A Guia Para Montar um Computador
Por: Rodrigo Marques • 19/11/2021 • Resenha • 5.567 Palavras (23 Páginas) • 127 Visualizações
Guia para montar um PC
Existem 3 grandes problemas na hora se montar um PC (Personal Computer ou computador pessoal): O primeiro deles é a quantidade de termos técnicos que deixam qualquer pessoa que não está ambientada maluca, como SSD, CPU, SATA, DDR 4, APU, etc. O segundo problema é a grande variedade de modelos e marcas, além de uma vasta combinação de peças que precisam ser compatíveis para que o PC funcione de forma adequada (Ex: Você não pode colocar um processador da Intel numa placa mãe com socket da AMD). O terceiro grande problema é a falta de confiança em vendedores e sites pois, assim como qualquer outro assunto mais técnico como mecânica, hidráulica e outros, existem muitos malandros que vão tentar te enrolar e fazer você comprar peças que não te entregarão uma melhor relação custo benefício.
Visando auxiliar no entendimento desse assunto, decidi preparar um guia para ajudar na compreensão do básico já que estou entediado nessa quarentena.
Primeiro de tudo, temos que definir alguns termos pois sempre rola uma confusão logo no primeiro contato com o assunto.
O Computador é composto de diversas peças como Processador (CPU), memórias RAM, Placa-Mãe, etc. Todas essas peças estão dentro do Gabinete que também faz parte do computador. O computador sozinho não é utilizável já que precisamos de meios de interação com ele, que nós chamamos de periféricos (teclado, mouse, monitor, impressora, fones de ouvido, caixas de som...).
OBS: Algumas pessoas chamam computador de CPU, o que tecnicamente está errado já que CPU (Central Processing Unit ou unidade de processamento central) é apenas o Processador que é uma das peças dele.
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Deixando esses termos claros podemos prosseguir no assunto que é a montagem de um computador. Falarei de alguns periféricos lá no final.
Quando montamos um computador temos que seguir uma linha lógica na escolha das peças pois, é baseado nas peças que você escolhe inicialmente que se darão as opções para as seguintes.
Ok Rodrigo, mas, por onde eu começo? Bom podemos começar por basicamente duas peças: Processador ou Placa-Mãe. Eu prefiro iniciar pelo processador pois acho mais simples já que definimos de cara o perfil do computador que iremos montar. Se escolhermos um processador mais simples com menos recursos e mais barato, teremos toda uma sequência de peças escolhidas também com menos recursos e mais baratas reduzindo o gasto e com isso, o desempenho do PC. Da mesma forma que, se for escolhido um processador mais robusto, demandaremos mais gasto, não apenas nele, mas em toda a cadeia de peças escolhidas para que ele não tenha seu desempenho reduzido em função de outras peças (O famoso Gargalo*), gerando com isso, um alto custo. Então vamos começar.
OBS*: Gargalo é quando um componente de desempenho inferior limita o desempenho de outros componentes.
Processador
Processador ou CPU (Unidade Central de Processamento) é responsável por processar os dados que circulam pelo computador. Um processador que processa em frequências maiores possui, em teoria, um desempenho melhor do que um processador que processa em frequências menores. Na escolha de um processador devemos ter em mente dois principais fatores. A quantidade de núcleos* de processamento que ele possui e a frequência de processamento, tanto de cada núcleo, como do processador como um todo.
OBS*: Há uma divisão entre núcleos físicos e núcleos virtuais (threads), mas não entrarei muito nesse assunto pra não complicar.
Tá Rodrigo, muito legal isso daí, mas como escolho? Calma jovem, tudo no seu tempo. Primeiro vamos ver como é um processador para que seja possível reconhecê-lo.
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Prazer, processador
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Parte de baixo (encaixa na Placa-Mãe)
Parte de cima
Quando falamos de processador podemos dividi-los em diversos modelos, porém, por incrível que pareça (na verdade não é tão incrível assim, estou dando uma forçada), existem apenas duas marcas que dominam o mercado (INTEL e AMD). Existem apenas ela? Não, mas é praticamente como se existisse pois quase ninguém usa as outras.
Logo num primeiro momento vamos diferencia-las. A Intel tem um domínio maior do mercado e, principalmente nos últimos anos tomou contas das vendas de processadores domésticos* (com os seus Intel Core) só perdendo espaço mais recentemente para a nova linha de processadores da AMD(Ryzen).
Por ter dominado o mercado por muito tempo a INTEL tende a cobrar mais caro em seus processadores do que sua concorrente, já que está mais bem estabelecida e possui a confiança de seus consumidores.
A AMD apanhou por bastante tempo da Intel nos modelos antigos de processadores (superaqueciam e, com isso, perdiam desempenho), porém hoje, essa disputa está mais equilibrada. Nós consumidores que ganhamos com isso já que, com a AMD tentando roubar clientes fiéis da INTEL, os preços acabam ficando melhores. Ambas as empresas dividem seus processadores em segmentos, desde os mais básicos até os mais potentes e insanamente caros. Os preços variam bastante indo de um pouco mais de R$200,00 até R$4.000,00 ou mais. Sim, é triste, eu sei.
OBS: Cuidado! Existem processadores utilizados em servidores que possuem nomes bem similares aos que serão citados (Ex: Celeron para servidores) e que custam valores insanos como R$20.000,00. Não se assuste se encontrar algumas propagandas com esses valores, pois não é para você. A não ser que você seja muito rico e queira montar um servidor, sabe lá para quê.
Na tabela abaixo colocarei os segmentos de ambas as empresas lado a lado com seus equivalentes sendo que, mais acima, estarão os modelos mais básicos e, mais abaixo, os mais potentes. Lembrando que, o que diferencia esses segmentos são basicamente o número de núcleos de processamento e as frequências de processamento atingidas.
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