PRÁTICAS DE TESTES MOBILE COM ÊNFASE NA PLATAFORMA ANDROID
Por: Ana Claudia Casagrande • 9/5/2016 • Artigo • 3.653 Palavras (15 Páginas) • 422 Visualizações
PRÁTICAS DE TESTES MOBILE COM ÊNFASE NA PLATAFORMA ANDROID
Ana Cláudia Casagrande Patrício[1]
Charles Prada[2]
Resumo
O teste em aplicações mobile é recomendável para garantir o atendimento de todos os requisitos de qualidade, por este motivo, o objetivo desta pesquisa é caracterizar as práticas de testes que podem ser empregadas durante o desenvolvimento de aplicações mobile com ênfase na plataforma Android, evidenciando os benefícios que podem ser atingidos com a sua utilização. Os resultados do trabalho apontam que todas as práticas abordadas podem ser empregadas, o que deve ser observado são quais delas são mais indicadas de acordo com a aplicação e o grau de importância para a execução. Portanto, conclui-se que a execução das práticas de testes são imprescindíveis para atender as necessidades do usuário, reduzir custos e esforço em testes, melhorar a qualidade e aumentar a produtividade.
Palavras-chave: Android. Mobile. Testes.
1 INTRODUÇÃO
Durante o desenvolvimento de aplicações mobile é necessário a execução de testes para garantir a qualidade. Em relação ao desenvolvimento de aplicações mobile para a plataforma Android, este vem crescendo muito nos últimos anos, devido a aceitação desta plataforma por grande parte da população mundial.
No entanto, como esta plataforma está em constante evolução e existe uma grande variedade de dispositivos que a utilizam, é um desafio realizar o planejamento de uma cobertura de testes que atenda os requisitos destas aplicações. Com base nestas afirmações é recomendável além dos testes convencionais, empregar algumas práticas de testes.
Contudo, esta pesquisa tem o objetivo de caracterizar as práticas de testes que podem ser utilizadas durante o desenvolvimento de aplicações mobile voltadas para a plataforma Android e evidenciar que com a utilização das mesmas é possível reduzir custos e esforço em testes, melhorar a qualidade e aumentar a produtividade.
2 ANDROID
O Android é uma plataforma de desenvolvimento para aplicações mobile, que foi baseada no sistema operacional Linux, possui uma interface visual rica, funcionalidades de geolocalização (GPS) e diversas aplicações (LECHETA, 2010).
Pereira e Silva (2009) explicam que o Android foi construído com o intuito de permitir aos desenvolvedores criar aplicações móveis que possam tirar total proveito dos aparelhos portáteis. Por ser um software de código aberto, ele pode ser adaptado a fim de incorporar novas tecnologias, conforme elas forem surgindo. A plataforma Android está em evolução, já que as comunidades de desenvolvedores não param em busca de aplicações móveis inovadoras.
2.1 EVOLUÇÃO ANDROID
Conforme Xcubelab (2013) a evolução da plataforma Android desde sua concepção em 2003 é demonstrada na figura 1.
Figura 1: Evolução do Android
[pic 1]Fonte: Dados Primários, 2013.
Atualmente grande parte das operadoras de telefonia móvel em vários países tem um ou mais dispositivos móveis utilizando o Android, além de ser utilizado em outros tipos de aplicações como tablets, netbooks, televisores e até embarcados em automóveis (STEELE E TO, 2011).
O Android já conta com mais de 100 milhões de dispositivos ativados e cerca de 400 mil ativações diárias para mais de 300 modelos de dispositivos, utilizando oficialmente esta plataforma. Já o Android Market conta com mais de 200 mil aplicativos disponíveis e 4,5 bilhões de aplicativos efetivamente instalados (BARRA, 2011).
Para Gargenta (2011) devido a grande fragmentação de versões do Android, o desenvolvedor deve escolher a menor versão de API possível para ser compatível com seu aplicativo e garantir um publico maior de usuários. Conforme Developers (2013) a distribuição das versões do Android pode ser demonstrada na figura 2.
Figura 2: Distribuição das versões da plataforma Android
[pic 2]
Fonte: Developers Android, 2013.
2.2 DISPOSITIVOS MÓVEIS E APLICAÇÕES ANDROID
Johnson (2007) define que a computação móvel permite que os usuários tenham acesso a serviços independente de sua localização. O usuário e o dispositivo se movimentam, e nada impede que o código se “movimente” indo e vindo de outros dispositivos e servidores, isso requer suporte a mobilidade e existência de infraestrutura de comunições sem fio. A figura 3 demonstra o cenário da computação móvel em que os dispositivos móveis se conectam por meio de redes sem fio a diversos tipos de serviços.
Figura 3: Representação de um cenário de computação móvel
[pic 3]
Fonte: Dados primários, 2013.
Existem diversas categorias de dispositivos que podem ser consideradas como computação móvel. Os laptops ou notebooks que são computadores portáteis com capacidade computacional equivalente a um desktop. Os PDAs possuem telas pequenas, mas seu poder de processamento é alto, se comparar com um telefone celular, mais baixo, se comparado com os notebooks. Tem suporte a aplicativos desenvolvidos em linguagem de programação de alto nível, recursos multimídia, acesso à rede entre outros recursos. Os telefones celulares que antigamente quase não tinham recurso, hoje existem aparelhos com memória expansível, acesso à rede e suporte a Java. Estes celulares mais avançados são chamados de SmartPhones que além dos recursos de celular incorporam diversos recursos dos PDAs (JOHNSON, 2007).
O intuito de testar as aplicações desses dispositivos móveis é exercitar as diversas dimensões de qualidade com a intenção de descobrir erros ou alguns pontos que podem levar a falhas. O testes dessas aplicações devem focar: conteúdo, funções, estrutura, usabilidade, navegabilidade, desempenho, compatibilidade, interoperabilidade, capacidade e segurança (PRESSMAN, 2006).
3 TESTES DE SOFTWARE
O desenvolvimento de software envolve uma série de atividades de produção onde as oportunidades de ocorrerem falhas humanas são enormes. Erros podem vir a ocorrer desde o ínicio do projeto, onde os objetivos serão erroneamente ou imperfeitamente especificados. Por causa da inabilidade humana de realizar ou comunicar-se com perfeição, o desenvolvimento é acompanhado por uma atividade de garantia da qualidade, o teste (PRESSMAN, 2002).
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