Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Por: arutomoto • 14/10/2020 • Trabalho acadêmico • 12.094 Palavras (49 Páginas) • 238 Visualizações
[pic 1] | Universidade Estadual do Oeste do Paraná PGEAGRI Estatística Experimental Profª: Drª. Luciana Pagliosa Carvalho Guedes |
Estatística Experimental
PROVA 2
Profª: Drª. Luciana Pagliosa Carvalho
Discentes: Aruani Letícia da Silva Tomoto
Gabriela Medeiros
CASCAVEL-PR
JULHO/2018
Explique as semelhanças e diferenças existentes, quanto a estrutura dos fatores e quanto as unidades experimentais, entre: delineamento em blocos completos casualizados, experimento fatorial e experimento em parcelas subdivididas.
O delineamento em blocos completos casualizados (DBC), o experimento fatorial e o experimento em parcelas subdivididas possuem como principal diferença que apenas o DBC é um delineamento, enquanto os experimentos são considerados como um esquema orientando do desdobramento de graus de liberdade de tratamentos e podem ser instalados em qualquer delineamento experimental.
Um delineamento experimental basicamente é a forma em que os tratamentos (níveis de um fator ou combinação de níveis de fatores) são atribuídos em unidades experimentais. Enquanto, um experimento fatorial é um tipo de experimento planejado que permite analisar os efeitos que vários fatores podem ter sobre uma resposta.
O delineamento em blocos completos casualizados (DBC) foi proposto por Ronald A. Fisher em 1925, possui três princípios da experimentação, sendo: repetição, casualização e controle local. O controle local no DBC é formado por blocos, a qual cada bloco representa um conjunto de parcelas homogêneas, com um número igual ao número de tratamentos ou a um múltiplo deste número.
Já o experimento fatorial foi proposto por Frank Yates em 1937, quando o pesquisador percebeu que a decomposição da variabilidade total em três partes: variação local (blocos, linhas, colunas, etc.), efeitos de tratamentos e erro, não era suficientemente informativa quando os tratamentos resultavam da combinação de dois ou mais fatores.
No fatorial, entende-se que o fator corresponde as variáveis independentes cujos valores (níveis do fator) são controladas pelo pesquisador. Cada subdivisão de um fator é denominada de nível do fator e os tratamentos nos experimentos fatoriais consistem de todas as combinações possíveis entre os diversos fatores nos seus diferentes níveis.
Para os experimentos fatoriais, o número de combinações (tratamentos) pode ser superior ao número de parcelas homogêneas por bloco. Dessa forma, pode-se optar por parcelas subdivididas, jogando-se os níveis de um fator (Fator A) nas parcelas disponíveis, subdividindo-as, espacialmente, pare receber os níveis do outro fator (Fator B). Assim, a parcela passa a funcionar como bloco para os “tratamentos” ou níveis do segundo fator.
Dessa forma, o experimento em parcelas subdivididas, também chamado de Split-plot, em inglês, é um tipo de experimento fatorial em que os fatores envolvidos, geralmente em número de dois, apresentam características diferentes, por exemplo, esses fatores podem exigir tamanhos diferentes de parcelas.
Para uma análise mais detalhada do delineamento em blocos completos casualizados, experimento fatorial e experimento em parcelas subdivididas, foi dividido ambos nos respectivos tópicos: distribuição dos tratamentos, análise de variância e vantagens/desvantagens de cada tipo (DUARTE, 1996).
DISTRIBUIÇÃO DOS TRATAMENTOs
- Delineamento em blocos completos casualizados - DBC
A distribuição dos tratamentos no DBC é realizada de forma casualizada, porém deve ser realizada com uma restrição. O sorteio dos tratamento é realizado somente dentro de cada bloco, uma vez que todos os blocos deve conter todos os tratamentos (blocos completos).
Dessa forma, considerando t-tratamentos e r-blocos, cada repetição do grupo de tratamentos é sorteada dento de cada um dos r blocos. Um exemplo de DBC, utilizando a distribuição de 5 tratamentos (A,B,C,D,E) em 4 repetições está demonstrado na figura 1, observa-se que há a presença de todos os tratamentos em cada bloco.
[pic 2]
Figura 1- Exemplo de distribuição dos tratamentos às parcelas, de acordo com o Delineamento Blocos Completos Casualizados.
- Experimento fatorial
O experimento mais simples compara os tratamentos de apenas um tipo ou um fator, deixando os outros fatores constantes. Entretanto, no experimento fatorial analisa simultaneamente os fatores estudados, a fim de conduzir os fatores para o resultado de interesse.
No experimento fatorial cada subdivisão de um fator é denominada de nível do fator e os tratamentos nos experimentos fatoriais consistem de todas as combinações possíveis entre os diversos fatores, nos seus diferentes níveis.
Na distribuição dos tratamento, basicamente, realiza um estudo de análise de variância com dois fatores: “a” níveis do fator A e “b” níveis do fator B, distribuídos de uma forma que cada repetição do estudo tenha uma observação de todos os “ab” tratamentos, considerando o r como o número de repetições por tratamentos.
Considere o seguinte exemplo de um experimento fatorial com casuaização nos tratamentos: será um experimento 2 X 3, com 2 níveis de Calagem e 3 níveis de adubação em 4 blocos ao acaso (Figura 2)[pic 3][pic 4]
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Figura 2 – Exemplo de um experimento fatorial com blocos casualizados
- Experimento em parcelas subdivididas
O experimento em parcelas subdivididas de forma geral representa apenas restrições nos delineamentos experimentais básicos. Assim, a colocação dos níveis do fato primário às parcelas é realizada de acordo com os delineamentos como o delineamento inteiramente casualizado (DIC), blocos (DBC) e quadrado latino (DQL), sendo o mais utilizado na agrícola o DBC em parcelas subdivididas.
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