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Por:   •  8/3/2015  •  499 Palavras (2 Páginas)  •  226 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Na área de cerâmicas eletro-eletrônicas é bastante comum a descrição das propriedades e desenvolvimento de materiais cerâmicos, especialmente óxidos para aplicações em diferentes dispositivos, tais como sensores, varistores, termistores, eletrólitos para células combustíveis, etc. No entanto, não é comum a descrição das propriedades de materiais para aplicações em baterias de íons lítio. Sendo assim, neste texto fazemos isso com o intuito de apresentar ao público que trabalha com materiais cerâmicos a possibilidade de desenvolvimento destes materiais para esta aplicação específica.

Sendo assim, pode dizer que baterias são dispositivos compostos por um conjunto de pilhas agrupadas em série ou em paralelo, sendo que o último tipo de agrupamento é uma célula do tipo galvânica constituída por dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira a produzir energia elétrica a partir de uma energia química armazenada [1]. As baterias podem ser diferenciadas considerando-se a maneira como funcionam, sendo, portanto classificadas em: (a) baterias primárias, as quais constituem sistemas não recarregáveis, devido à ocorrência de reações paralelas, que comprometem a estabilidade da célula. Ex.: zinco/dióxido de manganês (Leclanché), zinco/óxido de prata, lítio/dióxido de enxofre, (b) baterias secundárias, as quais constituem sistemas cujas reações eletroquímicas podem ser revertidas por meio da aplicação de uma corrente externa, sendo, portanto recarregáveis. Um sistema eletroquímico é considerado secundário quando é capaz de suportar 300 ciclos completos de carga e descarga com retenção de 80% da sua capacidade.

A idéia de empregar materiais que apresentam reações de inserção, como parte de um componente eletroquímico ativo para baterias, começou a ser explorada por volta de 1970 [2], impulsionando a busca por compostos de inserção de lítio. A razão para sua aplicação tão difundida é o fato de que as reações de inserção eletroquímicas são intrinsecamente simples e reversíveis [3].

Os compostos de inserção de íons lítio têm ganhado atenção considerável, pois podem ser usados como um eletrodo ativo em baterias recarregáveis de íons lítio, as quais possuem aplicações em potencial, desde dispositivos eletrônicos portáteis até veículos elétricos [4].

Tipos de baterias

As principais baterias primárias que se destacam no mercado são:

- Leclanché (Zn/MnO2): composta por um anodo de zinco metálico, um bastão de grafite cilíndrico rodeado por uma mistura em pó de dióxido de manganês e grafite como catodo e uma mistura de cloreto de amônio e cloreto de zinco como eletrólito. Esta pilha fornece um potencial de circuito aberto no intervalo de 1,55 a 1,74 V. Para aplicações que requerem valores baixos e médios de corrente elétrica este tipo de pilha apresenta uma relação custo-benefício interessante. Os principais inconvenientes encontrados são as chamadas reações de prateleira, as quais ocorrem durante o armazenamento e durante o período que permanecem em repouso, podendo provocar vazamentos. Este problema é minimizado, pelos fabricantes, com a adição de sais de mercúrio solúveis no eletrólito, fazendo com que esse tipo de pilha represente sérios riscos ao meio ambiente.

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