A HISTÓRIA DOS PRIMEIROS COMPUTADORES FABRICADOS NO BRASIL

HISTÓRIA DOS PRIMEIROS COMPUTADORES FABRICADOS NO BRASIL

Muitas histórias começam com o termo “era uma vez” e essa não é muito diferente. “E era uma vez um Patinho Feio...” O personagem mencionado se trata do primeiro computador fabricado aqui no brasil e graças a ele a indústria nacional de informática nasceu.

A indústria de computadores no brasil começa com a Marinha querendo equipar uma frota com somente computadores nacionais. A prioridade nacional no momento era dominar essa tecnologia, pois os sistemas das armas eram controlados por computadores. Nesse período a UNICAMP (Universidade de Campinas) monta uma equipe para encarar esse desafio e chamou o projeto de Cisne Branco, porém uma turma da USP (Universidade de São Paulo) também monta uma equipe e a chamou de Patinho Feio. E assim gerou-se uma concorrência.

Em 1972, na USP, a corrida pelo primeiro computador foi vencida e o Patinho Feio entrou pra história como primeiro computador nacional. Logo em seguida, a Marinha, volta a convocar o mesmo grupo de estudantes da USP para desenvolver um novo projeto, o G-10, que faria parte do seu programa de nacionalização de eletrônica de bordo.

Ainda em 72, o interesse dos militares e dos meios científicos, sobre tecnologia, cresceu buscando atingir uma independência tecnológica melhor para informática brasileira e isso levou a criação da CAPRE (Comissão de Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico) que tinha como objetivo propor uma política governamental de desenvolvimento desse setor.

Em 1974, houve a criação da primeira empresa brasileira de fabricação de computadores, a Cobra (Computadores Brasileiros S.A.), uma estatal que tinha como objetivo transformar o G-10 em um produto de nível nacional.

A segunda etapa de tecnologia no Brasil, se caracteriza pelo crescimento de uma indústria nacional em 1976. Nesse mesmo período, a CAPRE sofre uma reestruturação e o mercado se torna reservado para minicomputadores. Os primeiros minicomputadores nacionais foram produzidos utilizando tecnologia estrangeira, porém cinco empresas foram autorizadas pelo governo federal e passaram a fabrica-los.

No ano de 1979, esse setor teve uma forte intensificação governamental estendendo ainda mais a reserva de minicomputadores e também houve a criação da Secretaria Especial de Informática (SEI).

Nos meados da década de oitenta, a informática nacional chegou a alcançar taxas de 30% ao ano, e em 1986 o país atingiu a sexta posição no mercado mundial de informática sendo o quinto maior fabricante. Além, do Japão e dos EUA o Brasil era o único capaz de suprir mais de 80% das demandas do seu próprio mercado.