TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Unesco

Tese: Unesco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  28/4/2013  •  Tese  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  401 Visualizações

Página 1 de 7

Sobre a obra Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre, é correto dizer que:

Escolher uma resposta.

a. rompeu com o mito da democracia racial.

b. afirmava que a mestiçagem era a causa do atraso brasileiro.

c. não teve impacto nem no campo teórico nem no campo político.

d. abordou a cultura brasileira apenas em seu aspecto religioso.

e. refutou o determinismo biológico e as teorias que apregoavam a inferioridade dos mestiços.

Os resultados do Projeto UNESCO demonstraram que:

Escolher uma resposta.

a. os negros tinham melhores condições de vida que os brancos.

b. existia preconceito e discriminação racial no Brasil.

c. o país era igualitário em termos econômicos e raciais.

d. o Brasil era uma democracia racial.

e. o Brasil era um exemplo de inclusão indígena.

Assista ao vídeo, disponível em: <https://docs.google.com/open?id=0B1lfOtr2UH-EN0dRb2ZkZE0wa3c>. Acesso em: 10 dez. 2012.

O vídeo exemplifica:

Escolher uma resposta.

a. as leis brasileiras que instituem a segregação racial.

b. a inexistência de preconceito racial no Brasil.

c. o fato de que o Brasil é, de fato, uma democracia racial.

d. situações cotidianas em que os negros sofrem preconceito racial.

e. a igualdade de tratamento social, independentemente de raça ou cor.

Introdução

No Brasil, a questão étnico-racial tem estado em pauta, nos últimos anos, em

debates sobre políticas afirmativas, tais como as cotas para universitários e as

ações de combate ao preconceito racial. A primeira legislação específica de

combate ao racismo tem, contudo, mais de cinquenta anos: trata-se da lei Afonso

Arinos, de 1951, promulgada durante o governo Vargas, que tornava o racismo uma

contravenção.

Atualmente, a questão é mais amplamente regulamentada pelo Estatuto da

Igualdade Racial, de 2010, que trata ainda de políticas de educação, saúde, cultura,

esporte, lazer e trabalho. O crime de racismo é, hoje em dia, especificado também

para as relações trabalhistas, sendo proibido o tratamento diferenciado no ambiente

de trabalho e, em específico, o uso da raça ou da cor como critérios para justificar

diferenças salariais ou para o processo de recrutamento.

Apesar de o racismo ser crime, a desigualdade permanece na sociedade

brasileira, combinando os aspectos étnicos (como cor ou raça) aos aspectos sociais

relativos à divisão de classes. As estatísticas também demonstram como a

desigualdade persiste na prática. De acordo com o Censo de 2010, por exemplo, os

salários dos brancos na região Sudeste correspondiam a quase o dobro dos salários

de pretos e pardos (conforme a terminologia usada pelo IBGE). Essa desigualdade

aparece também nos índices de analfabetismo mais altos entre pretos e pardos e no

número de inscritos em cursos universitários, maior entre os brancos.

Ao longo do século XX, contudo, o Brasil foi frequentemente descrito como o

país da democracia racial, no qual a miscigenação entre índios, brancos e negros

teria produzido uma convivência pacífica entre todos, independentemente de raça ou

cor. Então, como o país da democracia racial apresenta estatísticas tão desiguais

em pleno século XXI?

Para entendermos melhor as raízes dessa questão, é preciso retomar o

debate sociológico, da primeira metade do século XX, que tem como seu maior

© DIREITOS RESERVADOS

Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.

expoente, no Brasil, Gilberto Freyre. Discutiremos, então, as raízes do mito da

democracia racial e as questões mais atuais deste debate, como a complexa

definição de raça ou cor no Brasil.

A ideia de democracia racial a partir de Gilberto Freyre

Em 1933, é publicado o livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre. A

obra, que se tornaria um dos grandes clássicos da sociologia brasileira, rebatia as

teorias, até então dominantes, que apregoavam a inferioridade do mestiço e

justificavam cientificamente o racismo. Freyre, que estudou nos Estados Unidos com

um dos precursores da antropologia americana moderna, Franz Boas, teceu sua

interpretação a partir da perspectiva culturalista, que refutava o determinismo

biológico. Desse modo, na obra de Gilberto Freyre, a cultura brasileira é tratada

como uma totalidade na qual se integram os aspectos econômicos, o meio

ambiente, a cozinha, as religiões, os rituais e

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12.2 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com