra é igual ao custo, porém com uma margem de lucro acrescida. Nos diversos segmentos da construção civil, através das muitas concorrências existentes, faz com que o preço seja ditado pelo mercado, ou seja o cliente ou comprador faz uma pesquisa profunda e a partir disto começa a negociação com base nestas informações. Independentemente, o orçamento deve ser elaborado previamente, possibilitando o estudo ou planejamento adiantado, além de também ser útil para o controle da obra (SOUZA & PALIARI, 1998).
A figura 1 apresenta uma sequência para a elaboração de um orçamento detalhado
[pic 1]
Figura 1 – Sequência de atividades para elaboração de orçamento detalhado.
Fonte: CHOCIAY (2013) - Adaptado
Segundo Coêlho (2001), orçamento é todo levantamento quantitativo de serviços, seus respectivos preços unitários e o preço global do investimento.
Resumidamente, orçar é quantificar todos e quaisquer insumos, mão de obra e equipamentos necessários para a realização de obra/serviço, relacionando diretamente com os custos e com o tempo de duração. A figura 2 apresenta um roteiro para a execução de um orçamento:
ITEM | DESCRIÇÃO |
1. | Serviços iniciais |
1.1 | Serviços técnicos |
1.2 | Serviços preliminares |
1.3 | Instalações provisórias |
1.4 | Máquinas e ferramentas |
1.5 | Administração da obra e despesas gerais |
1.6 | Limpeza da Obra |
1.7 | Transporte |
1.8 | Trabalhos em terra |
1.9 | Diversos |
2. | Infraestrutura |
3. | Supra estrutura |
4. | Paredes e Painéis |
4.1 | Paredes ou elementos divisórios |
4.2 | Esquadrias, peitoris, ferragens |
4.3 | Vidros |
4.4 | Elementos de composição e proteção das fachadas |
5. | Coberturas e proteções |
5.1 | Coberturas |
5.2 | Impermeabilizações |
5.3 | Tratamentos Especiais |
6. | Revestimentos, forros e elementos decorativos, marcenaria e serralheria, tratamentos especiais |
6.1 | Revestimentos Interno e Externo |
6.2 | Forros e elementos decorativos |
6.3 | Marcenaria e serralheria |
6.4 | Pintura |
6.5 | Tratamentos especiais |
7. | Pavimentações |
7.1 | Pavimentações |
7.2 | Rodapés, soleiras |
8. | Instalações e aparelhos (respectivos) |
8.1 | Equipamentos de banheiro, cozinha e serviço |
8.2 | Instalações elétricas |
8.3 | Instalações hidráulicas, sanitárias e de gás |
8.4 | Ar-condicionado (refrigeração) |
8.5 | Ventilação mecânica (exaustão ou insuflação) |
8.6 | Instalações mecânicas |
9. | Complementação da Obra |
9.1 | Calafate e limpeza |
9.2 | Complementação artística e paisagismo |
9.3 | Obras Complementares |
9.4 | Ligação definitiva e certidões |
9.5 | Recebimento da obra |
9.6 | Despesas eventuais |
10. | Honorários do construtor |
11. | Honorários do incorporador |
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