A Energia Livre De Gibbs
Por: Yara Coelho • 17/8/2023 • Bibliografia • 2.269 Palavras (10 Páginas) • 87 Visualizações
EXPERIMENTO 7 - ENERGIA LIVRE DE GIBBS
1. OBJETIVO
Confirmar todas as alternativas energéticas entálpicas e entrópicas, para a ocorrência de um processo espontâneo (ΔG < 0), a partir do modelo proposto.
2. INTRODUÇÃO
A combinação do primeiro e segundo princípio da Termodinâmica (TD) define a equação fundamental da TD: dU = TdS - PdV; usando as definições das funções compostas:
H = U + PV (1)
A = U – TS (2)
G = U + PV – TS (G = H – TS ou G = A + PV) (3)
Diferenciando, obtemos as quatro equações fundamentais da TD (quatro modos diferentes de olhar a mesma equação):
S dU = TdS –PdV (4)
dH = TdS + VdP (5)
U H
V P[pic 1]
A G dA = -SdT – PdV (6)
dG = -SdT +VdP (7)
T
Interessa em particular a última equação, por relacionar as variações de energia livre em função da temperatura e da pressão, variáveis facilmente quantificáveis.
A condição de reversibilidade é uma condição de equilíbrio (ou quase estático). Pela segunda Lei da TD:
[pic 2] ou [pic 3] (8)
A condição para uma transformação de estado irreversível (espontânea ou natural) foi definida pela desigualdade de Clausius:
[pic 4] ou [pic 5] (9)
Na última equação considerando as duas possibilidades: espontaneidade e equilíbrio.
Considerando o primeiro princípio da TD (dU = dQ + dW) e substituindo na condição geral de irreversibilidade ou equilíbrio:
TdS ≥ dU - dW
dW = -PdV
-dU –dW + TdS ≥ 0
P, T; constantes
-dU-d(PV) + d(TS) ≥ 0 (10)
-d(U-PV + TS) ≥ 0
-dG ≥ 0
dG ≤ 0
ΔG ≤ 0
Esta última relação mostra que há uma diminuição de energia de Gibbs em qualquer transformação real à temperatura e pressão constantes. As transformações espontâneas podem continuar a ocorrer em tais sistemas até atingir uma condição de equilíbrio num patamar de energia de Gibbs, mínima (ΔG = 0). Em qualquer outra situação o sistema não tem condição de continuar a sua transformação, ou seja, ele retornaria à condição de equilíbrio anterior.
Considerando a definição de energia livre de Gibbs, a temperatura constante:
G = H – TS
ΔG = ΔH - TΔS (11)
Qualquer reação química, transformação de fase ou qualquer outro processo natural, deve levar em consideração duas contribuições no cálculo da energia livre: uma contribuição energética (ΔH) e uma contribuição entrópica (TΔS).
O gráfico da figura 1 ilustra a evolução das variáveis TD numa transformação de fase (sólido→gás), num sistema à temperatura e pressão constante, em função da fração de partículas de vapor formadas.
Este processo é desfavorável entalpicamente (ΔH>0), desde que deve ser fornecida energia ao sistema para separar as moléculas do retículo cristalino, e favorável entropicamente (ΔS>0), uma vez que as partículas na fase gás têm mais possibilidades (micro estados) de movimento. Uma diminuição de energia desloca o sistema para uma total solidificação: por outro lado um aumento de entropia levaria à total evaporação do sistema.
[pic 6]
Figura 1: Evolução dos parâmetros termodinâmicos num processo sólido→gás
Portanto, o presente experimento tem por objetivo confirmar todas as alternativas energéticas (entálpicas) e entrópicas, para a ocorrência de um processo espontâneo (ΔG < 0), a partir do modelo proposto.
[pic 7][pic 8]
Figura 2 Figura 3
3. MATERIAIS
🖝 Sistemas de dois béqueres, como ilustrado nas figuras 2 e 3
🖝 Grãos de milho ou arroz
🖝 Sistema de agitação (eventualmente manual)
4. METODOLOGIA
Montar os sistemas das figuras 2 e 3 usando béquers de tamanho proporcional aos indicados nas figuras (ou garrafas plásticas). Adicionar grãos de milho até completar 2/3 da capacidade do frasco menor e tampar o frasco maior com lâminas de plástico ou isopor. A altura livre do frasco menor representa a energia de ativação que deve ser vencida pelas partículas (grãos) para produzir a reação (dispersão sobre a superfície do frasco maior).
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