Trabalho fundações rasas
Por: Thaís Machado • 22/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.075 Palavras (13 Páginas) • 228 Visualizações
ESTACAS DE MADEIRA
As estacas de madeira são classificadas como sendo do tipo cravada com grande deslocamento (introduzida no solo sem a retirada do mesmo). No Brasil, são geralmente utilizadas em pontes e obras marítimas. Apesar da grande utilização em obras provisórias, podem ser utilizadas em obras permanentes, tomando os devidos cuidados contra a deterioração. As madeiras mais empregadas são Eucalipto, Ipê, Aroeira, Peroba Rosa e seus troncos devem ser os mais retos possíveis.
Sua execução é feita com bate-estaca de pequena dimensão ou martelos leves. Sua cravação pode ser feita por percussão, prensagem ou vibração, de acordo com o tipo da estaca e suas dimensões, características do solo, condições da vizinhança, características do projeto e peculiaridades do local. A cabeça da estaca deve ser protegida (anel/ponteira de aço), pois em condições de difícil cravação, a cabeça da estaca pode ser danificada, o que a tornaria inadequada para o uso.
Um dos maiores cuidados que se deve tomar é quanto a deterioração da madeira, que ocorre pelo apodrecimento causado por vegetais, fungos, brocas marinhas (crustáceos, moluscos), e menos comum mas também existente o ataque de cupins. A podridão ataca mais frequentemente a parte externa da madeira (alburno), o que diminui sua capacidade de carga pois há diminuição da seção transversal. Sendo assim, é muito importante que a resistência da parte interna (cerne) também seja alta, para melhor utilização e segurança da fundação. Como o processo de apodrecimento ocorre na presença de ar, umidade e temperaturas altas, estacas privadas da união desses fatores tem durabilidade praticamente infinita, que é o caso das estacas totalmente submersas que não tem contato com o ar. Por essas razões, todas as madeiras utilizadas em estacas devem receber tratamento de preservativos químicos, com a consideração de que devem estar secas antes de sua aplicação..
Em resumo, temos como vantagens em destaque desse tipo de fundação a facilidade de emendas, grande duração quando utilizadas abaixo do nível dagua, alta resistência quando solicitada por levantamentos e transportes, custo viável em áreas de reflorestamento de eucalipto. Por outro lado, algumas desvantagens são baixa duração quando exposta a variação do nível dagua, comprimento limitado, grande vibração durante sua instalação, necessidade de licença para exploração e utilização de madeira.
ESTACAS METÁLICAS:
Estacas metálicas são estacas do tipo cravada, pré-fabricada, com pequeno ou grande deslocamento (quando não há retirada de solo), dependendo do perfil utilizado, executadas com martelos pesados em menor altura de queda. Elas podem apresentar diversas formas, desde perfis (laminados ou soldados) a tubos (preenchidos com concreto ou vazios). Os perfis podem ser do tipo I laminados ou duplos, tipo cantoneira, trilhos associados. Este último geralmente reaproveitado após sua remoção de linhas férreas, quando perdem sua utilização por desgaste. O metal mais utilizado na fabricação das estacas metálicas é o aço, geralmente com uma tensão de escoamento de 250Mpa.
São indicadas para solos residuais, onde a profundidade não é constante, o que na utilização de estacas pré-moldadas, pode se gerar perdas por quebras de estacas, em solos que existe a necessidade de ultrapassar grandes camadas de argila ou pedregulho e em locais com camadas de solos moles, onde é possível a diminuição da seção da estaca.
Sua cravação pode ser feita por percussão, prensagem ou vibração, dependendo do tipo da estaca, suas dimensões, condições das edificações vizinhas, características do solo, projeto e peculiaridades do local. Apresentam elevada capacidade de suporte, podendo ser utilizadas em solos muito resistentes. Observa-se que são estacas de seções muito mais esbeltas que às de concreto armado consequentemente deslocam um volume de solo muito menor no seu processo de instalação.
Quanto aos cuidados necessários, os principais deles é em relação a corrosão e a qualidade das emendas. Atualmente a corrosão não é mais vista como problema quando a estaca está inteiramente submersa no solo, pois o oxigênio presente no solo tem níveis muito baixos. Entretanto, em função da segurança, a norma exige que seja descontado uma espessura de 1,5mm das bordas em contato com o solo, o que diminui a área útil do perfil e deve ser levado em consideração durante o dimensionamento. Caso a estaca esteja em contato com água ou em locais que possa sofrer corrosão, o encamisamento com concreto armado, pinturas de proteção, espessuras majoradas e metais de sacrifício são medidas de proteção. As emendas são feitas através de soldas através de talas de solda e talas aparafusadas e seu procedimento deve ser detalhado no projeto.
Em resumo, temos como vantagens desse tipo de fundação: profundidade de cravação elevadas; controle de qualidade mais elevado; grande resistência a compressão, flexão e corte; cravação simplificada na maioria dos tipos de terrenos; rápida execução; pouca movimentação de solo; possibilidade de emendas e cortes; grande variabilidade de perfis; facilidade no transporte e manuseio devido a esbeltes e peso reduzidos. Já como desvantagens temos: custo relativamente mais alto (entretanto questionável no preço global da obra); possibilidade de flambagem na instalação; baixa resistência de ponta caso não haja aumento da área de ponta; possibilidade de corrosão; auto controle nas emendas.
ESTACAS DE CONCRETO MOLDADAS NO SOLO:
As estacas moldadas no solo, como o nome sugere, são estacas onde , é previamente feita uma perfuração no terreno, com retirada de material, em seguida, é cheia com concreto (concretagem submersa, quando abaixo do nível d’água). Este tipo de estaca tem a vantagem sobre a pre-moldada, de ser concretada
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