Homem e sociedade unip

1. Quais as relações entre os conceitos de cultura e nação? Exemplifique.

A constatação da variedades de modos de vida entre povos e nação é um elemento fundamental das preocupações com cultura. Tanto assim que é impossível discutirmos cultura sem fazer referência a ela.

Para entender melhor a relação de cultura e nação devemos retornar ao século XVI onde não existiam países como existem hoje.

Países hoje como são França e Alemanha eram habitadas por diferentes tipos de população com suas próprias culturas e organização política regional.

Com o crescimento do capitalismo e a busca por novas terras (imperialismo), levou estes povos a uma unificação, afim de se fortalecerem. Daí a preocupação da Alemanha do século XIX com as concepções de cultura e nação.

Portanto, nação e cultura estão intimamente ligadas, uma vez que para a existência de uma nação é necessário um estado, território e a produção de significados culturas que a legitimem, ou seja, uma cultura nacional.

Em outros países colonizados diferentemente da Alemanha, as discussões sobre cultura expressam projetos de nação em estados derivados da colonização europeia dessas terras.

1. Diferencie cultura popular e cultura erudita.

A cultura popular é pensada sempre em relação a cultura erudita, à alta cultura, a qual é de perto associada tanto no passado como no presente às classes dominantes.

As preocupações com cultura popular são tentativas de classificar as formas de pensamento e ações das populações mais pobres de uma sociedade buscando o que há de especifico nelas, procurando entender a sua lógica interna, sua dinâmica e, principalmente, as implicações políticas que possam ter.

Já a cultura erudita ou o conhecimento erudito expresso pela filosofia, ciência e pelo saber produzido e controlado em instituições da sociedade nacional, tais como universidade, as academias, ordens profissionais se contrapõe ao conhecimento possuído pela maior parte da população, um conhecimento que se supunha inferior, atrasado, superado, e que aos poucos passou também a ser entendido como uma forma de cultura, a cultura popular.

1. Quais são as características da indústria cultural? Estabelecer um paralelo com o conceito marxista de ideologia.

Industria cultural em essência, significa a transformação da mercadoria em cultura e da cultura em mercadoria, ocorrida em um movimento histórico-universal, que gerou o desenvolvimento do capital monopolista, dos princípios de administração e das novas tecnologias de reprodução (sobretudo, a fotografia e o cinema). Em linhas gerais, a indústria cultural representa a expansão das relações mercantis a todas as instâncias da vida humana.

A indústria cultural é capaz de homogeneizar a vida e a visão de mundo as diversificadas populações, ultrapassando barreiras de classe social e facilitando, por essas razões, o controle das massas. Essa cultura homogeneizadora, niveladora, teria o núcleo de sua existência num setor especifico de atividade, a indústria cultural.

Além do mais, a industrial cultura é ela mesma uma esfera de atividade econômica, com inversões de capita, recrutamento de mão-de-obra especializada, desenvolvimento de novas técnicas, produção de bens e serviços. Esses meios de comunicação são elementos fundamentais da própria organização social e estão sem dúvida associados ao exercício do poder e a ordenação da vida coletiva.

No tempo de Marx, ideológico era o que se colocava para além das contradições da infra-estrutura, como uma hipóstase de ideias e concepções avessas à dinâmica histórica e social. Na cultura de massa, seu caráter ideológico consiste na colocação da existência do mundo como seu sentido. Em termos gerais, o prazer que os consumidores experimentam nessas obras é o de saberem que o mundo é tal como eles pensam que é.

Enfim, as mensagens da indústria cultura, com propósitos de homogeneização e controle das populações, podem ser um projeto dos interesses dominantes da sociedade, mas não são a cultura dessa sociedade.

1. Relacionar cultura com:

1. Poder: As próprias preocupações com cultura nasceram associadas as relações de poder uma vez que a cultura registra as tendências e conflitos das história contemporânea e suas transformações sócias e políticas.

Hoje em dia os centros de poder da sociedade se preocupam com a cultura, procuram defini-la, entendê-la, controlá-la e até agir sobre seu desenvolvimento já que a cultura é uma esfera de atuação econômica.

1. Mudança social:  A cultura é uma produção coletiva, mas nas sociedades de classe seu controle e benefícios não pertencem a todos. Isso se deve ao fato de que as relações entre os membros dessas sociedades são marcadas por desigualdade profundas, de tal modo que a apropriação dessa produção comum se faz em benefício dos interesses que dominam o processo social. E como consequência disso, a própria cultura acaba por apresentar poderosas marcas de desigualdade.
2. Etnocentrismo: O etnocentrismo é uma avaliação pautada em juízos de valor daquilo que é considerado diferente. Ocorre quando um determinado indivíduo ou grupo de pessoas, que tem os mesmos hábitos discrimina o outro, julgando-se melhor. Desse modo a cultura infere diretamente no etnocentrismo, uma vez que é utilizado para subjugar uma cultura em detrimento da outra, levando esse julgamento à graves conflitos, como foi a segunda guerra mundial, onde os Alemães se julgaram melhor do que aqueles que eles subjugaram por ter uma cultura diferente.

1. Explique:

1. Políticas de reparação: As políticas de reparação tem a função de aliviar e amortecer os prejuízos causados de um grupo mais privilegiado à um grupo menos favorecido historicamente.

São exemplos de políticas de reparação as ações afirmativas, cotas e todos os outros benefícios dados as classes sociais menos favorecidas.