Atomismo e a Filosofia Mecânica
Por: Maria Bandeira • 15/9/2016 • Dissertação • 3.391 Palavras (14 Páginas) • 420 Visualizações
Atomismo e a Filosofia Mecanicista
Martin TAMNY
- A Filosofia Mecanicista
A revolução científica dos séculos XVI e XVII estava associada a emergência de uma nova filosofia natural chamada de “Filosofia Mecanicista”. Dessa forma, em parte, a Filosofia Mecanicista era a ressurreição do atomismo de Demócrito, Lucrécio e Epicuro, e oferecia uma excitante alternativa ao aristotelismo dominante como visão de mundo do século XVI. Pierre Gassendi (1592-1655), René Descartes (1596-1650), Thomas Hobbes (1588-1679), Galileu Galilei (1564-1642), Robert Boyle (1627-1691), Issac Newton (1642-1727) e John Locke (1632-1704) todos, em graus diferentes, aderiram à Filosofia Mecanicista. O termo “Filosofia Mecanicista” foi geralmente usado por esses novos cientistas e filósofos para designar suas metodologias e suas visões concernentes às propriedades, relações e entidades reais (sua ontologia). Essa Filosofia Mecanicista constituia-se como uma revolta contra o Cristianismo Aristotélico que tinha emergido principalmente dos trabalhos de São Tomás de Aquino, rather mais um ataque sobre muito próximo da forma clássica. Mais especificamente, era um repúdio da doutrina da forma substancialista (essência realista da matéria) como causas – a doutrina que pensava ter produzido explanações vazias dos fenômenos e consequente ignorância regarding do mundo físico.
A forma de explanação adotada pelos filosofos mecanicistas estava reduzida a catacteres. Quer dizer, ela tentava reduzir ao infinito um grande número de qualidades manifistadas pelos corpos com poucas propriedades reais aderidas às pequenas partes constituintes dos objetos nós veremos sobre eles. Assim, muitas qualidades eram explanadas por algumas propriedades, que não eram further reduzidas e eram assim inexplicaveis (ou, mas favoráveis, não requeriam avaliar argumentos e aqueles que contradiziam a evidência dos sentidos devendo ser punidos por quem olhava nesse sentido. Assim, o commonly-held (ponto de vista comum) vista que a Revolução Científica introduzia um senso de experiência como arbitrário da aceitabilidade do científico reclamar está muito simplificado. O aristotelismo do século XVI e XVII era visto pelos copernicanos como usando a experiência para apoiar suas falsas chamamento. O que nos mostrava Galileu é que a experiência sozinha não pode servir para arbitrar sobre a verdade, mas apenas interpretar apropriadamente a experiência. Ela não é sensitiva para sense experience as such que está atachada, mas rather a noção de que muitas experiências sempre manifestam-se ou obviamente.
Galileu anexa a noção de experiência manifesta or ter Simplicio apoiado-se na doutrina aristotélica por referencia à experiência manifesta e então minando que o suporte não por contestar o senso de experiência nele mesmo, mas por mostrar que algumas experiências estão consistentes com a negação da doutrina aristotélica em questão. Um exemplo ilustrará este tipo de ataque. No segundo dia, Saviati e Simplício construíram o argumento abaixo para a não rotação da Terra. Se uma pedra é lançada do ponto mais alto de uma torre e não é observado no to hit the walls but a queda é paralela à torre, então, a Terra não está girando. Para, se a Terra gira, a pedra não poderia cair perpendicularmente. O argumento pode ser formulado como abaixo:
Premissa 1: Se a Terra gira, o corpo não pode cair perpendicularmente.
Premissa 2: Mas o corpo cai perpendicularmente, então, a Terra não gira. (3)
Após Simplício aceitar esse argumento Salviati argumenta que ele é falacioso. A premissa 1 pressupõe a conclusão no senso de que aquilo que vemos (a pedra não batendo no muro da torre) é uma indicação de que a pedra cai perpendicularmente apenas se nós assumirmos que a torre (e portanto a Terra) não está se movendo. Nós não vemos a pedra cair perpendicularmente ao chão. Tudo que vemos é que a pedra cai para bater no muro da torre.
Não satisfeito em mostrar que Simplicio pode desvirtuar a sua experiência, sem perceber que ele não está interpretando nada, Galileo continua a mostrar que Sagredo (o leigo inteligente, não confirmadas, que ouve os dois pontos de vista e é movido apenas pela verdade) pode cometer o mesmo erro, embora de uma maneira mais sofisticada. No diálogo que se seguiu, Sagredo alega ver o movimento perpendicular à terra (enquanto Simplicio não), mas achei que ele não viu (enquanto Simplicio pensava que ele viu). [pic 1] mas esse aparente paradoxo é removido lembrando que Simplicio começou por assumir que a Terra não se move enquanto Sagredo supunha que ela se movia. Em resumo, a diferença na descrição de Saviati (de Galileu) de suas respectivas experiências depende de seus diferentes pressupostos e interpretações. Galileu não estava apenas mostrando que nossa experiencia da queda da pedra é consistente com a visão copernicana, mas também que não há nem experiência manifesta, nem demonstração ocular. Alguns tem tomado o argumento exposto como evidência que Galileu foi um platonista que acreditava que a experiência é irrelevante para a aquisição do conhecimento. Sem examinar a complexidade do problema, pode ser visto que Galileu está argumentando que, pelo menos, alguns movimentos reais são "invisíveis", como quando o observador divide o movimento, mas ele está apenas argumentando que, embora tais movimentos sejam invisível, eles ainda podem desempenhar de maneira adequada uma parte do nosso entendimento do mundo. O ponto mais importante de Galileu, contudo, é que nesse caso nós não precisamos de mais experiências, mas uma maneira de “olhar” as experiências passadas. Nem experiência manifesta nem demonstrações oculares são possíveis. Elas são desnecessárias, desde que a nova ciência fornece métodos de interpretação correta. Francis Bacon (1561-1626) caracterizava os que fazem a revolução científica como os trabalhadores na Grande Instauração – a restauração do homem ao seu lugar antes de ser expulso do paraíso. No jardim do éden, de acordo com essa visão, Adão não precisava de espetáculo. Todo o universo físico antes dele era firme, limpo e manifesto. A linguagem com que ele falava com Deus era a linguagem natural, na qual as palavras não eram ligadas por mera convenção às coisas por eles nomeadas, mas foram adequados para as coisas de tal forma que saber o nome constituído era conhecer a coisa nomeada. Pensei que com a acuidade dos seus sentidos e seu conhecimento da língua natural, Adão sabia e controlava o mundo que Deus lhe tinha dado, sendo o seu domínio exemplificado no seu ato de nomear os animais.
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