Mensuração de software
Por: Sandro • 7/5/2015 • Trabalho acadêmico • 9.719 Palavras (39 Páginas) • 251 Visualizações
Mensuração de software para o mercado editorial e design gráfico
Os principais problemas que um Gerente Editorial enfrenta estão relacionados aos processos de estimativa dos prazos de entrega dos projetos.
Influenciando esses prazos e suas estimativas, a composição do projeto, desenvolvimento e o acompanhamento das etapas efetuadas pelo mesmo, as crescentes mudanças no mercado e as novas tecnologias disponíveis para esse mercado, o gestor torna-se fundamental na sobrevivência e crescimento de empresas que atuam no mercado tecnológico.
A busca pela melhoria na qualidade dos processos editoriais por meio de padrões, normas e ferramentas, está fazendo com que a empresa que estabelece e cumpre os prazos de entrega, e até mesmo faz com que eles sejam reduzidos, mantendo a qualidade, obtenha vantagens consideráveis sobre seus concorrentes.
Porém, estimar o tempo de um projeto editorial, e a data de entrega do mesmo para o cliente, é um processo delicado, o qual envolve muita sensibilidade do Gerente Editorial e, principalmente, uma excelente capacidade de estimativa, ocasionando um aumento na responsabilidade dos gestores, que só podem contar com sua experiência profissional como ferramenta.
Por maior que seja a experiência profissional deste gestor, ele fatalmente irá deparar-se com projetos de gráficos que ainda não trabalhou, mesmo com algo similar. Ou ainda com mudanças inesperadas do escopo.
Empresas como a Adobe, Corel Corporation, Quark, desenvolvem softwares para designe gráfico, ilustrações vetoriais, web, entre outros, fazendo com que um designer gráfico possa criar tipografias, artes visuais, trabalhar com layout de página, para produzir o resultado final.
O primeiro obstáculo é a identificação de quais softwares serão realmente utilizados pelos designs gráficos, para que Gerente editorial faça a solicitação somente dos softwares necessário para o setor, pois alguns fabricantes vendem mídias com vários softwares, que nem sempre são utilizados.
O segundo obstáculo é a obtenção de uma ferramenta que auxilie o Gerente Editorial na compilação e analise das informações, que não são poucas. Seria impossível tudo isso se não existissem software que auxiliassem o gestor no controle de seus processos.
O USO DA MENSURAÇÃO COMO FERRAMENTA
Hoje em dia, ainda existem gestores que utilizam o “chute”, ou a vivencia em projetos anteriores, como principal recurso para estimativa de custos e prazos. Um projeto é um empreendimento temporário posto em execução para criar um único produto ou serviço. Conforme estas condições, não é possível justificar as estimativas ao cliente final sem uma técnica de mensuração.
Através disto, o processo de negociação se torna complicado, pois os técnicos tentam obter mais tempo e recursos e os usuários tentam diminuir os prazos e os custos. Se há dificuldade no processo de estimativas, as dificuldades para gerenciar a produtividade e a qualidade do processo e os produtos gerados também apresentam dificuldades.
A escolha do software também torna-se fundamental para o andamento do projeto editorial. O pacote mais utilizado para diagramação e paginação criação e tratamento de imagens é desenvolvido pela Adobe.
Outro software muito comum, utilizado para estimativas de prazos e cálculos dos custos é o MS Project, que faz parte do pacote Office, e que auxilia o Gerente Editorial no controle do projeto, classificando quem deve fazer o quê e quando deve fazel.
Como conseqüência da falta de métricas de software associadas ao processo de gerência de projetos os fracassos dos projetos são analisados sob um enfoque errado. Ao invés da gerência analisar o processo, para descobrir porque o projeto fracassou normalmente a preocupação é descobrir “o culpado”, que pode ser a metodologia, escolha errada do software, o gerente do projeto ou a equipe.
Atualmente, com a disseminação das técnicas de mensuração consegue-se fazer com que a tarefa de desenvolvimento e manutenção de software possam ser mensuradas(MCGARRY, 2006). Com isto precisamos incorporar ao processo de gerência de projetos estes conceitos de forma que desde a etapa inicial, onde são feitas as estimativas de prazos e custos, tenhamos métricas que respaldem as decisões. A partir daí, durante o projeto, serão gerados uma série de indicadores que mostrarão ao gerente qual o caminho a seguir, ou seja, todas as decisões gerenciais passam a ser respaldada por números e o trabalho se torna mais profissional e menos “pessoal”.
A utilização desse enfoque no desenvolvimento e manutenção de sistemas busca a definição e a implementação de processos, por intermédio dos quais seja possível controlar sua execução pelo conhecimento prévio do efeito e de suas repostas.
A mensuração permite não só medir o tamanho do sistema, mas também estimar seu tamanho em qualquer fase do seu ciclo de vida.
Contudo o tamanho em si tem pouco valor analisado de forma isolada, tendo relevância quando relacionado com produtividade e qualidade. O planejamento de projetos de sistemas envolve equacionar um conjunto de elementos:(MCGARRY, 2006)
- quais produtos devem ser desenvolvidos (especificação, programas, base de dados, planos de implantação, etc.);
- por meio de que atividades (construção de modelo funcional, identificação de classes de objetos, validação de documentação técnica, etc.);
- envolvendo quanto esforço (homem/hora; homem/mês, etc.);
- durante quanto tempo (hora, dia, semana, mês, etc.);
- quais riscos devem ser identificados e contigenciados.
Esforço, prazo e custo são algumas das informações normalmente selecionadas como objeto de medição e estimativa (MCGARRY, 2006). Contudo, a equipe envolvida no planejamento do projeto, antes de seu inicio, normalmente possui apenas duas principais fontes de informação para ponderar essas variáveis:
- A data limite, estabelecida por fatores e pressões externas, o orçamento e o tempo disponível dos profissionais da empresa.
- A experiência adquirida individualmente pelos analistas e gerentes responsáveis pelo planejamento do projeto.
Com a utilização de métricas, torna-se mais fácil justificar e defender as decisões tomadas, pois se os desvios foram identificados e gerenciados com antecedência, suas conseqüências tendem a serem menos graves. Porém a métrica de projeto não está se referindo exclusivamente à utilização de técnicas de dimensionamento de sistemas, mas também a uma série de técnicas para ponderar o efeito de outros fatores como a análise de riscos e a determinação de marcos de projeto (milestones).
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