A Evolução Software/Hardware e Sociedade

Desde a segunda guerra mundial trabalhamos lado a lado com máquinas criadas para nos ajudar a solucionar problemas. Sua criação tem, portanto, um papel essencial em nosso cotidiano: são ferramentas que nos auxiliam e evoluem de acordo com o que necessitamos em nossos trabalhos, estudos ou qualquer outra função que desejamos que tais máquinas executem.

A criação de microcomputadores não apenas nos fez mais dependentes de um "raciocínio" externo, mas também acelerou nossas vidas. Aceleração esta que acontece graças às nossas próprias demandas, sejam elas relacionadas a conforto ou necessidade.

O desenvolvimento, isto é, a invenção, manutenção e a evolução dessas máquinas acompanha o processo previsto por Isaac Asimov ainda em seu livro "Eu, Robô", no qual a humanidade "empodera" as máquinas (microcomputadores e afins) a cada dia que passa, de forma que sirva aos propósitos humanos adequadamente.

Exemplo dessa evolução pode ser visto de forma clara no tratamento que damos às imagens em audiovisuais. Especificamente, a evolução gráfica dos efeitos utilizados em filmes.

Se, antes da popularização dos microcomputadores (e, também da evolução técnico-científica que proporcionou essa popularização) era comum vermos efeitos visuais realizados com colagens e ilusões de ótica (pensadas e produzidas durante meses), atualmente, temos pequenos computadores que são capazes de renderizar esses mesmos efeitos em segundos. Agora é possível armazenar, processar e exibi-los ao usuário com mais qualidade, e em telas cada vez menores (ou maiores, dependendo do ponto de vista e da tecnologia em questão).

O conhecimento acerca da relação interdependente entre software e hardware é chave em um período que vemos uma aceleração da evolução da inteligência artificial, por exemplo, que nos leva a questionar até onde a evolução tecnológica irá nos levar.

A "magia" por trás da Tecnologia

De forma técnica, podemos ver essa interdependência em situações práticas e rotineiras que ocorrem dentro dos microcomputadores. A relação entre o Sistema Operacional (SO) e o hardware (peças do computador) depende de uma linha tênue, que pode ser entendida como a adequação de um ao outro.

A comunicação realizada entre SO's e as peças do Computador, por exemplo, atualmente feita por linguagens de baixo nível (como Assembly e C), pode se tornar obsoleta em pouco tempo. Isso ainda se torna mais perceptível se observarmos o a crescente popularização de computadores quânticos - que deverão utilizar linguagens de programação específicas para seu tipo de processador, como a QCL (Quantum Computation Language), por exemplo.

Os benefícios dessa evolução do hardware podem ser considerados inquestionáveis, entretanto, eles em breve causarão um terremoto para os programadores que trabalham no desenvolvimento de Sistemas Operacionais. Dessa forma, um empurra o outro, isto é: a exigência de adaptação dos SO's ao novo hardware, faz com que o software (SO) evolua.

Outro exemplo dessa interdependência pode ser o próprio Sistema Operacional, que executa todas as funções desejadas pelo usuário, e, muitas vezes sem que ele perceba. O gerenciamento de processos, por exemplo, demoraria centenas (se não milhares) de vezes mais para ser realizado