O Futuro da sociedade automatizada
Por: LemosJean • 5/5/2015 • Seminário • 3.711 Palavras (15 Páginas) • 225 Visualizações
O futuro da sociedade automatizada
Antônio Swélliton Barbosa da Silva1, Jean Anderson de Medeiros Lemos2
1, 2 Faculdade de Ciências e Tecnologia, Sistemas de Informação
Rua Ferreira Itajubá, 745 - Santo Antonio - Mossoró/RN – Brasil
swelliton.ti@gmail.com, jean.mecas@hotmail.com
Resumo. A automação em geral apresentou-se como uma importante ferramenta à disposição das organizações e da sociedade como todo. Hoje podemos dizer que passamos por uma revolução científica e tecnológica. Invenções maravilhosas por um lado, por outro, futuros sombrios e inoperantes. O homem teria se tornado vítima do progresso da dominação técnica? Neste artigo procuramos evidenciar o imaginário, desde o início da era industrial com suas maquinas a vapor até os dias de hoje, com a "automação das cosas". Por isso faz-se importante observar e analisar as manifestações literárias, cinematografias e artísticas como reprodutoras de uma espécie de imaginário de medo, mas jamais de resignação.
Abstract. Automation is generally presented as an iportant tool available to the organizations and society as whole. Today we can say that we went through a scientific and technological revolution. Wonderful inventions on the one hand, on the other, dark future and dead. The man would have become of technical progress domination victim? In this article we highlight the imaginary, from the beginning of the industrial age with its steam engines until the present day, with the "automation of cosas". For this reason it is important to observe and analyze the literary manifestations, cinematography and artistic as breeding a kind of fear of imaginary, but never resigned.
Palavras – Chave: Revolução Tecnológica, Automação e Futuro.
Introdução
É pertinente enfatizar que a Revolução Industrial, foi o grande precursor da automatização. É fascinante, como a revolução industrial mudou a vida das pessoas daquela época e como até hoje seus reflexos continuam transformando o nosso dia a dia com a revolução tecnológica. A quem diz que a Revolução industrial foi Revolução tecnológica da época. Escritores consagrados como Adam Smith, Karl Marx, Eric Hobsbawm entre outros exploram a importância da Revolução Industrial. O objetivo é analisar de forma contextualizada as transformações da Revolução industrial na vida das pessoas da época e comparar seus reflexos com a Revolução Tecnológica que vivemos atualmente e o impacto sobre a sociedade.
Será que a Revolução Tecnológica teve início juntamente com a Revolução Industrial? Fomos ou somos escravos da automatização? Essa revolução industrial, tecnológica, exclui as pessoas socialmente? Como isso aconteceu e continua acontecendo? Quais as duas faces da moeda dessas Revoluções? Com base em alguns escritores, situaremos a nossa pesquisa com o objetivo de mostrar a grande importância dessas revoluções na construção da tecnologia sem limites e a exploração do ser humano tanto no século XVIII como século XXI. Será que deixamos de ser alienados? Essa tecnologia sem limites nos torna escravos? De que modo o progresso tecnológico mudou as nossas vidas? Com a revolução cientifica e tecnológica o mundo se reorganiza numa velocidade impressionante e isso nos obriga a aprender a lidar com as incertezas.
Está cada vez mais difícil concatenar passado, presente e futuro numa unidade temporal e espacial. Parece que são etapas totalmente distintas e independentes. A civilização tecnocientifica é a negação desses dois tempos. A rapidez e a fluidez advindas da ciência e da técnica, de forma pragmática, compreendem a atividade e o exercício do pensamento como um luxo desnecessário.
Para Adorno e Horkheimer (1985), a concepção instrumental da ciência e o desenvolvimento técnico em bases de conhecimento cientifico, exercem imenso poder sobre a sociedade e permite a realização de sociedades totalitárias.
Muitos autores, portanto, afirmam que vivemos uma era vazia, carente de valores, projetos e ideais. Segundo Jean Baudrillard (2003), estaríamos vivenciando uma verdadeira revolução antropológica, isto é, uma revolução tecnocientifica dos sujeitos.
A revolução tecnocientifica que se insinua no vazio dos pensamentos novos, faz com que os fatos científicos passem a dominar toda a vida social. Mas é na ausência que os meios da imaginação, carregadas de subjetividades, sensibilidades e desejos ajudam a criar estilos de vida, concepções de mundo e até mesmo pensamento crítico. É só isso que o imperativo da tecnociencia traz junto consigo o imaginário que nos conscientiza e resgata o lugar do humano.
Era Industrial
Para que seja possível chegar mais perto daquilo que somos, é necessária uma avaliação de um segmento do passado próximo, a Era Industrial.
A primeira metade desse período começou em 1800, com a invenção da máquina a vapor, e praticamente terminou em 1900, pouco antes de se inventar o motor a explosão e se iniciar a construção em série do automóvel.
O ramo característico da Primeira Revolução Industrial é o têxtil de algodão. Ao seu lado, aparece a siderurgia, dada a importância que o aço tem na instalação de um período técnico apoiado na mecanização do trabalho.
A tecnologia característica é a máquina de fiar, o tear mecânico. Todas são máquinas movidas a vapor originadas da combustão do carvão. Como mostra a figura 1.
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Figura 1. Indústrias com máquinas movidas a vapor.
A forma de energia principal desse período técnico. O sistema de transporte característico é a ferrovia, além da navegação marítima, também movida à energia do vapor do carvão.
A Segunda Revolução Industrial tem suas bases nos ramos metalúrgico e químico. Neste período, o aço torna-se um material tão básico que é nele que a siderurgia ganha sua grande expressão. A indústria automobilística assume grande importância nesse período. O trabalhador típico desse período é o metalúrgico. Demonstrado na figura 2.
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Figura 2. Linhas de montagens.
A tecnologia característica desse período é o aço, a metalurgia, a eletricidade, a eletromecânica, o petróleo, o motor a explosão e a petroquímica. A eletricidade e o petróleo são as principais formas de energia.
A forma mais característica de automação é a linha de montagem, criada por Ford (1920), com a qual introduz na indústria a produção padronizada, em série e em massa. Daí surge um trabalhador desqualificado, que desenvolve uma função mecânica, extenuante e para a qual não precisa pensar. Pensar é a função de um especialista, o engenheiro, que planeja para o conjunto dos trabalhadores dentro do sistema da fábrica.
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