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IMPLEMENTAÇÃO DO SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO

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Por:   •  7/5/2014  •  Tese  •  2.383 Palavras (10 Páginas)  •  274 Visualizações

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UNIFACEX – CENTRO UNIVERSITARIO FACEX

Redes de Computadores

IMPLANTAÇÃO DE SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO

Natal – RN

2014

RESUMO

IMPLANTAÇÃO DE SOFTWARE LIVRE NO SETOR PÚBLICO

Este artigo apresenta os primeiros apontamentos de um estudo de caso sobre a relevância do uso de software livre, especificamente em organizações públicas, sendo uma pesquisa qualitativa. O texto enfatiza os conceitos envolvidos em seu processo de adoção e as peculiaridades que envolvem estes tipos de organizações no que diz respeito à política de tecnologia da informação, destacando os benefícios, tanto na otimização da alocação de recursos, quanto no compartilhamento de informações e investimentos.

Palavras-chave: Software Livre, Setor Público.

1 INTRODUÇÃO

Muito tem se falado até hoje da implantação de software livre em empresas públicas e privadas, bem como das controvérsias sobre sua efetividade e reais custos. Em órgãos públicos caracterizados, em sua esmagadora maioria, pela falta de informatização gerada pela escassez de recursos, descontinuidade e inconstância em investimentos; encontramos um ambiente propício para a utilização de sistemas de código aberto, uma vez que a preponderância do fator custo se torna agente de inibidor de qualquer processo de informatização neste setor, obrigando-o a buscar alternativas viáveis. Esta busca o leva a este novo modelo bastante discutido no meio tecnológico e que gera correntes a favor e contra entre os especialistas em tecnologia da Informação.

Os pontos de discórdia flutuam em torno do tema de sustentabilidade e

qualidade dos aplicativos livres, já que não há a figura empresarial mantenedora única e exclusiva das soluções. Porém com a disseminação da cultura de software livre, já existe até mesmo portais específicos para a distribuição de aplicativos e repositórios de softwares. O próprio setor público já possui portais específicos criados por iniciativa das esferas de governo, com levas de usuários e de desenvolvedores capazes de garantir a longevidade e ampliação de funcionalidades dos sistemas.

A cultura livre entre os gestores técnicos começa a brotar, mas ainda é um paradigma que vem sendo quebrado aos poucos e gerando iniciativas de compartilhamento de procedimentos e informações, afim de garantir a operacionalização das metas institucionais com a otimização no uso dos recursos financeiros, excluindo dos investimentos aqueles custos relacionados única e exclusivamente à propriedade e revertendo-os em serviços e na aquisição de mais equipamentos.

O objetivo deste trabalho é investigar a adequação do ambiente organizacional público com a utilização de software livre como política de gestão, observando seus ganhos e analisando as controvérsias existentes com esta adoção tomando por base dados fornecidos através de seus websites pelos diversos órgãos governamentais brasileiros acerca da utilização de software livre.

2 Definições de Software livre

De acordo com a Free Software Foundation, organização sem fins lucrativos, fundada em 1985, que se dedica à eliminação de restrições sobre a cópia, redistribuição, estudo e modificação de programas de computadores, um software é considerado como livre, quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários do software:

• A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito (liberdade n.º0);

• A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas

necessidades (liberdade n.º 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para

esta liberdade;

• A liberdade de redistribuir, inclusive vender, cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade n.º 2);

• A liberdade de modificar o programa, e liberar estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade n.º 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

De acordo com Silveira e Cassino (2003 p.45),

O Software Livre representa uma opção pela criação, pela

colaboração e pela independência tecnológica e cultural, uma vez que

é baseado no princípio do compartilhamento do conhecimento e na

solidariedade praticada pela inteligência coletiva conectada na rede

mundial de computadores. Desta forma, o software livre apresenta um

caráter libertário, pois permite a democratização do conhecimento, a

construção coletiva, o estímulo à colaboração, à autonomia e a

independência tecnológica, pois não podemos nos limitar a ser apenas

consumidores de produtos e tecnologias proprietárias.

O software livre além de libertar a sociedade das tecnologias proprietárias, mostra a força do conhecimento coletivo através do compartilhamento de ideias e da divisão de tarefas em prol de um objetivo comum, que traz benefícios a todos os que participam do processo.

3 Controvérsia Técnica

Eric Raymond (1999), em “The Cathedral and the Bazaar”, comparou as duas formas distintas de desenvolvimento de software. O modelo refletido pela de programação comercial definido como catedral e o modelo baseado no desenvolvimento de código aberto definido como bazar.

No modelo bazar, o acesso à internet e habilidades de programação permitem um maior grau de interação

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