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Introdução a computadores

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Por:   •  27/5/2014  •  Trabalho acadêmico  •  8.661 Palavras (35 Páginas)  •  491 Visualizações

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Introdução a Redes de

Computadores

1

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................... 3

CAPITULO 1 - PRINCÍPIOS DA COMUNICAÇÃO........................................................................................ 4

1.1 - EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE COMPUTAÇÃO ..................................................................................................... 4

1.2 - EVOLUÇÃO DAS ARQUITETURAS ........................................................................................................................ 5

1.3 - REDES DE COMPUTADORES.............................................................................................................................. 10

1.3.1 - Redes Locais ( Local Area Networks - LANs) ........................................................................................ 11

1.3.2 - Redes Geograficamente Distribuídas (Wide Area Networks - WANs) ................................................... 12

1.3.3 - Características para implantação de Redes de Computadores ............................................................. 12

CAPÍTULO 2 - TOPOLOGIAS ......................................................................................................................... 17

2.1 - LINHAS DE COMUNICAÇÃO .............................................................................................................................. 17

2.2 - REDES GEOGRAFICAMENTE DISTRIBUIDAS........................................................................................................ 19

2.3 - TOPOLOGIA PARCIALMENTE LIGADA................................................................................................................ 21

2.4 - REDES LOCAISMETROPOLITANAS.................................................................................................................... 24

CAPÍTULO 3 - MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO ................................................................................. 33

3.1 - PAR TRANÇADO .............................................................................................................................................. 34

3.2 - CABO COAXIAL ............................................................................................................................................... 35

3.4 - FIBRA ÓTICA................................................................................................................................................... 36

3.5 - OUTROS MEIOS DE TRANSMISSÃO..................................................................................................................... 38

3.6 - LIGAÇÕES AO MEIO.......................................................................................................................................... 39

CAPÍTULO 4 - ROTEAMENTO E ROTEADORES....................................................................................... 42

4.1 - ROTEAMENTO.................................................................................................................................................. 42

4.2 - ROTEADORES .................................................................................................................................................. 44

CAPÍTULO 5 - REPETIDOR E PONTE .......................................................................................................... 46

5.1 - REPETIDOR...................................................................................................................................................... 46

5.2 - PONTES .......................................................................................................................................................... 48

CAPÍTULO 6 - SISTEMAS OPERACIONAIS DE REDES............................................................................ 50

6.1 - SISTEMA OPERACIONAIS DE REDES .................................................................................................................. 50

6.1.1 - Redirecionador ...................................................................................................................................... 52

6.2 - ARQUITETURAS PEER-TO-PEER E CLIENTE-SERVIDOR ...................................................................................... 54

6.3 - SERVIDORES.................................................................................................................................................... 57

6.4 - OS SISTEMAS OPERACIONAIS DE REDES ........................................................................................................... 59

6.4.1 - Drives de Placa de Rede ........................................................................................................................ 59

6.4.2 - Drivers de Protocolo.............................................................................................................................. 60

6.5 - PROTOCOLOS DE ACESSO AOMEIO .................................................................................................................. 61

6.5.1- ACESSO BASEADO EM CONTENÇÃO ............................................................................................................... 62

6.5.1.1- Aloha.................................................................................................................................................... 62

6.5.1.2- CSMA................................................................................................................................................... 63

6.5.1.3 - REC-RING .......................................................................................................................................... 66

6.5.2- ACESSO ORDENADO SEM CONTENÇÃO........................................................................................................... 66

6.5.2.1- Polling.................................................................................................................................................. 66

6.5.2.2-Slot ........................................................................................................................................................ 66

6.5.2.3 - Inserção de Retardo............................................................................................................................ 68

6.5.2.4 - Passagem de Permissão...................................................................................................................... 68

6.5.2.5 - Protocolos com Reserva...................................................................................................................... 70

6.5.3 - PROTOCOLOS DE ACESSO EM REDES ÓTICAS ................................................................................................. 72

6.5.3.1- Slotted-Aloha/PA ................................................................................................................................. 73

6.5.3.2 -TDMA_C.............................................................................................................................................. 73

6.5.3.3- AMTRAC.............................................................................................................................................. 74

6.5.3.4- Pipeline ................................................................................................................................................ 74

6.5.4- PROTOCOLO DE ACESSO COM PRIORIDADE..................................................................................................... 74

2

3

INTRODUÇÃO

Inicialmente, os computadores eram máquinas caríssimas que

centralizavam em um único ponto o processamento das aplicações de

varios usuarios, e muitas vezes de toda uma organizaçao . com reducao de

custos do hadware e introducao dos microcomputadores no cenario da

informatica, a estrutuca centralizada sedeu lugar a uma estrutura toralmente

distribuida. Nessa esturtura diversos equipamentos dos mais variados portes

processao informacoes de formas isoladas., oque acarreta uma serie de

problemas. Dentre os prlbelmas apresentados, destaca-se a duplicacao

desnecessaria de recursos de hardware (impressoras, discos, etc.) e de

software(programas, arquivos de dados etc.)

Nesse cenario surgiram as redes de computadores, onde um sistema de

comunicacao foi introduzido para interligar os equipamentos de

processamentos de dados (estacoes de tratabalhos) , antes operando

isoladamente com o objetivo de permitir o compartilhamento de recursos.

4

Capitulo 1 - Princípios da Comunicação

1.1 - Evolução dos Sistemas de Computação

Na década de 1950, computadores eram máquinas grandes e

complexas, operadas por pessoas altamente especializadas. Usuários

enfileiravam-se para submeter suas leitoras de cartões ou fitas magnéticas

que eram processados em lote. Não havia nenhuma forma de interação

direta entre usuários e máquina.

Avanços na década de 1960 possibilitaram o desenvolvimento

dos primeiros terminais interativos, permitindo aos usuários acesso ao

computador central através de linhas de comunicação. Usuários passavam

a ter então um mecanismo que possibilitava a interação direta com o

computador, ao mesmo tempo em que avanços nas técnicas de

processamento davam origem a sistemas de tempo compartilhado (timesharing),

permitindo que várias tarefas dos diferentes usuários ocupassem

simultaneamente o computador central, através de uma espécie de

revezamento no tempo de ocupação do processador.

Mudanças na caracterização dos sistemas de computação

ocorreram durante a década de 1970: de um sistemas único centralizado e

de grande porte, disponível para todos os usuários de uma determinada

organização, partia-se em direção à distribuição do poder computacional. O

desenvolvimento de minis e microcomputadores de bom desempenho, com

requisitos menos rígidos de temperatura e umidade, permitiu a instalação de

considerável poder computacional em várias localizações de uma

5

organização, ao invés da anterior concentração deste poder em uma

determinada área.

Embora o custo de hardware de processamento estivesse caindo,

o preço dos equipamentos eletromecânicos continuava alto. Mesmo no caso

de dados que podiam ser associados a um único sistema de pequeno porte,

a economia de escala exigia que grande parte dos dados estivessem

associados a um sistema de grande capacidade centralizado. Assim a

interconexão entre os vários sistemas para o uso compartilhado de

dispositivos periféricos tornou-se importante.

A capacidade de troca de informações também foi uma razão

importante para a interconexão. Usuários individuais de sistemas de

computação não trabalham isolados e necessitam de alguns dos benefícios

oferecidos pôr um sistema centralizado. Entre esses a capacidade de troca

de mensagens entre os diversos usuários e a facilidade de acesso a dados

e programas de várias fontes quando da preparação de um documento.

Ambientes de trabalho cooperativos se tornaram uma realidade tanto nas

empresas como nas universidades, exigindo a interconexão dos

equipamentos nessas organizações.

Para tais problemas de performance os pesquisadores a criaram

novas arquiteturas que propunham a distribuição e o paralelismo como

forma de melhorar desempenho, confiabilidade e modularidade dos

sistemas computacionais.

1.2 - Evolução das Arquiteturas

6

A maioria dos computadores projetados até a década de 1980 teve sua

concepção baseada nos modelos original de Von Neumann. A interação

perfeito entre o modo como os programas são desenvolvidos e a maneira

como são interpretados foi uma das razões para o grande sucesso de tal

modelo.

A revolução nos sistemas de computadores começou com os

avanços de tecnologia de integração de circuitos, que reduziram em muito

os custos das partes de tais sistemas. Várias arquiteturas foram então

propostas, dentro das restrições de tecnologia de cada época, tentando

contornar as limitações foi modelo de Von Neumann no que diz respeito ao

custo, confiabilidade e desempenho.

Dentre as alternativas apresentadas, podemos citar os Sistemas

de UCP única com múltiplas Unidades Funcionais, as Máquinas Pipelune e

os Processadores de matriz (Array Processors).

A idéia de seqüência múltiplas e independentes de instruções em

um sistema composto por vários elementos de processamento

compartilhando um espaço comum de memória aparece em uma outra

arquitetura, tendo sido citada na literatura como Sistemas de

Multiprocessadores Fortemente Acoplados o Controle centralizado de

modelo Von Neumann tem as seguintes características:

· Dois ou mais processadores de capacidade aproximadamente iguais.

· Todos os processadores dividem o acesso a uma memória comum.

· Todos os processadores compartilham os canais de entrada/saída

unidades de controle e dispositivos periféricos.

7

O sistema total é controlado pôr um único sistema operacional.

Por último surgiram os Sistemas de Processamento

Distribuídos por Eckhouse 78 como uma ”coleção de elementos de

processamentos interconectados tanto lógicamente quanto fisicamente para

execução cooperativa de programas de aplicação com controle dos recursos

descentralizado”.

Em Sistemas Distribuídos, também chamados Sistemas

Fracamente Acoplados, o estado do sistema é fragmentado em partes que

residem em diferentes processadores e memórias, com comunicação entre

essas partes sujeita a retardos variáveis e desconhecidos. A diferença

marcante entre Sistemas Fracamente acoplados é a única forma de

interação entre os módulos processadores se dá através da troca de

mensagens, e Sistemas Fortemente existe uma memória

compartilhada entre os módulos. Em sistemas distribuídos é impossível

forçar a simultaneidade de eventos. A mínima interferência em uma

execução de tarefas paralelas vai permitir a obtenção de sistemas de

grande desempenho. A não existência de qualquer elemento sem o qual o

sistema para totalmente lhe confere alta confiabilidade. A possibilidade de

utilização em larga escala de um pequeno número de elementos básicos de

hardware e software é responsável pelo elevado grau de modularidade do

sistema.

Várias são as razões para o uso de sistemas de múltiplos

processadores (sejam eles fortemente ou fracamente acoplados):

8

Custo/desempenho: a evolução da tecnologia de síntese de circuitos

integrados tem conduzido os custos de microprocessadores e memórias a

valores bem reduzidos; responsividade: um sistema de múltiplos

processadores pode apresentar um grande potencial de processamento,

pois pode ser moldado à aplicação; modularidade: devemos fazer um

sistema de computação modular por várias razões tais é uma relação

custo/desempenho satisfatória para vários tipos de configurações,

crescimento incremental ou expansibilidade pois um sistema bem projetado

pode superar problemas de sobrecarga e/ou abranger uma maior gama de

aplicações pelas simples inclusão de processadores; utilização em larga

escala um conjunto de componentes básicos para a realização do sistema,

mas também sua futura manutenção; concorrência: máquinas destinadas a

aplicações que requisitam alto desempenho exigem, em geral a adoção de

soluções que envolvem a utilização em larga escala de elementos

concorrentes de processamento.

As desvantagens de um sistema de múltiplos processadores

podem ou não mascarar as vantagens, de acordo com os requisitos

particulares do sistema. Dentre elas podemos citar:

· O desenvolvimento de software aplicativo para tais sistemas pode ser

mais complexo, e portanto mais caro do que para sistemas centralizados.

· A decomposição de tarefas é mais complexas quer realizada

automaticamente pelo software do sistema ou pelo programador.

· O desenvolvimento do software de diagnóstico é mais difícil e mais caro.

· Um sistema distribuído é mais dependente da tecnologia de

comunicação.

9

· O tempo de serviço de um sistema com múltiplos processadores pode

ultrapassar os limites máximos de tolerância se a estrutura de

comunicação entre os processadores não suportar a taxa de transmissão

de mensagem necessária.

· Uma falha na estrutura de comunicação pode fazer com que os sintomas

de um defeito em um processador reflita em outros.

Embora difícil de caracterizar, a arquitetura de múltiplos

processadores tem melhor aplicação em sistemas que exigem grande

disponibilidade, grandes requisitos de vazão, tempos de resposta garantidos

e baixos, alto grau de modularidade, e também onde as tarefas podem ser

executadas de modo concorrente.

Um sistema Distribuído vai ser formado por um conjunto de

módulos processadores interligados por um sistema de comunicação.

Vemos então que a interconexão de sistemas veio atender a duas

necessidades distintas:

· Construção de sistemas com maior desempenho e maior confiabilidade

· Compartilhamento de recursos.

Alguns autores consideram como Sistema Distribuído apenas

aqueles construídos para atender a primeira necessidade, classificando

como Redes de Computadores os sistemas construídos com a finalidade de

permitir o compartilhamento de recursos. Outros preferem classificar todos

esses sistemas como Sistemas Distribuídos e subclassificá-los em

Máquinas de Arquitetura Distribuída e Redes de Computadores.

10

Uma Máquina de Arquitetura Distribuída é composta por um

número ilimitado mas finito de módulos autônomos de processamento

interconectados para formar um único sistema, no qual o controle executivo

global é implementado através da cooperação de elementos

descentralizados.

Uma Rede de Computadores também é formada por um número

ilimitado mas finito de módulos autônomos de processamento

interconectados, no entanto a independência dos vários módulos de

processamento é preservada na sua tarefa de compartilhamento de

recursos e troca de informações.

1.3 - Redes de Computadores

Uma Rede de Computadores é formada por um conjunto de

módulos processadores (Mps) capazes de trocar informações e compartilhar

recursos, interligados por um sistema de comunicação.

O sistema de comunicação vai se constituir de um arranjo

topológico interligando os vários módulos processadores através de enlaces

físicos (meios de transmissão) e de um conjunto de regras com o fim de

organizar a comunicação (protocolos). Redes de computadores são ditas

confinadas quando as distâncias entre os módulos processadores são

menores que alguns poucos metros. Redes Locais de Computadores são

sistemas cujas distâncias entre os módulos processadores se enquadram

na faixa de alguns poucos metros a alguns poucos quilômetros. Sistemas

11

cuja dispersão é maior do que alguns quilômetros são chamadas Redes

Geograficamente Distribuídas.

1.3.1 - Redes Locais ( Local Area Networks - LANs)

Surgiram dos ambientes de institutos de pesquisa e

universidades, o enfoque dos sistemas de computação que ocorriam

durante a década de 1970 levavam em direção à distribuição do poder

computacional. Redes locais surgiram para viabilizar a troca e o

compartilhamento de informações e dispositivos periféricos( recursos de

hardware e software), preservando a independência das várias estações de

processamento, e permitindo a integração em ambientes de trabalho

cooperativo. Pode-se caracterizar uma rede local com sendo uma rede que

permite a interconexão de equipamentos de comunicação de dados numa

pequena região que são distâncias entre 100m e 25Km embora as

limitações associadas às técnicas utilizadas em redes locais não imponham

limites a essas distâncias. Outras características típicas encontradas e

comumente associadas a rede locais são : alta taxas de transmissão (de 0,1

a 100Mbps) e baixas taxas de erro (de 10-8 a 10-11); outra característica é

que em geral elas são de propriedade privada.

Quando a distância de ligação entre vários módulos processadores começa

a atingir distâncias metropolitanas, chamamos esses sistemas não mais de

rede locais, mas de Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Networks -

MANs).

12

Uma rede metropolitana apresenta características semelhantes

às redes locais, sendo que as MANs em geral, cobrem distâncias maiores

que as LANs operando em velocidades maiores.

1.3.2 - Redes Geograficamente Distribuídas (Wide Area Networks -

WANs)

Surgiram da necessidade de se compartilhar recursos

especializados por uma maior comunidade de usuários geograficamente

dispersos. Por terem um custo de comunicação bastante elevado (circuitos

para satélites e enlaces de microondas), tais redes são em geral públicas,

isto é, o sistema de comunicação, chamado sub-rede de comunicação, é

mantido gerenciado e de propriedade pública. Face a várias considerações

em relação ao custo, a interligação entre os diversos módulos

processadores em uma tal rede determinará utilização de um arranjo

topológico específico e diferente daqueles utilizados em redes locais. Ainda

por problemas de custo, as velocidades de transmissão empregadas são

baixas: da ordem de algumas dezenas de kilobits/segundo (embora alguns

enlaces cheguem hoje a velocidade de megabits/segundo). Por questão de

confiabilidade, caminhos alternativos devem ser oferecidos de forma a

interligar os diversos módulos.

1.3.3 - Características para implantação de Redes de Computadores

13

A escolha de um tipo particular de rede para suporte a um dado

conjunto de aplicações é uma tarefa difícil. Cada arquitetura possui certas

características que afetam sua adequação a uma aplicação em particular.

Nenhuma solução pode chamar par si a classificação de ótima quando

analisada em contexto geral, e até mesmo em particular. Muitos atributos

entram em jogo, o que torna qualquer comparação bastante complexa.

Esses atributos dizem respeito ao custo, à confiabilidade, ao tempo de

resposta, à velocidade, ao desempenho, à facilidade de desenvolvimento, à

modularidade, à disponibilidade, à facilidade, à complexidade lógica, à

facilidade de uso, à facilidade de manutenção, e etc..

O custo de uma rede é dividido entre o custo das estações de

processamento (microcomputadores, minicomputadores etc.), o custo ds

interfaces co o meio de comunicação e o custo do próprio meio de

comunicação. O custo das conexões dependerá muito do desempenho que

se espera da rede. Redes de baixo a médio desempenho usualmente

empregam poucas estações com uma demanda de taxas de dados e

volume pequeno, com isso as interfaces serão de baixo custo devido as sua

limitações e aplicações.

Redes de alto desempenho já requerem interfaces de custos

mais elevados, devido em grande parte ao protocolo de comunicação

utilizado e ao meio de comunicação.

Várias são as medidas que caracterizam o desempenho de um

sistemas com isso faz-se necessário definir o que é retardo de transferência,

retardo de acesso e retardo de transmissão.

14

Chamamos Retardo de Acesso o intervalo de tempo decorrido

desde que uma mensagem a transmitir é gerada pela estação até o

momento em que a estação consiga obter somente para ela o direito de

transmitir, sem que haja colisão de mensagens no meio.

Retardo de Transmissão é o intervalo de tempo decorrido desde

o início da transmissão de uma mensagem por uma estação de origem até o

momento em que a mensagem chega à estação de destino.

Retardo de Transferência é a soma dos retardos de acesso e transmissão,

incluindo o todo o tempo de entrega de uma mensagem, desde o momento

em que deseja transmiti-la, até o momento em que ela chega para ser

recebida pelo destinatário.

O retardo de transferência é, na grande maioria dos casos, uma

variável aleatória, no entanto em algumas redes o maior valor que o retardo

de transferência pode assumir é limitado ou seja determinístico).

A rede dever ser moldada ao tipo particular de aplicação de modo

a assegurar um retardo de transferência baixo. O sistema de comunicação

entre os módulos deve ser de alta velocidade e de baixa taxa de erro, de

forma a não provocar saturação no trafego de mensagens. Em algumas

aplicações (em particular as de controle em tempo real) a necessidade de

retardo de transferência máximo limitado é de vital importância.

A utilização efetiva do sistema de comunicação é apenas uma

porcentagem da capacidade total que ela oferece. Uma rede deve

proporcionar capacidade suficiente para viabilizar a que é destinada, e

certos critérios devem ser elevados em conta, a escolha adequada da

15

arquitetura, incluindo a estrutura de conexão, o protocolo de comunicação e

o meio de transmissão, velocidade e retardo de transferência de uma rede

são essenciais para um bom desempenho de uma rede local.

A confiabilidade de um sistema em rede pode ser avaliada em

termos de tempo médio entre falhas (Medium Time Between Failures-

MTBF), tolerância a falhas, degradação amena (Gracefull Degradation),

tempo de reconfiguração após falhas e tempo médio de reparo (MTTR -

Medium Time to Repair).

O tempo médio entre falhas é geralmente medido dem horas,

estando relacionado com a confiabilidade de componentes e nível de

redundância.

Degradação amena é dependente da aplicação ela mede a

capacidade da rede continuar operando em presença de falhas, embora

com um desempenho menor.

Reconfiguração após falhas requer caminhos redundantes sejam

acionados tão logo ocorra uma falha ou esta seja detectada.

A rede deve ser tolerante a falhas transientes causadas por

hardware e/ou sotware, de forma que tais falhas causem apenas uma

confusão momentânea que será resolvidas sem recursos de redundância,

mas essas não são de modo algum as únicas falhas possíveis. O tempo

médio de reparo pode ser diminuído com o auxílio de redundância,

mecanismos de autoteste e diagnóstico e manutenção eficiente.

Modularidade pode ser caracterizada como grau de alteração de

desempenho e funcionalidade que um sistema(rede) pode sofrer em mudar

16

seu projeto original. Os três maiores benefícios de uma arquitetura modular

são a facilidade para modificação que é simplicidade com funções lógicas

ou elementos de hardware podem ser substituídos, a despeito da relação

íntima com outros elementos; a facilidade para crescimento diz respeito a

configurações de baixo custo, melhora de desempenho e funcionalidade e

baixo custo de expansão; e a facilidade para o uso de um conjunto de

componentes básicos será melhor facilidade para viabilizar um projeto,

adicionar equipamentos a rede, manutenção do sistema como um todo.

Uma rede bem projetada deve poder de adaptar modularmente

às várias aplicações que é dedicada, como também prever futuras

instalações.

De fundamental importância a compatibilidade será aqui utilizada como a

capacidade que o sistema (rede) possui para de ligar a dispositivos de

vários fabricantes, quer a nível de hardware quer a nível de software. Essa

característica é extremamente importante na economia de custo de

equipamentos já existentes.

Uma rede deve ter a capacidade de suportar todas as aplicações

para qual foi dedicada e mais aquelas que o futuro possa requer. Quando

possível, não deve ser vulnerável à tecnologia, prevendo a utilização de

futuros desenvolvimentos, quer sejam novas estações, novos padrões de

transmissão ou novas tecnologias de transmissão etc., a isso damos o nome

de Sensibilidade Tecnológica.

17

Capítulo 2 - TOPOLOGIAS

É uma das questões vitais na construção de qualquer sistema de

comunicação.

A topologia de uma rede de comunicação irá , muitas vizes

caracterizar seu tipo, eficiência e velocidade. A topologia refere-se a forma

com que os enlaces físicos e os nós de comunicação estão organizados,

determinando os caminhos físicos existentes e utilizáveis entre quaisque r

pares de estações conectadas a essa rede

2.1 - Linhas de Comunicação

Na organização dos enlaces físicos num sistema , encontramos

diversas formas de utilizaçãodas linhas de comunição. As ligações físicas

podem ser de dois tipos: ponto a ponto ou multiponto. Ligações ponto a

ponto caracterizam-se perla presença de apenas dois pontos de

comunicação, um em cada extremidadedo enlace ou ligação. Nas ligações

18

multiponto observa-se a presença de três ou mais dispositivos de

comunicação com possibilidade de utilização do mesmo enlace.

Ponto a Ponto Multiponto

A comunicação no enlace refere-se a utilização do meio ffísico

que conesta eatações, e pode ser:

· Simplex: o enlace é utilizado apenas em um dos dois possiveis sentidos

de transmissão.

· Half-duplex: o enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de

trnasmissão, porém apenas um por vez.

· Full-duplex: o enlace é utilizado nos dois possíveis sentidos de

transmissão simultâneamente.

Simplex

Half-duplex

19

Full-duplex

2.2 - Redes Geograficamente distribuidas

· Topologia Totalmente Ligada

Nessa topologia, todas as estações são interligadas duas a duas

entre si através de um caminho físico dedicado. A troca de mensagens entre

cada par de estações se dá diretamente através de um desses enlaces. Os

enlaces utilizados poderiam ser ponto a ponto com comunicação full-duplex

de forma a pesrmitir a comunicação plena entre quaisquer pares de

estações embora essa topologia apresente maior grau de paralelismo de

comunicação, torna-se quase sempre impraticável, principalmente em redes

com grande número de estações e físicamente dispersas. Numa rede

com N estações, por exemplo, seriam necessárias

N(N-1)/2 ligações ponto a ponto para que se pudesse conectar

todos os pares de estações através de linhas dedicadas. Dessa forma o

custo do sistema, em termos de instalação de cabos e de hardware

específico para comunicação, cresceria com o quadrado do número de

estações, tornando tal topologia economicamente inviável.

20

Topologia Totalmente Ligada

· Topologia em Anel

Nessa topologia procura-se diminuir ao máximo o tipo de ligação

utilizada. Dessa forma , utiliza-se, em geral, ligações ponto a ponto que

operam num único sentido de transmissão

(ligações simplez) fazendo com que o anel apresente uma orientação ou

sentiso único de transmissão. Uma mensagem deverá circular pelo anel até

que chegue ao módulo de destino, sendo passada de estação em estação,

obedecendo ao sentido definido pelo anel.

21

Topologia em Anel

Apesar de considerar uma economia considerável no número de

ligações, em sistemas geograficamente distribuidos tal topologia apresenta

fatores limitantes que inviabilizam a sua utilização. O primeiro deles diz

respeito ao aumento de pontos intermediários entre os pontos finais de

comunicação. Em redes geograficamente distribuidas isso significa um

aumento drástico no número de ligações pelas quais uma mensagem tem

que passar até chegar ao seo destino final, ou seja, um aumento intolerável

no retardo de transmissão, principalmente considerando-se que redes

geograficamente distribuidas utilizam meios de transmissão de baixa

velocidade. Outro fator limitante refere-se a inexiztencia de caminhos

alternativos para o tráfego das mensagens; em redes geograficamente

distribuidas caminhos alternativos devem ser providenciados dado que as

linhas utilizadas são, em geral de baixa velocidade e pouca confiabilidade.

Considerando as limitações de confiabilidade e velocidade é preciso criar

caminhos redundantes, para um aumento tanto de confiabilidade quanto de

desempenho através do paralelismo de comunicações, sem, no entanto, cair

na topologia totalmente lligada que possui restrições.

2.3 - Topologia Parcialmente Ligada

É uma topologia intermediária usada na maioria das redes

geograficamente distribuidas. Possui as mesmas caractrísticaas da

topologia em estrela , acrescida de caminhos redundantes.

Nessa topologia, nem todas as ligações entre pares de estações

estão presentes, mas caminhos alternativos existem e podem ser utilizados

22

em caso de falhas ou congestionamento em determinadas rotas. No caso

em que estações sem conexão física direta desegem se comunicar, elas

deverão de alguma forma emcaminhas as suas mensagens para alguma

outra estação que possa fazer a entrega da mensagem para a estasção de

destino. Esse processo pode se repetir várias vezes, de forma que uma

mensagem pode passar por vários sistemas intermediários até ao seu

destino final.

Topologia Parcialmente Ligada

A comunicação entre dois módulos processadores (chamados

Equipamentos Terminais de Dados - ETDs ou Data Terminal Equipments-

DTEs ) pode ser realizada por chaveamento d círcuitos, chaveamento de

mensagens ou chaveamento de pacotes. Em sistemas por chaveamento

(ou comutação) de círcuitos, um canal entre o ETD fonte e o ETD destino é

estabelecido para uso excusivo dessas estações até que a conexão seja

23

desfeita, de maneira idêntica a uma cahamada telefônica. Chaveamento de

mensagem ou de pacote vai otimizar o uso dos meios de comunicação,

tentando evitar a monopolização de todo o caminho durante uma

conversação.

Em sistemas por chaveamento de mensagem, a mensagem por

completo é enviada ao longo de uma rota do ETD fonte ao ETD de destino.

Em cada nó do caminho, a mensagem é primeiro armazenada, e depois

passada à frente, ao próximo nó, quando o canal de transmissão que liga

esses nós estiver disponível. Sisitemas por chaveamento de pacote diferem

dos de chaveamento de mensagem pelo fato da mensagem ser quebrada

em quadros ou pacotes antes da transmissão ser efetuada. A transmissão

de cada pacote pode ser feita por um único caminho ou por caminhos

diferentes sendo a mensagem reagrupada quando chega ao destino. Tanto

na comutação de pacotes quanto no comutação de mensagens não existe a

alocação de um canal dedicado da estação fonte à destino, de uso exclusivo

da comunicação, como no caso da comutação de círcuitos.

A escolha do caminho fim a fim, isto é, do módulo de origem ao nó de

destino, por onde uma mensagem deve transitar, è comunmente chamado

de roteamento. A escolha da rota pode ser feita a priori, antes do envio da

mensagem, ou ser realizada passo a passo. No primeiro caso, diz-se que é

estabelecida uma conexão entre os nós de origem e destino e, neste

estabelecimento, é definida a rota por onde deverão transitar as mensagens

enquanto perdutar a conexão. No segundo caso pode haver ou não o

estabelecimento, de conexão mas, independentemente disso, cada nó

intermediário do camainho fim a fim é responsável pela escolha do próximo

nó do caminho no instante que recebe a mensagem a despachar, e não a

priori, como no caso anterior.

Muitas das características desejáveis de uma comutação

resultam do uso de roteamento adaptável. Nesse roteamento, o caminho de

24

transmissão entre dois pontos da rede não é preestabelecido, mas

escolhido dinâmicamente, com base nas condições da rede no tempo de

transmissão. Com essa capacidade de alocação de recursos (rotas)

baseada nas condições correntes, a rede é capaz de contornar efeitos

adversos tais como um canal ou dispositivo de comunicação

sobrecarregado, ou ainda uma falha de componentes.

Todos os módulos processadores devem ser capazes de

reconhecer se uma mensagem ou pacote a eles entregue deve ser passado

para uma outra estação ou setem como destino a própria estação. Qualquer

rede com topologia diferente da totalmente ligada tem a necessidade de

definir mecanismos de endereçamento que permitam aos módulos

processadores decidir que atitude devem tomar ao receber uma mensagem

ou pacote.

2.4 - Redes Locais Metropolitanas

As características geográficxas das redes locais e metropolitanas

levam a considerações de custo e tecnologia bastante diferentes das redes

de longa distancia. Em redes locais e metropolitanas, meios de transmissão

de alta velocidade, baixa taxa de erro, de baixo custo e e privados podem

ser usados. Topologias muitas vezes inviáveis em ambientes

geograficamente distribuídos podem ser utilizadas.

· Topologia em Estrela

Nesse tipo de topologia cada nó é interligado a um nó central

(mestre) através do qual todas as mensagens devem passar. Tal nó age,

assim, como centro de controle da rede, interligando os demais nós

25

(escravos). Nada impede que haja comunicações simultâneas, desde que

as estações envolvidas sejam diferentes.

Topologia em Anel

Várias redes em estrela operam em configurações onde o nó

central tem tanto a função de gerencia de comunicação como facilidades de

processamento de dados. Em outras redes o nó central tem como única

função o gerenciamento das comunicações. O nó central cuja função é

chaveamento (ou comutação) entre as estações que desejam se comunicar

é denominado comutador ou switch.

O arranjo em esrtrela evidentemente é a melhor escolha se o

padrão normal de comunicação na rede combinar com essa topologia, isto

é, um conjunto de estações secundárias se comunicando com o nó central.

Este é o caso típico das redes de computadores onde o nó central é um

sistema de computação que processa informações informações

alimentadas pelos dispositivos periféricos (nós escravos). As situações mais

comuns, no entanto são aquelas em que o nó central está restrito às

funções de gerente das comunicações e a operações de diagnóstico.

Redes em estrela podem atuar por difusão ou não. Em redes por

difusão, todas as informações são enviadas ao nó central que é o

responsável por distribuí-las a todos os nós da rede. Os nós aos quais as

26

informações estavam destinadas as copiam e os outros simplesmente as

ignoram. Em redes que não operam por difusão, um nó pode apenas se

comunicar com outro nó de cada vez, sempre sobre controle do nó central.

Redes em estrela não têm snecessidade de chaveamento, uma vez que

concentram todas as informações no nó central. O gerenciamento das

comunicações por este nó pode ser por chaveamento de pacotes ou

chaveamento de círcuitos. O nó central também pode ter a função de

compatibilizar a velocidade de comunicação entre o transmissor e o

receptor. Os dispositivos de origem e destino podem operar com protolos

e/ou conjunto de caracteres diferentes. O nó central atuaria nesse caso

como um conversor de protocolos permitindo ao sistema de um fabricante

trabalhar satisfatóriamente com um outro sistema de um outro

fabricante.Confiabilidade é um problema das redes em estrela. Falhas em

um nó escravo escravo apresentam um problema mínimo de confiabilidade,

uma vez que o restante da rede ainda continua em funcionamento. Falhas

no nó central, por outro lado, podem ocasionar a parada total do sistema.

Outro problema da rede com topologia em estrela é relativo à

modularidade. A configuração pode ser expandida até um certo limite

imposto pelo nó central: em termos de capacidade de chavemaneto, número

de círcuitos concorrentes que podem ser gerenciados e número total de nós

que podem ser servidor.

O desempenho obtido em uma rede em estrela depende da

quantidade de tempo requerido pelo nó central para processar e encaminhar

uma mensagem, e da carga de tráfego na conexão, isto é, o desempenho é

limitado pela capacidade de processamento do nó central.

· Topologia em Anel

27

Uma rede em anel consiste em estações conectadas através de

um caminho fechado. Por motivos de confiabilidade, o anel não interlliga as

estações diretamente, mas consistem em uma série de repetidores ligados

por um meio físico, sendo cada estação ligada a esses repetidores. Redes

em anel são, teoricamente capazes de transmitir e receber dados em

qualquer direção. As comunicações mais usuais, no entanto são

unidirecionais, de forma a simplificar o projeto dos repetidores e tornar

menos simplificados os protocolos de comuinicação que asseguram a

entrega de mensagem ao destino corretamente e em seqüência, pis sendo

unidirecionais evitam o problema de roteamento. Os repetidores são em

geral projetados de forma a transmitir e receber dados simultaneamente,

diminuindo assim o retardo de traansmissão.

Topologia em Anel

Além da maior simplecidade e do menor retardo introduzido, as

redes onde a mensagem é retirada pelo nó de origem permitem mensagens

de difusão, isto é, um pacote é enviado simultaneamente para múltiplas

estações. Essas redes possibilitam a determinadas estações receberem

mensagens enviadas por qualquer outra estação da rede

independentemente de qualquer que seja o nó de destino. Isto é chamado

de reconhecimento de endereçamento promíscuo ou modo espião. Em

28

estações no modo espião pode-se, por exemplo, desenvolver programas

para observação do tráfego dos canais, construir matrizes de tráfego, fazer

análise de carregamento, realizar isolamento de falhas e protocolos de

manutenção etc..

Topologia em anel requer que cada nó seja capaz de remover

seletivamente mensagens da rede ou passá-las à frente para o próximo nó.

Isto requer um computador ativo em cada nó e a rede poderá ser mais

confiável do que esses repetidores. Uma quebra em qualquer dos enlaces

vai para toda a rede até que o problema seja isolado e um novo cabo

instalado.

Se os repetidores fizessem parte do hardware específico e interno

de cada estação conectada à rede, a vulnerabilidade seria ainda maior:

repetidores estaria susceptíveis à falhas no equipamento ou à própria falta

de alimentação elétrica da estação. Por esse motivo repetidores são

alimentados e mantido separados do hardware da estação. Uma solução

parcial do problema de falha do repetidor consta em prover cada um deles

de um relé que pode removê-lo mecanicamente em caso de falha. Essa

remoção pode ser impossível se os repetidores imediatamente posterior e

anterior ao repetidor com falha estiverem a uma distância maior do que o

limite exigido pelo meio de transmissão para a interconexão de dois nós.

A topologia pode ser feita suficientemente confiável de forma que

a possibilidade de falhas possa ser praticamente ignorada. Existem algumas

melhorias, tais como:

A introdução de concentradores, também denominados hubs.

Inicilamente esses concentradores eram apenas elementos passivos que

permitiam a concentração de todo o cabeamento utilizado e possuiam um

mecanismo de relés que, acionado externamente, permitia o isolamento de

29

estações em falha. Mais tarde eles passaram a ser utilizados como

concentradores de repetidores do anel. Tal técnica tem várias vantagens. O

isolamento de falhas se torna mais simples porque existe um ponto de

acesso central para o sinal. Sem o concentrador , quando um repetidor ou

enlace falha, a localização da falha requer uma busca através de todo o

anel, exigindo o acesso a todos os locais que contêm repetidores e cabos.

Outra vantagem do concentrador é a possibilidade de adição de novas

estações sem a aparada total da rede, uma vez que novos repetidores

podem ser ativados no concentrador, sem parar a rede, por meio da

utilização de relés. Pode se fazer também um anel formado pela

interconexão de concentradores. A distância entre dois concentradores não

deverá ultrapassar o limite máximo permitido sem regeneração do sinal.

Embora a utilização de relés permita a rápida recuperação de algumas

falhas nos repetidores, existem outras falhas que podem temporarimanete

parar toda a rede, como por exemplo falhas nos segmentos entre os

concentradores. Uma solução para o problema seria a utilização de

caminhos alternativos: duplo anel, triplo anel etc..

No duplo anel um dos relés é o anel principal e o outro é

acionado somente em caso de falhas, sendo donominado anel secundário

ou anel de backup tem sua orientação definida no sentido contrário ao do

anel principal.

Outra asolução para aumentar a confiabilidade de uma rede em

anel seria considerar a rede local como consistindo em vários anéis, e o

conjunto dos anéis conectados por pontes a ponte encaminha os pacotes de

dados de uma sub-rede a outra com base nas informações de

endereçamento. Do ponto de vista físico cada anel operaria

independentemente, uma falha em um anel vai para somente aquela porção

da rede. Uma falha na ponte não impede o tráfego intra-rede, múltiplos

30

anéis podem ser empregados para a obtenção de um maior nível de

desempenho.

Os maiores problemas com topologias em anel são uma vulnerabilidade a

erros e pouca tolerância a falhas. Qualquer que seja o controle de acesso

empregado, ele pode ser perdido por falhas e pode ser difícil determinar

pcom certeza se esse controle foi perdido ou decidir qual nó deve recriá-lo.

Erros de transmissão e processamento podem fazer com que uma

mensagem continue eternamente a circular no anel.

· Topologia em Barra

Topologia em barra comum é bastante semelhante ao conceito

de arquitetura de barra em um sistema de computador, onde todas as

estações se ligam ao mesmo meio de transmissão. A topologia em barra

tem uma cosnfiguração multiponto. Nas redes em barra comum cada nó

conectado à barra pode ouvir todas as informações transmitidas, similar as

transmissões de rádiodifusão. Esta característica vai facilitar as aplicações

com mensagens do tipo difusão além de possibilitar que algumas estalções

possam trabalhar com endereçamento promíscuo ou modo espião.

Topologia em Barra

31

Existe uma variedade de mecanismos para o controle de acesso

à barra, que pode ser centralizado ou descentralizado. A técnica adotada

para cada acesso à rede é uma formade multiplexação no tempo. Em um

controle centralizado, o direito de acesso é determinado por uma estação

especial da rede. Em um ambiente de controle descentralizado, a

responsabilidade de acesso é distribuida entre todos os nós.

Ao contrário da topologia em anel, as topologias em barra podem

empregar interfaces passivas, nas quais as falhas não causam a parada

ytotal do sistema . Relógios de prevenção em cada transmissor devem

detectar e desconectar o nó que falha no modo de transmissão. A

confiabilidade desse tipo de topologia vai depender e muito da estratégia de

controle. O controle centralizado oferece os mesmos problemas de

confiabilidade de uma rede em estrela, com a atenuante de que, aqui, a

redundancia de um nó pode ser outro nó comum da rede. Mecanismos de

controle descentralizados semelhantes aos empregados na topologia em

anel podem também ser empregados neste tipo de topologia, acarretando

os mesmos problemas quanto à detecção da perda do controle e sua

recriação.

A ligação ao meio de transmissão é o ponto crítico no projeto de

uma rede local em barra comum. A ligação deve ser feita de forma a alterar

o mínimo possível de características ao meio.

A ligação das estações ao meio de comunicação é realizada

através de um transceptor (transmissor/receptor), que tem como funções

básicas transmitir e receber sinais, bem como reconhecer a presença

desses sinais no meio. O transceptor se liga à barra através de um conector,

que é responsável pelo contacto elétrico com os condutores da barra.

32

O poder de crescimento, tanto no que diz reipeito à distância

máxima entre dois nós da rede quanto ao número de nós que a rede pode

suportar, vai depender do meio de trnasmissão utilizado, da taxa de

transmissão e da quantidade de ligações ao meio.

Assim como em redes em anel, a utilização de concentradores

(hubs) irá facilitar a localização e o isolamento de falhas, bem como permitir

a inserção de novas estações na barra sem a aparada do sistema.

O desempenho de um sistema em barra comum é determinado pelo meio

de transmissão, número de nós conectados, controle de acesso, tipo de

tráfego e outros fatores. Por empregar interfaces passivas (sem

repetidores) que não exigem aramazenamento local de mensagens,

topologias em barra não vão degradar o retardo de transferência, que,

contudo, pode ser altamento dependente do protocolo de acesso utilizado.

Pode-se diferenciar dois tipos de topologias: uma topologia

lógica, que é aquela observada sob o ponto de vista das interfaces das

estações com a rede (que inclui o médoto de acesso), e uma topologia

física, que diz respeito ao layout físico utilizado na instalação da rede.

33

Capítulo 3 - Meios Físicos de Transmissão

Os meios de transmissão são utilizados em redes de

computadores para ligar as estações ao meio de transmissão.

Os meios de transmissão diferem com relação à banda passante,

potencial para conexão ponto a ponto ou multiponto, limitação geográfica

devido a atenuação característica do meio, imunidade a ruído, custo,

disponibilidade de componentes e confiabilidade.

Qualquer meio físico capaz de transportar informações

eletromagnéticas é passível de ser usado em redes de computadores. Os

mais comuns utilizados são: o par trançado, o cabo coaxial e a fibra ótica.

Sob circunstâncias especiais, radiodifusão, infravermelho, enlaces de

satélite e microondas também são escolhas possíveis.

34

3.1 - Par Trançado

São dois fios enrolados em espiral de forma a reduzir o ruído e

manter constante as prioridades elétricas do meio através de todo o seu

comprimento.

Sua transmissão poderá ser tanto analógica quanto digital.

A perda de energia é um parâmetro importante quando se discute

não só a taxa máxima de transmissão, mas também a distância máxima

permitida, qualquer que seja o meio de transmissão. A perda de energia

aumenta com a distância, até chegar um ponto onde o receptor não

consegue mais reconhecer o sinal. energia pode ser perdida por radiação ou

por calor. Em geral um par trançado pode chegar até várias dezenas de

metros com taxas de transmissão de alguns megabits por segundo.

Sua desvantagem é a sensibilidade às interferência e ruído.

Com o aumento das taxas de transmissão, cabos de par trançado

de melhor qualidade foram gradativamente sendo produzidos. Dada a

evolução apresentada desde os primeiros pares utilizados em telefonia.

É um meio de transmissão de menor custo por comprimento. A

ligação de nós ao cabo é também extremamente simples, e portanto de

baixo custo.

Ele é normalmente utilizado com transmissão em banda básica.

Outra aplicação típica para par trançado é a ligação ponto a ponto entre

terminais e computadores e entre estações da rede e o meio de

transmissão.

35

Par Trançado

3.2 - Cabo Coaxial

Um Cabo coaxial é constituído de um condutor interno circundado

por um condutor externo, tendo entre os condutores, um dielétrico que os

separa. O condutor externo é por sua vez circundado por outra camada

isolante.

O cabo coaxial, ao contrário do par trançado, mantém uma

capacitância constante e baixa, teoricamente independente do comprimento

do cabo. Essa característica vai lhe permitir suportar velocidades da ordem

de megabits por segundo sem necessidade de regeneração do sinal e sem

distorções ou ecos, propriedade que revela a alta tecnologia já denominada.

Comparado ao par trançado, este tem uma imunidade a ruído de crosstalk

bem melhor, e uma fuga eletromagnética mais baixa. A transmissão em

banda larga fornece uma imunidade ao ruído melhor do que em banda

básica. Além disso, os ruídos geralmente presentes em áreas urbanas e

industriais são de baixa freqüência, tornando as transmissões em banda

básica mais susceptíveis a eles. Quanto ao custo, o cabo coaxial é mais

caro do que o par trançado, assim como é mais elevado o custo das

interfaces para ligação ao cabo.

36

Cabo Coaxial

3.4 - Fibra Ótica

A transmissão em fibra ótica é realizado pelo envio de um sinal

de luz codificado, dentro do domínio de freqüência do infravermelho, através

de um cabo ótico.

O cabo ótico consistem em um filamento de sílica ou plástico , por

onde é feita a transmissão da luz. Ao redor do filamento existem substâncias

de menor índice de refração, que fazem com que os raios sejam refletidos

internamente, minimizando assim as perdas de transmissão. Existem três

tipos de fibras óticas: as multimodo degrau, as multimodo com índice

gradual e as monomodo.

· Fibras Multimodo degrau

37

São as mais simples e foram as primeiras a serem prodizidas. O

funcionamento dessas fibras é baseado no fenômeno da reflexão total

interna na casca de índice de refração mais baixo. O termo degrau vem da

existência de uma descontinuidade na mudança de índice de refração na

fronteira entre o núcleo e a casca da fibra. A qualificação multimodo referese

à possibilidade de que vários feixes em diferentes ângulos de incidência

se propaguem através de diferentes caminhos pela fibra.

· Fibras multimodo de índice gradual

Ao invés de uma mudança abrupta de índice de refração do

núcleo para a casca, este índice vai diminuindo gradualmente de forma

contínua.

· Fibras monomodo

A idéia é produzir núcleos de diâmetro tão pequeno, que apenas

um modo será transmitido.

As fibras óticas são imunes a interferências eletromagnéticas e a

ruídos e, por não irradiarem luz para fora do cabo, não se verifica ruído.

Fibras óticas vão permitir um isolamento completo entre o transmissor e o

receptor, fazendo com que o perigo de curto elétrico entre os condutores

não exista.

Em linhas de longa distância utilizadas pelas companhias

telefônicas, chegam-se a distâncias de 50 km sem a necessidade de

repetidores.

Fibras óticas são mais finas e mais leves do que cabos coaxiais,

o que facilita bastante sua instalação, são utilizadas com sistemas em taxas

38

de transmissão que chegam a 150 e a 620 Mbps numa única fibra

unidirecional.

Algumas limitações, porém, ainda são encontradas. A junção de

fibras é uma tarefa ainda delicada, principalmente em ligações multiponto. A

instalação de fibras óticas em determinados ambientes pode fazer com que

sejam necessárias dobras nos cabos de fibra. Tais dobras podem tornar o

ângulo de incidência dos feixes em relação à normal muito pequena

provocando o escape desses feixes da fibra, pois estes não chegarão a

sofrer reflexão.

Cabo de Fibra Ótica

3.5 - Outros meios de transmissão

Além dos três meios de transmissão já mencioandos, existem

outros meios de transmissão, embora menos utilizados em redes locais. Um

desses meios é radiofusão ( wireless networks).

39

Por sua natureza, a radiofusão é adequada tanto para ligações

ponto a ponto quanto para ligações multiponto. As redes sem fio, baseadas

em radiofusão, são uma alternativa viável onde é difícil, ou mesmo

impossível, instalar cabos metálicos ou de fibra ótica. Seu emprego é

particularmente importante para comunicações entre computadores

portáteis em um ambiente de rede local móvel.

A radiofusão também é utilizada em aplicações onde a

confiabilidade do meio de transmissão é requisito indispensável. Um

exemplo drástico seria em aplicações bélicas, onde, por exemplo. o

rompimento de um cabo poderia paralisar todo um sistema de defesa.

Nas aplicações entre redes locais, a rediofusão também tem

papel relevante, especialmente se as redes estão distantes e o tráfego interrede

é elevado. Neste caso circuitos telefônicos podem ser inadequados e a

radiofusão pode fornecer a largura de faixa exigida.

A radiação infravermelha e microondas são outros meios

possíveis de comunicação utilizados em redes de computadores.

3.6 - Ligações ao meio

Ao utilizar um meio de transmissão, conectamos a ele

equipamentos transmissores e receptores. A forma como essas conexões

são efetuadas dependem da topologia, que definirá se as ligações físicas

são ponto a ponto ou multiponto, e do próprio meio físico, que determinará

como as ligações podem ser implementadas, respeitando-se as

características físicas desse meio.

40

· Ligações Ponto a Ponto

As topologias como o anel, a estrela e a topologia parcialmente

conectada se utilizam de ligações ponto a ponto.

A interface de uma estação com o anel contém um repetidor que tem dois

propósitos principais. O primeiro é contribuir para o funcionamento correto

do anel, deixando fluir todos os dados por eles recebidos, depois de

regenerá-los. O segundo é fornecer um ponto de acesso para o envio e

recebimento de dados por uma estação a ele conectada.

Na topologia estrela, tanto lógica quanto física, utilizam-se

ligações ponto a ponto entre as estações e o elemento central.

Ligações ponto a ponto apresentam menos dificuldades que

ligações multiponto, descritas na próxima seção, pois não têm os problemas

de múltiplas reflexões nem a possibilidade de múltiplas transmissões

simultâneas.

· Ligações Multiponto

Em ligações multiponto, o meio de transmissão deve ser casado

em seus extremos, terminando por uma impedância igual a sua impedância

característica, de forma a impedir reflexões.

As Ligações são feitas através de transceptores que possuem

funções básicas de transmitir e receber sinais do meio, bem como

reconhecer a presença desses sinais no meio.

Quanto às estações, os transceptores podem estar localizados

junto a elas ou não, e ambas as configurações apresentam vantagens e

desvantagens.

41

A localização do transceptor fora da estação traz como principal

vantagem uma flexibilidade maior para o sistema. As estações podem se

situar afastadas do meio de comunicação, estando ligadas ao transceptor

por uma linha de comunicação (por exemplo, par trançado). Assim, dentro

dos limites estabelecidos pelas características do meio de transmissão entre

o transceptor e a estação ( atenuação, por exemplo), esta pode estar

localizada em qualquer ponto convenientemente distante do meio comum.

Transceptores podem se ligar ao cabo coaxial através do uso de

conectores tipo T. O cabo é cortado, e conectores BNC são instalados em

cada um dos extremos. Esse tipo de ligação apresenta a desvantagem da

necessidade de interrupção do funcionamento da rede para a inserção de

uma nova estação. Em compensação, os conectores em T são facilmente

encontrados e seu custo é relativamente baixo.

Alternativamente, os transceptores podem ser conectados pela

utilização dos conectores por pressão (preassure taps), herdados da

tecnologia de CATV. Esses conectores permitem a ligação ao cabo sem que

seja preciso cortá-lo, evitando a necessidade de pararmos a operação de

uma rede para sua instalação. O acoplamento com o cabo é feito por meio

de uma pequena agulha metálica que, ao ser inserida, faz contato somente

com o condutor central. Para impedir que a malha externa entre em contato

com a agulha, esta é revestida com material isolante, com exceção de suas

extremidades. Outras agulhas fazem contato com a malha externa dando o

referencial de terra. Os conectores por pressão têm como vantagem

adicional o fato de permitir a construção de transceptores de maior

impedância, diminuindo as reflexões.

· Ligações em redes fibra ótica

42

Fibra ótica pode ser usada tanto em ligações ponto a ponto

quanto em ligações multiponto. Devido a perdas elevadas em ligações

multiponto e a reflexões óticas, as configurações ponto a ponto são mais

usadas atualmente. Nas ligações multiponto deve ser levada em

consideração a característica unidirecional da fibra ótica. A topologia em

barra comum pode exigir assim o uso de duas fibras.

A utilização de fibra ótica nas redes em anel se dá pela simples

substituição dos elementos de transmissão e recepção por componentes

óticos. A configuração é similar à da rede em barra com dupla fibra na qual

sinalização é ponto a ponto unidirecional.

Capítulo 4 - Roteamento e Roteadores

4.1 - Roteamento

Roteamento é a escolha do módulo do nó de origem ao nó de

destino por onde as mensagens devem transitar. Na comutação de circuito,

nas mensagens ou de pacote. Primeiramente estabelece uma conexão

entre nós de origem e destino, neste estabelecimento é definida a rota onde

deverão transitar enquanto perdurar a conexão. Em segundo caso pode

haver ou não o estabelecimento de conexão, mas independentemente disso

cada nó intermediário do caminho é responsável pela escolha do próximo nó

do caminho no instante em que recebe a mensagem.

Em redes geograficamente distribuídas, caberá à estação a

escolha do melhor gateway ao qual será enviado o pacote, no caso de uma

mensagem inter-redes, ou a qual estação, no caso de uma mensagem

43

dentro da mesma rede. Assim cabe a estação algum nível de roteamento.

ao gateway cabe escolher a melhor rota através de outros gateways, se for

o caso, para o encaminhamento dos pacotes. Em redes que possuem

mensagens por difusão, o roteamento realizado pelas estações pode ser

relaxado. Querendo enviar uma mensagem inter-redes, uma estação

simplesmente transmitirá um pacote por difusão. Se a mensagem é interredes

cabe então aos gateways o reconhecimento de qual deles deverá se

responsabilizar pela continuidade do encaminhamento da mensagem.

A implementação do roteamento exige uma estrutura de dados

que informe os possíveis caminhos e seus custos, a fim de que se possa

decidir qual o melhor. Diversos métodos têm sido utilizados para a

manutenção da estrutura de dados.

Existem vários tipos de roteamento. São eles:

· Roteamento Centralizado

Neste existe, em algum lugar da rede, um Centro de Controle de

Roteamento (CCR) responsável pelo cálculo da tabelas de rotas.

O CCR tem o poder de tomar decisões precisas sobre o caminho ótimo,

uma vez que possui todas informações da rede.

· Roteamento Isolado

No roteamento isolado, a atualização é realizada com base nas

filas de mensagens para os diversos caminhos e outras informações locais,

verificando-se vários aspectos de acordo com algoritmos criados.

· Roteamento Distribuído

44

Neste modo, cada nó envia periodicamente aos outros nós,

incluindo os gateways, informações locais sobre a carga na rede. Essas

informações são utilizadas para o cálculo da nova tabela.

· Roteamento hierárquico

Quando as redes tornam-se muito grandes, o número de

entradas na tabela de rotas pode ser tão elevado que as tornam impossíveis

de serem armazenadas ou percorridas. A solução, nesse caso, é realizar o

roteamento hierarquicamente.

Neste roteamento os nós são divididos em regiões, com cada nó

capaz de manter as informações de rotas das regiões a que pertence.

4.2 - Roteadores

Os Gateways são usualmente classificados em dois tipos:

Gateways Conversores de Meio (Media-Conversion Gateways) e Gateways

Tradutores de Protocolos (Protocol-Translation Gateways).

Os Gateways conversores de meio são os mais simples, bastante

utilizados em inter-redes que oferecem o serviço de datagrama, suas

funções resumem-se em receber um pacote do nível inferior, tratar

...

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