CARACTERÍSTICAS, DEFINIÇÃO E APLICABILIDADES DO MODELO OSI : UM MODELO REFERÊNCIA
Por: Mickael Lelis • 5/8/2020 • Artigo • 2.340 Palavras (10 Páginas) • 280 Visualizações
CARACTERÍSTICAS, DEFINIÇÃO E APLICABILIDADES DO MODELO OSI : UM
MODELO REFERÊNCIA
Mickael Lelis de Oliveira1;
RESUMO
O frenético desenvolvimento tecnológico evidenciou a necessidade de evoluir os meios de processamento de informações e de interconectar computadores, facilitando o compartilhamento de recursos e dados. A fim de proporcionar a comunicação entre diferentes hardwares e softwares, foram desenvolvidos modelos para a organização da comunicação de dados. Neste contexto, são descritos ao longo do estudo os conceitos de um dos modelos amplamente utilizado: o modelo OSI. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, com o propósito de conceder uma base a respeito de um dos modelos que domina a estruturação de redes de computadores na atualidade.
Palavras-chave: Protocolo. modelo OSI. redes de computadores. comunicação de dados.
INTRODUÇÃO
Para atender as insuficiências e pedidos das vigentes redes de comunicação, os produtores de aparelhos e sistemas desenvolveram fundamentos proprietários para às múltiplas arquiteturas de sistemas. Como resultado, inúmeras redes foram elaboradas a partir de diversas instalações de hardware e de software. Esses fundamentos passaram, então, a estabelecer a correlação dos sistemas com os usuários. Porém, numerosas redes eram incompatíveis entre si, com distintas especificações, impedindo o sistema de se comunicar de forma transparente (ou o mais próximo disso) com outro sistema. Ultrapassando tal barreira, o foco desviou-se para a estruturação de uma arquitetura de softwares de rede, para que computadores interconectados fossem capazes de trocar informações, compartilhar recursos e distribuir tarefas, através de camadas que se comunicavam por protocolos (TANENBAUM, 2011). Essa circunstância levou a criação de um modelo que servisse como referência para que todos os fabricantes desenvolvessem soluções capazes de interagir entre si. Essas camadas teriam como objetivo a redução da complexidade das redes, sendo cada uma responsável por serviços específicos e complementares às funções das outras. Nesse contexto, foi desenvolvido na década de 1970 pela ISO (Organização Internacional de Padrões) o padrão OSI (Interconexão de Sistemas Abertos) que contém sete camadas interligadas: física, enlace, rede, transporte, sessão, apresentação e aplicação (MENDES, 2007). Em 1983 o modelo inicial foi formalizado, a arquitetura RM-OSI (Modelo de Referência para Interconexão de Sistemas Abertos) foi desenvolvida pela ISO (Organização Internacional de Padrões) com o intuito de impor um padrão no progresso dos aparelhos para redes de intercomunicação de informações, em réplica ao progressivo número de arquiteturas independente. Seu propósito é permitir a interligação de equipamentos e sistemas distintos sem dificuldades de compatibilidade. É uma referência que mostra sempre o que fazer, mas não como fazer. Neste contexto o artigo visa conter os conceitos e funcionalidades dos modelos OSI.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1. Estrutura do Modelo
O modelo de referência OSI foi apresentado em 1984. Relaciona-se a um detalhamento ou modelo de referência e não um novel modelo definindo a forma como a comunicação deve ser propagada entre os níveis de uma rede. Assim sendo o modelo sugere uma estrutura em camadas para o progresso de soluções que operem perante todas as plataformas, independentemente do hardware ou software utilizado.
A fim de que os pacotes de dados possam trafegar de uma origem até o destino, através de uma rede, é importante que todos os dispositivos da rede usem a mesma linguagem, o mesmo protocolo. Por isso, podemos determinar o protocolo como sendo um agrupamento de regras, ou um trato, que impõe o formato e como será a transmissão de dados. A camada n em um computador se inter-relaciona com a camada n em outro computador.
No modelo de referência OSI, encontra-se sete níveis numerados, e cada nível representa uma função particular da rede. Essa partição das funcionalidades é chamada divisão em camadas.
Fragmentar a rede em sete camadas possibilita uma saída para os problemas de comunicação transparente, ou o mais próximo disso, com o outro sistema apontado previamente, pois oferece como vantagens:
Dividir as comunicações de rede em partes menores e mais compreensíveis, viabilizando sua análise;
Uniformizar os elementos de rede, concedendo o avanço e o suporte por parte dos diversos fabricantes;
Impedir que as mudanças em uma camada afetem as outras, concedendo maior rapidez no seu desenvolvimento;
2. As Sete Camadas
O modelo de referência OSI (RM-OSI) está segmentado em sete camadas verticais (Física, Enlace de Dados, Rede, Transporte, Sessão, Apresentação e Aplicação), cada uma com sua característica peculiar e funcionamento independente uma das outras (Figura 1).
As sete camadas, por sua vez, se decompõe em dois agrupamentos. As quatro primeiras camadas são utilizadas no momento em que a informação passa de ou para o próprio elemento de rede, ao mesmo tempo que as ultimas três camadas são usadas quando a informação é destinada a outro elemento na rede. Esta segmentação proporciona uma melhor compreensão do modelo como um todo e a otimização de cada tarefa.
Entre as camadas, a intercomunicação se dá unicamente, com a camada inferior ou com a camada superior àquela que pretende estabelecer a comunicação. Para que isso aconteça são essenciais, no mínimo, dois sistemas com um mesmo conjunto de camadas.
Figura 1 - Estrutura do Modelo de Referência OSI
[pic 1]
Fonte:TANENBAUM, 2003
2.1. Camada Física ou de Acesso ao Meio
A Camada Física é encarregada pela conexão física entre os equipamentos e os protocolos a serem executados para a comunicação entre os diversificados sistemas. Além de administrar a transição física da informação sobre os meios de transmissão viáveis. Com esta camada, o modelo OSI permite a versatilidade do uso de diversos meios físicos para interconexão com procedimentos de controle diferentes.
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