Trabalho de Secagem
Por: LauraTorres • 25/4/2016 • Trabalho acadêmico • 6.032 Palavras (25 Páginas) • 893 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI
CAMPUS ALTO PARAOPEBA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
LAURA DE OLIVEIRA MARTINS TORRES
SECAGEM
Ouro Branco, MG.
2015
LAURA DE OLIVEIRA MARTINS TORRES
SECAGEM
Trabalho realizado sob a orientação do Professor Alexandre Bôscaro apresentado à disciplina Operações Unitárias II do curso de Engenharia Química da Universidade Federal de São João del-Rei.
Ouro Branco, MG.
2015
Sumário
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTOS FENOMENOLÓGICOS
Transferência de Calor e Massa
Métodos de Secagem
Secagem por convecção
Secagem por condução
Secagem por radiação 1
Secagem Dielétrica 11
Secagem por liofilização 11
Curvas de Secagem
EQUIPAMENTOS
Secadores a Bandeja 14
Secadores-Transportadores e Secadores a Túnel 15
Sólidos Granulados 16
Secador Rotatório 16
Secador a Gravidade 17
Secagem Instantânea ou Flash 17
Secador a Leito Fluidizado 18
Secagem de Lamas e Pastas Grossas 18
Secagem a Tambor 19
CÁLCULOS
Tempo de Secagem 0
Teor de umidade crítico 2
Teor de Umidade de Equilíbrio 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
- INTRODUÇÃO
No atual cenário de competitividade global, indústrias de diversos setores buscam, cada vez mais, atingir elevados níveis de produtividade e qualidade em seus produtos. Em virtude disto, estão sempre se atualizando e buscando tecnologias e novos processos para otimizar seus custos e minimizar perdas. Neste contexto, surgiu o processo de secagem.
Basicamente, a secagem consiste no processo de remoção de uma substância volátil (não exclusivamente água) de um produto sólido. E a quantidade de água presente no sólido é chamada de umidade. Esta definição de secagem exclui a concentração de uma solução e a remoção mecânica de água por filtragem ou centrifugação. Exclui também métodos térmicos relatados à destilação (PARK et al., 2007).
A secagem de sólidos é uma das mais antigas e usuais operações unitárias encontradas nos mais diversos processos usados em indústrias agrícolas, cerâmicas, químicas, alimentícias, farmacêuticas, de papel e celulose, mineral e de polímeros. A presença de umidade em muitos produtos implica em diversos fatores indesejáveis, como a acelerada deterioração dos alimentos devido à proliferação de microrganismos, ao maior custo com transporte e armazenamento e a dificuldade em etapas específicas de processamento. Desse modo, justifica-se o fato de a secagem ter tantas finalidades e aplicações.
Os produtos alimentícios desidratados são comuns no dia-a-dia e muito utilizados em todo o mundo, como os temperos desidratados, pós-solúveis, café, frutas secas, leite em pó, achocolatados, entre outros. Eles oferecem diversas vantagens em relação aos produtos enlatados e congelados, entre as quais podemos citar melhor conservação do produto, redução do seu peso, com a consequente redução do custo de transporte e armazenamento. A remoção da umidade deve ser feita a tal nível que o produto fique em equilíbrio com o ar do ambiente onde será armazenado e deve ser feita de modo a preservar a aparência, as qualidades nutritivas e, no caso de grãos, a viabilidade como semente. (SILVA et al., 2000).
Estes são alguns exemplos de produtos comercializáveis que são obtidos através da secagem. Este processo, ainda é amplamente utilizado para adequar um material a um processamento subsequente. Existem materiais que necessitam de uma determinada umidade para poderem ser prensados, moídos ou peletizados. Além disso, muitos necessitam ser secos a baixos conteúdos de umidade para permitirem um armazenamento satisfatório, visto que passam a ocupar volumes consideravelmente menores, o que reduz também os custos de transportes. (PAN et al., 1997). “Apesar desta evolução na arte da secagem, métodos complexos começaram a ser propostos só no fim do século 19, como por exemplo, patentes de secador a radiação térmica e secador à vácuo. Estas inovações foram gradualmente sendo proliferadas e incorporadas pela indústria.” (PARK et al., 1997, p. 1).
A secagem acontece através de fornecimento de calor da fonte quente para o material úmido que promoverá a evaporação da água do material e em seguida o arrastamento do vapor formado. “A fase gasosa chamada de meio de seca deve ser insaturada para que possa receber a umidade como vapor.” (PACHECO, 2003). Assim, observa-se que dois fenômenos ocorrem, simultaneamente, quando um sólido úmido é submetido à secagem: Transferência de calor do ambiente para evaporar a umidade superficial, que depende de condições externas de temperatura, umidade do ar, fluxo e direção de ar, área de exposição do sólido (forma física) e pressão e transferência de massa (umidade) do interior para a superfície do material. O movimento interno da umidade no material sólido é função da natureza física do sólido, sua temperatura e conteúdo de umidade. (PARK et al., 2007).
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