Wireshark
Resenha: Wireshark. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: maicovigar • 5/11/2014 • Resenha • 1.698 Palavras (7 Páginas) • 485 Visualizações
Wireshark (antigo Ethereal) é um programa que analisa o tráfego de rede, e o organiza por protocolos. As funcionalidades do Wireshark são parecidas com o tcpdump mas com uma interface GUI, com mais informação e com a possibilidade da utilização de filtros.
É então possível controlar o tráfego de uma rede e saber tudo o que entra e sai do computador, em diferentes protocolos.
Também é possível controlar o tráfico de um determinado dispositivo de rede numa máquina que pode ter um ou mais desses dispositivos. se você estiver numa rede local, com micros ligados através de um hub ou switch, outro usuário pode usar o Wireshark para capturar todas as suas transmissões.
O Wireshark é um daqueles programas com tantas funções que você só consegue aprender realmente usando. Para começar, nada melhor do que capturar alguns pacotes. Clique em "Capture > Start":
A primeira opção importante é a "Capture packets in promiscuous mode", onde você decide se quer capturar apenas os pacotes endereçados à sua própria máquina, ou se quer tentar capturar também pacotes de outras máquinas da rede. Isso é possível pois os hubs burros apenas espelham as transmissões, enviando todos os pacotes para todas as estações.
O endereço MAC do destinatário é incluído no início de cada frame enviado através da rede. Normalmente, a placa escuta apenas os pacotes destinados a ela, ignorando os demais, mas, no promiscuous mode ela passa a receber todos os pacotes, independentemente de a qual endereço MAC ele se destine. Os switches e hub-switches são mais discretos, encaminhando o tráfego apenas para o destinatário correto, mas a maior parte dos modelos mais baratos são vulneráveis a ataques de MAC flooding e ARP poisoning, como veremos a seguir.
Em seguida, você tem a opção "Update list of packets in real time". Ativando esta opção, os pacotes vão aparecendo na tela conforme são capturados, em tempo real. Caso contrário, você precisa capturar um certo número de pacotes para só depois visualizar todo o bolo.
Mais abaixo estão também algumas opções para interromper a captura depois de um certo tempo, ou depois de capturar uma certa quantidade de dados. O problema aqui é que o Wireshark captura todos os dados transmitidos na rede, o que (em uma rede local) pode rapidamente consumir toda a memória RAM disponível, até que você interrompa a captura e salve o dump com os pacotes capturados em um arquivo.
Dando o OK, será aberta a tela de captura de pacotes, onde você poderá acompanhar o número de pacotes capturados:
Na tela principal, temos a lista dos pacotes, com várias informações, como o remetente e o destinatário de cada pacote, o protocolo utilizado (TCP, FTP, HHTP, AIM, NetBIOS, etc.) e uma coluna com mais informações, que incluem a porta TCP à qual o pacote foi destinado.
Os pacotes que aparecem com um micro da rede local como emissor e um domínio ou IP da Internet como destinatário incluem requisições, upload de arquivos, e-mails enviados, mensagens de ICQ e MSN e, em muitos casos, também senhas de acesso. Os pacotes provenientes de micros da Internet são respostas à estas requisições, incluindo páginas web, e-mails lidos, arquivos baixados e, assim por diante. Através do sniffer, é possível capturar todo tipo de informação que trafegue de forma não encriptada pela rede.
Clicando sobre um dos pacotes e, em seguida, no "Follow TCP Stream", o Ethereal mostrará uma janela com toda a conversão, exibida em modo texto.
A maior parte do que você vai ver serão dados binários, incluindo imagens de páginas web e arquivos diversos. Mesmo o html das páginas chega muitas vezes de forma compactada (para economizar banda), novamente em um formato ilegível. Mas, garimpando, você vai encontrar muitas coisas interessantes, como, por exemplo, mensagens (MSN e ICQ) e e-mails, que, por padrão, são transmitidos em texto puro. Usando a opção "Follow TCP Stream", é possível rastrear toda a conversa.
O Wireshark pode ser usado também pelo lado negro da força. Se você estiver em uma rede local, com micros ligados através de um hub ou através de uma rede wireless, outro usuário pode usá-lo para capturar todas as suas transmissões.
Isto é extremamente perigoso. Qualquer um que tenha a chance de plugar um notebook na rede ou colocá-lo dentro da área de cobertura de sua rede wireless, poderá capturar dados e senhas suficientes para comprometer boa parte do sistema de segurança da sua empresa. Apenas conexões feitas através do SSH e outros programas que utilizam encriptação forte estariam a salvo.
Naturalmente, além de alguém de fora, existe a possibilidade de um dos seus próprios funcionários resolver começar a brincar de script kiddie, pregando peças nos outros e causando danos. Como vimos, isso não requer muita prática. Enfim, a menos que você esteja em uma simples rede doméstica, onde exista uma certa confiança mútua, utilizar um hub burro é simplesmente um risco grande demais a correr.
Ao utilizar um hub-switch, o risco é um pouco menor, já que, por default, os pacotes são enviados apenas às portas corretas. Entretanto, muitos sistemas são vulneráveis a ataques de ARP poisoning, sem falar dos ataques de MAC flooding, que permitem burlar a proteção. Vamos então a uma explicação mais detalhada de como eles funcionam
No ARP poisoning, o micro do atacante envia pacotes com respostas forjadas para requisições ARP de outros micros da rede. O protocolo ARP é utilizado para descobrir os endereços MAC dos demais micros da rede, já que os switches não entendem endereços IP. Esses pacotes forjados fazem com que os outros micros passem a enviar seus pacotes para o micro do atacante, que é configurado para capturar as transmissões e retransmitir os pacotes originais para os destinatários corretos.
A rede continua funcionando normalmente, mas agora o atacante tem chance de logar todo o tráfego, usando o Wireshark ou outro sniffer. Felizmente, o Wireshark também pode ser usado para perceber as anormalidades na rede e chegar até o espertinho.
Os ataques de MAC flooding, por sua vez, tem como alvo o switch da rede e trabalham dentro de um princípio bastante simples. O switch possui uma área limitada de memória para armazenar a tabela com os endereços MAC dos micros da rede (que permite
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