Conceito de Banco de Dados e SGBD's
Por: Gustavo657675 • 7/4/2025 • Monografia • 2.175 Palavras (9 Páginas) • 21 Visualizações
Banco de dados - NP1
Introdução aos SGBDs:
1. Conceito de Banco de Dados e SGBDs
Um Banco de Dados (BD) é uma coleção organizada de dados inter-relacionados, armazenados para facilitar a recuperação, inserção, atualização e remoção eficiente.
O Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) é o software responsável por administrar e manipular esses dados, garantindo segurança, integridade e acesso eficiente.
2. Vantagens do Uso de um SGBD
- Redução da Redundância: Os dados são armazenados de forma centralizada, evitando duplicação.
- Integridade e Consistência: Garantia de que os dados sejam corretos e confiáveis.
- Segurança: Controle de acesso e permissões para diferentes usuários.
- Facilidade na Recuperação de Dados: Uso de linguagens como SQL para consultas rápidas.
- Independência dos Dados: Separação entre os dados e os programas que os acessam.
- Suporte a Transações: Execução de operações que garantem a confiabilidade do sistema.
3. Modelos de Banco de Dados
Os SGBDs podem utilizar diferentes modelos para estruturar e armazenar dados:
- Modelo Hierárquico: Os dados são organizados em uma estrutura de árvore (pai-filho).
- Modelo em Rede: Similar ao hierárquico, mas permite múltiplos relacionamentos entre registros.
- Modelo Relacional: Utiliza tabelas para armazenar dados e permite consultas em SQL.
- Modelo Orientado a Objetos: Armazena dados como objetos, semelhante à programação orientada a objetos.
4. Componentes de um SGBD
Um SGBD é composto por diferentes módulos para garantir seu funcionamento:
- Gerenciador de Arquivos: Controla o armazenamento dos dados.
- Processador de Consultas: Interpreta e executa comandos SQL.
- Gerenciador de Transações: Mantém a integridade dos dados em operações simultâneas.
- Gerenciador de Autorizações: Controla o acesso e segurança dos usuários.
5. Linguagens de Banco de Dados
- Linguagem de Definição de Dados (DDL): Criação e modificação da estrutura do BD (ex.: CREATE TABLE).
- Linguagem de Manipulação de Dados (DML): Inserção, atualização e remoção de dados (ex.: INSERT, UPDATE, DELETE).
- Linguagem de Controle de Dados (DCL): Controle de permissões e segurança (ex.: GRANT, REVOKE).
6. Arquitetura dos SGBDs
Os SGBDs são estruturados em três níveis principais:
- Nível Externo (Visão do Usuário): Representação personalizada dos dados para diferentes usuários.
- Nível Conceitual (Modelo Lógico): Representação global dos dados, sem detalhes físicos.
- Nível Interno (Armazenamento Físico): Organização física dos dados em disco.
7. Tipos de SGBDs
- Centralizados: Todos os dados são armazenados em um único servidor.
- Distribuídos: O banco de dados está distribuído em múltiplos servidores.
- NoSQL: Modelos não relacionais para grandes volumes de dados, como MongoDB e Cassandra.
8. Transações e Controle de Concorrência
- Transação: Conjunto de operações que devem ser executadas completamente ou não ocorrerem.
- Propriedades ACID:
- Atomicidade: A transação ocorre por completo ou não ocorre.
- Consistência: Os dados permanecem válidos antes e depois da transação.
- Isolamento: As transações não interferem umas nas outras.
- Durabilidade: Os dados são permanentemente armazenados após a transação.
Abordagem Entidade-Relacionamento (ER):
1. Introdução à Abordagem ER
A abordagem Entidade-Relacionamento (ER) é um modelo de dados conceitual utilizado para representar a estrutura de um banco de dados. Seu objetivo é descrever os dados e os relacionamentos entre eles de forma clara e organizada.
2. Elementos do Modelo ER
- Entidades: São objetos do mundo real que podem ser representados no banco de dados. Exemplo: Cliente, Produto, Pedido.
- Atributos: São propriedades das entidades, como nome, idade e endereço de um Cliente.
- Chave Primária: Um atributo (ou conjunto de atributos) que identifica unicamente uma entidade.
- Chave Candidata: São atributos que poderiam ser uma chave primária porque identificam unicamente a entidade. Exemplo: Em uma tabela de Clientes, o CPF e o e-mail podem ser chaves candidatas, pois ambos são únicos. Apenas um será escolhido como chave primária.
- Relacionamentos: Representam a associação entre entidades, como um Cliente que faz um Pedido.
3. Cardinalidade e Relacionamentos
A cardinalidade define quantas ocorrências de uma entidade podem se relacionar com outra. Existem duas variações principais:
- Cardinalidade Mínima: Número mínimo de ocorrências que devem estar relacionadas. Pode ser 0 (opcional) ou 1 (obrigatório).
- Cardinalidade Máxima: Número máximo de ocorrências permitidas (1 ou muitos).
Exemplos:
- Relacionamento 1:1 (um para um):
- Se for (1,1) obrigatório, significa que cada entidade sempre se relaciona com exatamente uma outra. Exemplo: Um país tem um único presidente.
- Se for (0,1) opcional, significa que a entidade pode não estar relacionada. Exemplo: Um funcionário pode ou não ter um crachá de estacionamento.
- Relacionamento 1:N (um para muitos):
- (1,N) obrigatório: Um pedido sempre pertence a um cliente, mas um cliente pode fazer vários pedidos.
- (0,N) opcional: Um cliente pode ter vários pedidos, mas pode não ter feito nenhum ainda.
- Relacionamento N:M (muitos para muitos):
- (1,N) obrigatório: Um aluno pode estar em várias disciplinas, e cada disciplina deve ter pelo menos um aluno.
- (0,N) opcional: Um professor pode dar aulas em várias disciplinas, mas pode não estar vinculado a nenhuma no momento.
4. Generalização e Especialização
- Generalização: Agrupa entidades similares em uma entidade mais genérica. Exemplo: Funcionário e Cliente podem ser generalizados como Pessoa.
- Especialização: Oposto da generalização; divide uma entidade genérica em entidades mais específicas. Exemplo: Pessoa pode ser dividida em Funcionário e Cliente.
5. Atributos e Tipos
- Atributos Simples: Não podem ser divididos (exemplo: Nome).
- Atributos Compostos: Podem ser subdivididos (exemplo: Endereço pode ser dividido em Rua, Cidade, Estado).
- Atributos Multivalorados: Podem ter múltiplos valores (exemplo: Telefones de um cliente).
- Atributos Derivados: São calculados a partir de outros atributos (exemplo: Idade derivada da Data de Nascimento).
6. Diagramas ER
Os diagramas ER são representações visuais do modelo, onde:
- Retângulos representam entidades.
- Elipses representam atributos.
- Losangos representam relacionamentos.
- Linhas conectam elementos e mostram a cardinalidade.
7. Transformação do Modelo ER para Modelo Relacional
Para criar um banco de dados relacional a partir do modelo ER:
- Converter entidades em tabelas.
- Transformar atributos em colunas das tabelas.
- Definir chaves primárias e estrangeiras.
- Relacionamentos N:M são resolvidos com tabelas intermediárias.
Generalização e Especialização no Modelo Entidade-Relacionamento (ER):
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