Os Conceitos De Criptografia
Por: Maya Facas • 10/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.104 Palavras (5 Páginas) • 218 Visualizações
Criptografia é o estudo de técnicas matemáticas relacionadas aos aspectos da segurança da informação tais como confidencialidade, integridade de dados, autenticação de dados e autenticação de origem dos dados. Ela não é o único meio de obter segurança dos dados, trata-se de um conjunto de técnicas com o intuito de atingir tal fim.
A Criptografia tem uma longa e fascinante história. O conteúdo não-técnico mais completo referente ao assunto é o livro de David Kahn, "The Codebreakers". Esse livro traça a criptografia desde a inicial, e limitada, utilização pelos Egípcios cerca de 4.000 anos atrás, até o século vinte e um, onde exerceu função crucial nos resultados de ambas as guerras mundiais. Completo em 1963, o livro de Kahn cobre tais aspectos da história os quais foram mais significantes (respeitando os limites das gerações) para o desenvolvimento do tópico. Os praticantes predominantes da arte foram aqueles associados com o militarismo, serviços diplomáticos e ao governo em geral. Era, e ainda é, uma ferramenta capaz de proteger segredos e estratégias nacionais.
A proliferação dos computadores e sistemas de comunicação nos anos 60 trouxe com ela a demanda do setor privado com intenção de proteger informações em um ambiente digital e de prover serviços de segurança. Começando pela obra de Feistel na IBM no começo de 1970 e culminando em 1977 com a adoção do trabalho como um Padrão Federal de Processamento de Informações (do inglês: Federal Information Processing Standard) dos EUA para encriptar informações não classificadas, DES, o Padrão de Encriptação de Dados (do inglês: Data Encryption Standard), é o mais bem conhecido mecanismo de criptografia da história. Ele permanece o meio padrão de segurança no comercio eletrônico para muitas instituições financeiras ao redor do mundo.
O desenvolvimento mais impactante na história da criptografia veio em 1976 quando Hellman e Diffie publicaram as Novas direções em Criptografia (do inglês: New Directions in Cryptography). Esse jornal introduziu o conceito revolucionário de criptografia de chave pública a também proveu um novo método para a troca de chaves, segurança a qual é baseada na intratabilidade do problema de logaritmo discreto. Apesar de os autores não terem um esquema real e prático da realização da encriptação de uma chave pública no tempo, a ideia foi clara e acabou gerando um interesse e atividade crescentes na comunidade criptográfica. Em 1978, Shamir, Rivest e Adleman descobriram o primeiro esquema prático de encriptação e assinatura de chaves públicas, agora conhecido como RSA (sigla composta pelas iniciais dos autores). O esquema RSA é baseado em outro problema matemático complicado, a intratabilidade de fatorar números inteiros grandes. A aplicação de um difícil problema matemático à criptografia revitalizou os esforços para encontrar métodos mais eficientes de fatoração. Os anos de 1980 foram tempos de grandes avanços nessa área, mas nenhum pôde determinar insegurança no sistema RSA. Outra classe de poderosos esquemas de chaves públicas foi encontrado por ElGamal em 1985. Esses também são baseados no problema de logaritmo discreto.
Uma das mais significantes contribuições providas pela criptografia de chave pública é a assinatura digital. Em 1991 o primeiro padrão internacional para assinaturas digitais (ISO/IEC 9796) foi adotado. Ele é baseado no esquema RSA. Em 1994 o governo dos EUA adotou o Padrão de Assinaturas Digitais (do inglês: Digital Signature Standard), um mecanismo baseado no esquema de ElGamal.
A procura por novos esquemas de chave pública, aprimoramento dos mecanismos criptográficos existentes, e provas de sua segurança continuam em passo rápido. Vários padrões e infraestruturas envolvendo criptografia estão sendo implantados. Produtos de segurança estão sendo desenvolvidos para garantir as necessidades uma sociedade informacional intensiva.
Através dos séculos, um conjunto de protocolos e mecanismos foram criados para lidar com problemas na segurança da informação quando a informação é transportada por documentos físicos. Os objetivos da segurança da informação frequentemente não podem ser atingidos apenas pelos algoritmos matemáticos e protocolos sozinhos, mas requerem técnicas processuais e conformidade com as leis para alcançar o resultado desejado. Por exemplo, a privacidade das cartas é provido pelos envelopes selados entregados por um serviço postal reconhecido. A segurança física do envelope é, para necessidades práticas, limitada e então as leis são promulgadas e torna uma ofensa criminal o ato de abrir a correspondência por quem não está autorizado. É, às vezes, o caso em que a segurança é atingida não através da informação em si, mas através do documento físico ao qual a informação é gravada. Por exemplo, cédulas de dinheiro requerem uma tinta e material especiais para prevenir fraudes.
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