Educação e Tecnologia
Por: Luiz Fernando Santinon Roncolatto • 14/8/2015 • Dissertação • 5.311 Palavras (22 Páginas) • 304 Visualizações
A INCLUSÃO NA REDE REGULAR DE ENSINO
MAMEDE, Fernanda Santinon[1]
770987
TORRES, Paulo César Munhoz[2]
RESUMO
Este artigo tem como objetivo colaborar com a adequação do processo de inclusão na área educacional, visando demonstrar a análise da formação dos profissionais que atuam nessas instituições de ensino, a fim de expor as dificuldades enfrentadas pela escola e pelos profissionais da educação ao receber alunos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino. Sendo assim, é essencial compreender o papel do professor no estabelecimento de ensino para concretizar a inclusão e dominar as atribuições do professor frente às novas necessidades deste processo de inclusão. A legislação brasileira acredita que os cursos de formação de docentes, desde o magistério à licenciatura, capacitam esses profissionais para atuar em salas de aula com uma demanda diversificada de alunos, mas no cenário atual, a formação dos profissionais da educação é um dos desafios encontrados, visto que esses não estão preparados e capacitados para educar e garantir o acesso e a permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais. O artigo mostra a partir de pesquisa bibliográfica de teóricos renomados e leis que esclarecem esse novo contexto educacional, a importância dos educadores estarem melhor preparados para o processo de inclusão. O trabalho é apresentado de forma colaborativa como uma alternativa para o enfrentamento desses desafios por parte dos professores, pois mesmo com as leis que regem a inclusão escolar sabe-se que ela ainda é muitas vezes enfrentada como um desafio e não como uma nova perspectiva educacional que busca a melhoria da interação entre os indivíduos que concretizam esse processo.
Palavras-chave: Educação Inclusiva. História. Necessidades Educacionais Especiais. Políticas Educacionais. Formação de Educadores.
1 INTRODUÇÃO
A análise da qualificação e da formação dos profissionais da área educacional mostra-se relevante na medida em que oportuniza a reflexão sobre as legislações que asseguram aos alunos o acesso e a permanência no sistema regular de ensino elucidando como está a situação da formação dos profissionais da educação para receber esses educandos, contribuindo com a (re)construção do conhecimento dos educadores, possibilitando, uma reflexão sobre a ação pedagógica.
Segundo Lima (2006, p. 176), “a formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se aborda a inclusão, uma vez que muitos dos professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais na sala de aula”.
Dessa forma, é necessária a preparação desses educadores no sentido de ajudá-los a desmistificar conceitos e preconceitos, tornando-os mais conscientes, críticos e comprometidos com a construção de uma nova prática educacional.
Em outras palavras, é preciso considerar que o maior desafio da política educacional de inclusão se refere à formação do educador para atuar na inclusão.
Partindo deste pressuposto, esse trabalho aborda a importância da formação e capacitação dos profissionais de educação para trabalhar de maneira qualificada com a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino.
É fundamental ressaltar que, nos últimos anos, um dos assuntos educacionais mais discutidos é a inclusão escolar que defende a escola regular como espaço educacional de todos os alunos. Diante de todo esse processo, ainda há desafios encontrados pelas instituições escolares ao receberem os alunos com necessidades educacionais especiais, considerando a formação dos profissionais da educação.
É frequente os educadores relatarem não estar preparados e capacitados para receberem alunos com necessidades educacionais especiais.
A Declaração de Salamanca esclarece que “a preparação adequada de todo o pessoal educativo constitui o factor-chave na promoção das escolas inclusivas” (BRASIL, 1994, p. 27).
Sendo assim, um professor capacitado com práticas e métodos pedagógicos atuais voltados para a inclusão na rede regular de ensino otimizará os resultados tão almejados pelo processo de inclusão. O mesmo estará apto a desenvolver seu trabalho de maneira eficaz, aperfeiçoando toda caminhada rumo à inclusão.
De acordo com Nóvoa (2002, p. 36), “a formação dos profissionais envolvidos com o processo de inclusão de alunos com necessidades educativas especiais prevê uma nova profissionalidade docente”.
A profissionalidade docente envolve dois momentos que são distintos, porém interdependentes: o primeiro atribui-se ao desenvolvimento profissional, que deve ser estimulado em uma perspectiva crítica e reflexiva que forneça os meios para o desenvolvimento de um pensamento autônomo e facilite as dinâmicas de autoformação e o segundo momento voltado para a recuperação de um profissional inserido num contexto educacional que está acolhendo novos processos (NÓVOA, 2002, p. 37).
Em outras palavras, esses profissionais irão reelaborar suas práticas e metodologias a fim de que todos tenham acesso e condições de permanência no ambiente educacional desenvolvendo-se de maneira igualitária.
É de grande importância esclarecer que também é necessário um comprometimento não apenas por parte da escola ou só dos educadores em si, mas tem que haver um apoio governamental, pois a inclusão nas leis já existe, mas na prática da escola está mal estruturada para oferecer o melhor a esses educandos que muito necessitam e merecem.
Este trabalho constituiu-se de pesquisa bibliográfica, sendo assim, o mesmo está embasado em um referencial teórico encontrado em livros, revistas, artigos, sites de informações e documentos oficiais. Os dados do trabalho foram coletados através de leituras e análises de textos referentes ao assunto proposto.
Este estudo visa contribuir para a melhor compreensão do processo de inclusão considerando a formação dos profissionais da educação. Este material objetiva apresentar a análise das possíveis dificuldades enfrentadas pela escola e pelos educadores ao atender alunos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino. Pretende, também, demonstrar que a escola inclusiva necessita de professores qualificados para receber esses educandos, dessa forma, passa a ser essencial compreender o papel do professor no estabelecimento de ensino para favorecer a inclusão e conhecer suas atribuições face às novas necessidades do processo de inclusão.
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