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Benefícios e Roteirização no Uso do Gás Natural: Estudo de Caso na Cidade de Botucatu

Por:   •  15/8/2017  •  Artigo  •  3.084 Palavras (13 Páginas)  •  393 Visualizações

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BENEFÍCIOS E ROTEIRIZAÇÃO NO USO DO GÁS NATURAL: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE BOTUCATU / SP

RESUMO: O gás natural produzido no Brasil é predominantemente de origem associada ao petróleo e se destina a diversos mercados de consumo, tais como a geração de energia termelétrica e os segmentos industriais. Segundo a Secretaria de Energia e Mineração do estado de São Paulo (2017), o Estado de São Paulo está apostando no gás natural como o insumo de transição para as energias renováveis e na garantia da segurança energética do maior parque industrial do Brasil. O estado de São Paulo é o maior consumidor nacional de gás natural, utilizando anualmente cerca de 6 bilhões de metros cúbicos, sendo que a indústria paulista consome cerca de 75% desse valor. O Estado está dividido em três áreas de concessão de distribuição de gás canalizado, sendo atendido pelas empresas Comgás, Gás Brasiliano e Gás Natural Fenosa. A empresa Gás Natural Fenosa é responsável pela implantação do gás natural na cidade de Botucatu/SP, sendo a 3ª maior distribuidora do país em número de clientes e em extensão de redes. Diante dessa situação o objetivo geral do trabalho consiste em roteirizar o gasoduto, identificando os principais setores da cidade que serão beneficiados por esta passagem. A metodologia abrangeu a utilização software livre Google Earth para a vetorização das áreas de interesse de conformidade com o mapa fornecida pela empresa responsável pela implantação do gasoduto na cidade de Botucatu-SP. Os resultados esperados são identificar os benefícios e a roteirização desse investimento na cidade.

PALAVRAS-CHAVES: Gás Natural. Logística. Roteirização.

ABSTRACT: Natural gas produced in Brazil is predominantly of petroleum origin and is destined to several consumer markets, such as thermoelectric power generation and industrial segments. According to the Secretary of Energy and Mining of the State of São Paulo (2017), the State of São Paulo is betting on natural gas as the input of the transition to renewable energies and guaranteeing the energy security of the largest industrial park in Brazil. São Paulo is the largest national consumer of natural gas, with about 6 billion cubic meters, and São Paulo industry consumes about 75% of this value. The State is divided into three concession areas for the distribution of piped gas, which is serviced by mining, natural gas and Natural Fenosa gas companies. In the case of Gás Natural Fenosa, which is responsible for the implementation of natural gas in the city of Botucatu / SP, it is in São Paulo the third largest distribution in the country in terms of number of customers and in network extension. Work to evaluate the benefits of the use of natural gas in the city of Botucatu / SP and subsequent as a specific objective to guide the sectors benefited. The methodology will be based on a case study, and how to support the natural gas deployment map in the city of Botucatu / SP and the Google Earth computer program. The expected results are to identify the benefits and a routing of this investment in the city.

KEY-WORDS: Natural gas. Logistics. Routing.


1 INTRODUÇÃO

O gás natural produzido no Brasil é predominantemente de origem associada ao petróleo e se destina a diversos mercados de consumo, tais como a geração de energia termelétrica e os segmentos industriais. O gás natural se distribui entre diversos setores de consumo, com fins energéticos e não-energéticos: utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha) e de fertilizantes (ureia, amônia e seus derivados), veicular, comércio, serviços, domicílios etc., nos mais variados usos. O Gás natural é uma substância composta por hidrocarbonetos que permanecem em estado gasoso nas condições atmosféricas normais. É essencialmente composta pelos hidrocarbonetos metano (CH4), com teores acima de 70%, seguida de etano (C2H6) e, em menores proporções, o propano (C3H8), usualmente com teores abaixo de 2% (ANP, 2017).

Os conceitos de sustentabilidade global e emissão de poluentes associados ao uso da energia têm sido questões de ampla prioridade, e com isto as indústrias têm de encontrar soluções.

De acordo com Santos et al. (2002) a penetração do gás natural substituindo óleo combustível e carvão surge como solução plausível, pelo menos paliativa, para que o setor energético ganhe tempo e busque respostas mais definitivas para o equilíbrio de longo prazo do planeta.

Conforme Hilgemberg (2004) sob a ótica da teoria econômica, o problema da poluição é um caso típico de externalidade negativa, ou seja, o consumo ou a produção de um dado bem por um determinado agente econômico gera efeitos adversos sobre outros agentes, mas este efeito não é compensado por intermédio do mercado.

As reservas mundiais de gás natural têm crescido substancialmente nos últimos anos, e, regionalmente, em nossa esfera do Cone Sul da América do Sul, o gás natural transformou-se em um recurso abundante, usos racionais ou pouco eficientes desse gás terão consequências muito negativas para a questão ambiental planetária. (SANTOS ET AL. 20002).

De acordo com Santos et al. (2002) nesse sentido, urge analisarmos as estratégias que estão sendo colocadas pelos agentes econômicos, pois:

 “O uso irracional desses recursos gasíferos, disponíveis no curto prazo, a um custo bastante aceitável, poderá conduzir-nos a uma situação economicamente inviável no futuro, onde veríamos antecipadas uma série de pressões ambientais, exigindo o uso de outros energéticos muito mais custosos ou outras tecnologias ainda não factíveis”.

Vaz et al. (1996) afirmam que para o transporte de gases são utilizados as dutovias que também transportam líquidos e misturas semifluidas. Sendo mais adequados ao transporte de mercadorias produzidas em processos de fluxo contínuo e que mantenham sua demanda restrita a pontos fixos.

Segundo a Secretaria de Energia e Mineração do estado de São Paulo (2017), o Estado de São Paulo está apostando no gás natural como o insumo de transição para as energias renováveis e na garantia da segurança energética do maior parque industrial do Brasil.

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