HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO ESCOLAR BRASILEIRO
Por: E-professor Julio • 20/10/2016 • Artigo • 3.652 Palavras (15 Páginas) • 476 Visualizações
HISTÓRIA E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO CONTEXTO ESCOLAR BRASILEIRO
Julio Cesar Galhardo de Siqueira¹
Orientador: Marceoniu Felipe da Silva Junior².
Resumo: Este artigo se propõe a trazer uma reflexão sobre a história do ensino EAD e da introdução de novas tecnologias no contexto escolar brasileiro contemplando as diferentes iniciativas que surgiram em nosso país com o objetivo de promover o ensino e atualizá-lo trazendo consigo ferramentas contemporâneas a serem incluídas na metodologia e didática empregadas na prática do ensino aprendizagem. A abordagem histórica se complementa sob uma ótica multifocal que abrangem razões geográficas, históricas, sociais, econômicas e políticas relativas à temática da contextualização histórica e legal do ensino EAD e do uso das novas tecnologias. Para a abordagem legal o trabalho se fundamenta na legislação específica que sustentam o método e a prática, busca justificar-se a partir de uma análise textual de dados de pesquisa que apontam a viabilidade educativa e garantem eficácia no processo de aprendizagem.
Palavras-chave: EAD, Tecnologia, Ensino.
Curitiba, 2015.
[pic 1]1 Formado em Licenciatura Plena em Geografia, pós-graduando em Gestão e Orientação Escolar pela Faculdade de Pinhais – FAPI . E-mail: memoriaeletronica@gmail.com
2 Orientador: Prof Marceoniu Felipe da Silva Junior. E-mail: gênio@genioapoio.com.br
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país de dimensões continentais e grande variedade de terreno indo desde regiões permanentemente alagadas no norte até outras semi áridas ao nordeste, espaços quentes e secos na região centro-oeste e outros frios e úmidos no sul. Nesta diversidade espacial encontramos ainda áreas com maior ou menor taxa de ocupação que em comum apresentam a necessidade de acesso à educação para que suas especificidades culturais, regionais e sociais possam estar adaptadas ao trabalho dos indivíduos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem de uma maneira efetiva na assimilação e compreensão dos conteúdos propostos.
A necessidade mercadológica de mão de obra com formação para os postos de trabalho promoveu a participação da iniciativa privada na educação EAD através inicialmente dos institutos de educação voltados à suprir esta demanda. Posteriormente foram promovidas através de instituições como a federação das indústrias dos estados (No caso do Paraná é a FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e o Serviço Social da Indústria (SESI) nas diferentes unidades federativas, fundações sociais, entidades de classe e institutos de ensino.
Embora no ensino EAD seja comum percebermos a presença das novas tecnologias, o ensino presencial tradicional também pode se beneficiar das vantagens da inclusão destas ferramentas digitais que buscam fornecer informação automática o que permite a confirmação dos conteúdos de maneira instantânea. As novas tecnologias trazem consigo a possibilidade de que avaliação seja feita de maneira individual e personalizada e que o processo de ensino-aprendizagem ocorra de maneira significativa.
- CONCEITUAÇÃO DOS TERMOS
1.1 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Diferentes pensadores propuseram variados conceitos sobre a EAD, e para este trabalho foram reunidos alguns aspectos considerados como merecedores uma observação teórica relevante.
Definiu Nunes (1994), a Educação a Distância constitui um recurso de incalculável importância para atender grandes contingentes de alunos, de forma mais efetiva que outras modalidades e sem riscos de reduzir a qualidade dos serviços oferecidos em decorrência da ampliação da clientela atendida. Isso é possibilitado pelas novas tecnologias nas áreas de informação e comunicação que estão abrindo novas possibilidades para os processos de ensino-aprendizagem à distância.
Para Guarezi (2009, p. 129), EaD é como “um processo evolutivo, que começou com a abordagem na separação física das pessoas e chega ao processo de comunicação, incluindo, no final do século XX, as tecnologias da informação”.
De acordo com Maia & Mattar (2007), a Educação a Distância atualmente é praticada nos mais variados setores. Ela é usada na Educação Básica, no Ensino Superior, em universidades abertas, universidades virtuais, treinamento governamentais, cursos abertos, livres etc.
Entre os vários conceitos, cabe destacar o de Aretio (apud GUAREZI, 2009, p. 19), no qual a
“EAD é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional que substitui a interação pessoal, em sala de aula, entre professor e aluno como meio preferencial de ensino pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização tutorial de modo a propiciar a aprendizagem autônoma dos estudantes”.
Pode-se afirmar, portanto que a EAD utiliza como recurso didático os meios tecnológicos que têm como objetivo aproximar a relação de professor e aluno, mesmo que estejam distantes.
Ainda segundo Guarezi (2009, p. 20), os conceitos de EAD mantêm em comum a separação física entre o professor e o aluno, e a existência de tecnologias para mediar a comunicação e o processo de ensino aprendizagem. O método de ensino é derivado da modernização dos meios de comunicação, pois na EAD cada vez mais, buscasse com a tecnologia, proporcionar a interação entre os sujeitos do ensino (professor e aluno) para suprir a distância física entre os membros superando assim a ideia de proximidade dos indivíduos ou resignificando o conceito de “próximo” proporcionado pela virtualização do professor-aluno.
1.2 NOVAS TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO
Neste planeta a educação historicamente se referenciando se utilizava de tecnologias disponíveis nos diferentes espaços, assim, enquanto os sumérios se utilizavam de varetas para escrever em tabletes de argila, os egípcios trançavam fibras vegetais para criar o papiro e nele escrever com o uso de tintas extraídas de insetos, e os manuscritos foram dominantes até a chegada da imprensa de Gutenberg em 1439 quando estes foram substituídos pelos impressos. O conhecimento tornou-se acessível a um número maior de pessoas deixando de ser limitado a uma elite clerical. Na revolução tecnológica ou informacional do século XX, como prefere Castells (2005), o acesso ao conhecimento foi impulsionado com a rede mundial de computadores, a Internet que provocou mudanças em vários campos do saber e do fazer.
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