Visão, estratégia e execução: o caso da GOL
Trabalho acadêmico: Visão, estratégia e execução: o caso da GOL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: pjunior300 • 28/9/2014 • Trabalho acadêmico • 6.191 Palavras (25 Páginas) • 228 Visualizações
Visão, Estratégia e Execução: O caso da GOL
1.Valentina Gomes Hansel Schmitt valentinaschmidt@gmail.com 2. Mauricio Fernandes Pereira mpereira@cse.ufsc.br
1. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),CTGA – Florianópolis,SC, Brasil 2.Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),CTGA - Florianópolis,SC, Brasil
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo analisar o processo de elaboração de estratégias na empresa Gol transportes aéreos. No trabalho são apresentadas diferentes formas de aplicação dos elementos da administração estratégica, referenciados por autores e adotados pela empresa. Trata-se de um estudo de caso (BRUYNE, 1982), de natureza exploratória. Para a realização houve o levantamento bibliográfico relacionado à administração estratégica e num segundo momento, foi realizada a coleta de dados primários através das técnicas de observação, aplicação de entrevistas estruturada e entrevista não-estruturada. Após ocorreu a análise de conteúdo (BARDIN, 1994), visando desenvolver as inter-relações entre o conteúdo exposto pelos atores e o referencial teórico. Observou-se que sucesso da estratégia de gestão da GOL é resultado da concepção de diferenciados elementos, destacando-se a visão e o conceito de negócio, elementos amplamente difundidos permitindo que a empresa diferencie-se dos concorrentes, conferindo cultura própria e mostrando-se, de fato, como a causa básica do sucesso. O caso da GOL é um exemplo de execução da estratégia para a realização de uma visão. Palavras-chave: Administração estratégica, visão, tecnologia, comportamento do consumidor,.
1. INTRODUÇÃO A gestão estratégica de negócios
é resultante da concepção do composto de diferenciados elementos como visão, missão, valores, tecnologias e mercados consumidores. A visão é um elemento que proporciona às organizações a possibilidade de diferenciar-se dos concorrentes, conferindo cultura própria e podendo ser a causa básica do sucesso duradouro. É um novo ponto de vista para o mesmo problema, uma forma diferente de ver o futuro do mercado e cria-lo. A visão depende, essencialmente, das forças tecnológicas e das preferências dos consumidores. Levitt salienta que, ao contrário do que versa a crença popular, não existem setores econômicos em crescimento, mas sim empresas organizadas e operadas para criar e capitalizar oportunidades de crescimento. Conhecer o consumidor proporciona subsídios para a tomada de decisões que conduzem à resultados sustentáveis a longo prazo e a possibilidade de diferenciar-se no mercado. Existe a possibilidade das empresas contribuir para o desenvolvimento econômico e reduzir o vão entre pobres e ricos simplesmente agindo em interesses próprio e buscando fazer negócios lucrativos. Basta observar mercados até então menosprezados. A mobilidade é fator de destaque. A elaboração de estratégias vislumbra que aspectos tão importantes quanto o aumento da receita são oportunidades de redução de custos. Cabe ao estrategista, portanto, repensar parâmetros típicos. Novas tecnologias geram inovações em modelos e redução de custos. Estudos revelam que a criatividade estratégica é especialmente importante em mercados em desenvolvimento, porém pouco aplicada nos processos de desenvolvimento de estratégias.
Aliada à criatividade o
sucesso dos negócios se apóia em duas capacidades essenciais: a de compreender a realidade corretamente e a de executar um plano com base nessa percepção Após a compreensão da estratégia, o primeiro passo é a elaboração do plano operacional. A essência da execução bem-sucedida é a responsabilidade e a sua distribuição. Empresas voltadas para a execução são aquelas que possuem a liderança capaz de conduzir suas equipes ao atingimento dos objetivos definidos pela sua estratégia de negócio, por intermédio dos esforços conscientes de suas equipes. A franqueza em expectativas e desempenhos é essencial na formulação de estratégias. A estratégia é um organismo vivo, muito objetiva e direta (Welch, 2005). Um curso de ação aproximado, a ser revisto e redefinido de acordo com as mudanças nas condições do mercado. A estratégia serve para múltiplas funções, sendo elas a de dar rumo, permitir a concentração dos esforços e servir como fonte de coerência interna. A divergência entre a ambição de uma estratégia e o desempenho está na ausência de vínculos entre a formulação da estratégia, a missão e os valores, e a sua execução. O presente artigo tem por objetivo analisar o processo de elaboração de estratégias na empresa Gol transportes aéreos. No trabalho são apresentadas diferentes formas de aplicação dos elementos da administração estratégica, referenciados por autores e adotados pela empresa. 2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS A estratégia de gestão de negócios pode ser resultado da concepção de diferenciados elementos, dentre eles uma visão. Tellis e Golder (2002) apresentam a questão da singularidade da visão, como um aspecto que proporciona
às organizações a possibilidade de diferenciar-se dos concorrentes, conferindo cultura própria e podendo ser a causa básica do sucesso duradouro. Um dos componentes da visão é o foco nas necessidades de um determinado mercado de massa, em constante evolução e, atendimento ao mesmo. O visionário valida a lógica subjacente de servir a um mercado e invalida as velhas formas de fazer negócios. A visão surge de um novo ponto de vista para o mesmo problema. A realização da visão exige, portanto, persistência, inovação e comprometimento financeiro... o visionário não apenas vê o futuro do mercado, mas realmente cria esse futuro, ao possibilitar a fruição da visão (p. 93)”. Tellis e Golder sugerem que a visão envolve uma perspectiva de mercado que transcende o cenário atual, pois a transformação de mercado depende das forças tecnológicas e das preferências dos consumidores. A nova visão pode sugerir uma forma como a própria empresa influencia o mercado no atendimento das necessidades e preferências dos consumidores. A visão é uma forma empreendedora de satisfazer necessidades de mercados consumidores de massa, que garante a longevidade organizacional e tem como condição fundamental a dedicação do visionário, para a sua efetivação. Em “Miopia no marketing” (2004), Levitt discorre sobre a questão de empresas que ao focar suas atividades em produtos tornam-se míopes. As empresas míopes direcionam os esforços para uma visão interna e, acabam por não perceber as oportunidades do mercado devido à falta de criatividade e audácia administrativa, não satisfazendo seus
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