A COMUNICAÇÃO DE DADOS

CEFET/RJ – CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

ALUNO: ENZO FERREIRA TOMAZ SILVA.

PROF: BRUNO GUEDES.

DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO DE DADOS

RESUMO SOBRE PROTOCOLO IPv6

        Nos dias atuais, a globalização da internet atingiu grande parte da população mundial, fazendo com que houvesse uma explosão na utilização de equipamentos para usufruir a internet. Desse modo, os equipamentos das empresas e dos milhões de usuários começaram a ocupar endereços de acordo como foram projetados. O número de endereços disponíveis para reconhecer cada equipamento é fixo, ou seja, começou a criar uma escassez de endereços disponíveis.

        Existem alguns mecanismos capazes de frear essa escassez como por exemplo o NAT. O NAT utiliza um único IP (endereço) para fazer a conexão entre diversos pontos sem precisar utilizar novos endereços de IP. Entretanto, existem certas áreas onde o NAT não pode ser bem empregada como por exemplo em um datacenter.

        Portanto, houve uma necessidade de criar algum protocolo capaz de driblar a escassez de endereços IP no mundo digital.

        No IPv6, o endereçamento de IP é feito através de 128 bits fazendo com que houvesse um “BOOM” no número de endereços disponíveis para utilização. A quantidade de 128 bits equivale a mais de 3.4E38 endereços de IP.

        Esse protocolo não altera como funciona a rede, os endereços TCP/IP continuam contendendo informações sobre endereço da rede e do host; as portas TCP e UDP são utilizadas da mesma forma também. A grande diferença é realmente no processo de endereçamento.

        No protocolo anterior IPv4 era utilizado 4 grupos de 8 bits, variando de 0 a 255 o grupo. Conforme abordado anteriormente, o IPv6 possui 128 bits para o endereçamento, e o IPv4 somente 32. Assim, no protocolo IPv6 teríamos que ter 16 octetos de 8 bits para realizar o endereçamento igualmente ao IPv4.

        Entretanto, o IPv6 utiliza 8 grupos 4 caracteres em hexadecimal, separados por 2 pontos, onde cada caractere em hexa possui 4 bits, totalizando 8x4x4 que resulta em 128 bits.

Um exemplo de endereço IPv6 seria:

2001:BCE4:5641:3412:341:45AE:FE32:65

        É claro que usando caracteres hexadecimal reduz o número de caracteres necessários para representação numérica, pois em hexadecimal existem os números de 0 a 9, e as letras A até F, que representam os números 10 a 16 respectivamente.

        Todavia, a leitura de caracteres hexadecimal aumenta a complexidade do protocolo, por isso, foi elaborada uma forma de abreviar os códigos resultando em endereços mais compactos. Por exemplo: sequência de zeros à esquerda dentro do quarteto pode ser omitido; caso exista um IP “2001:BCE4:0:0:0:0:0:1”, pode-se abreviar para “2001:BCE4::1” omitindo o termo central do IP.

        A divisão entre host/rede segue a mesma ideia do IPv4, o endereço é divido em duas partes iguais de 64 bits, onde a primeira parte corresponde a identificação da rede, e a segunda parte a identificação do host. Contudo, no IPv6 não existe mais variação de máscara conforme havia no IPv4.

        Existem duas maneiras de configurar endereços para uma mesma rede. A primeira seria utilizar um sequencial do endereço da rede:  "2001:BE4::1", "2001:BCE4::2", "2001:BCE4::3" e assim por diante. A segunda, seria concatenando o endereço e o endereço de MAC do Micro.

        O endereço de MAC do Micro necessita de uma transformação, pois ele tem 12 bits em seu comprimento e no IPv6 é necessário um tamanho de 16 bits. Então, para realizar essa transformação, é necessário adicionar um termo “FFFF” entre o sexto e sétimo dígito do endereço de MAC original.

         Há uma compatibilidade entre o IPv6 e IPv4, pois o primeiro permite que haja uma “adequação” do protocolo antecessor para que possa ocorrer uma migração entre os protocolos. Essa migração é realizada pelada adição do termo “::FFFF:” no início do endereço utilizado pelo protocolo IPv4.