Compreensão metodológica do processo de destilação azeotrópica para obtenção de etanol anidro

OBTENÇÃO DO ETANOL ANIDRO POR DESTILAÇÃO AZEOTRÓPICA

Amanda de Oliveira Costa, [e-mail]1

Angélica Magalhães dos Reis Silva, [e-mail]2

Cíntia Cristina Narcizo da Silva, [e-mail]3

1,2,3 FATEC - Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, Av. Prestes Maia, nº-Ipanema-Cep: ...,Araçatuba-SP.

Resumo: Este trabalho apresenta através de uma revisão bibliográfica o entendimento metodológico do processo de destilação azeotrópica para a obtenção do etanol anidro. Considerado um sistema complexo, as interações físicas, químicos, físico-químicas e/ou termodinâmicas que norteiam o processo revelarão a dinâmica da separação dos componentes azeótropos presentes na mistura, originando assim o produto de interesse, o etanol anidro.

Palavras-chave: Destilação, Sistema de separação, Azeotropia.

1. INTRODUÇÃO

A destilação é um importante e antigo processo de separação de componentes em diferentes tipos de misturas, esse método é muito utilizado em indústrias químicas e petroquímicas. Sua importância se dá pela eficiência de separação.

O processo de separação dos componentes presentes na mistura ocorre pela diferença de volatilidade das mesmas. A volatilidade refere-se à pressão de vapor da substância, ou seja, a tendência do líquido se volatilizar a uma dada pressão e temperatura. Dentre as misturas a serem destiladas, algumas podem apresentar azeótropos (homogêneos ou heterogêneos). Um azeótropo é uma mistura de líquidos a qual, quando vaporizada, produz um vapor com a mesma composição que o líquido. Desta forma, não é possível realizar a separação da mistura pelo processo convencional de destilação, utiliza-se normalmente o processo de destilação extrativa e destilação azeotrópica.

A destilação azeotrópica foi iniciada em torno dos anos 20, hoje é bastante conhecida e utilizada. No processo tradicional de destilação azeotrópica é adicionado um componente de arraste na mistura a fim de formar um novo azeótropo com um dos componentes presentes na mistura. É importante que esse novo azeótropo seja heterogéneo, para que em determinadas condições durante o processo, seja formada duas fases líquidas. O novo azeótropo formado é retirado como produto de base ou de topo, isso vai depender do tipo do azeótropo (de mínimo ou de máximo), enquanto o outro componente puro é retirado na extremidade oposta. É necessária a utilização de uma segunda coluna para continuar com a recuperação do agente de arraste, este, retorna à coluna azeotrópica. Observa-se que este processo caracteriza-se pela adição de um componente externo (agente de arraste), pela formação de um novo azeótropo e pela formação de duas frações líquidas. (VASCONCELOS, et al, 2010)