Estudo da viabilidade da formação de um compósito de PVC reciclado e casca de arroz.
Por: Débora Modolon • 10/4/2015 • Artigo • 547 Palavras (3 Páginas) • 306 Visualizações
Estudo da viabilidade da formação de um compósito de PVC reciclado e casca de arroz.
Débora De Pieri Modolon1 (IC) * (debora.modolon@unisul.br), Bruna Nazario Vieira1 (IC), Karoliny do Nascimento de Vargas1 (IC), Tamara Zanette1 (IC), Natália Hachow Motta 1 (IC), Maria Ana P. Marcon Martins1 (PQ)
1 Universidade do Sul de Santa Catarina: Av. José Acácio Moreira – nº 787. Bairro Dehon – Tubarão – SC.
Palavras Chave: Compósito, PVC reciclado, casca de arroz.
Introdução
Um dos problemas que afetam o meio ambiente é a poluição causada pelo destino inapropriado de plásticos. Diante disto, a necessidade de reciclagem de plásticos tornou-se uma solução urgente.2 Assim, a produção de compósitos apresenta-se como uma alternativa de reciclagem, tendo em vista a possibilidade do reaproveitamento de alguns rejeitos industriais. O objetivo de estudo é observar a possibilidade de formação de um compósito de PVC
(Policloreto de vinila) proveniente de carretéis de linhas de facções e como carga casca de arroz.
Resultados e Discussão
O PVC proveniente das facções foi higienizado e triturado em moinhos de faca. As cascas de arroz foram secas em estufa a 700C, trituradas e passadas em peneiras (com diâmetro igual ou inferior a 0,75mm).1 Após, foram preparados os compósitos de 90% até 50% de PVC reciclado a uma temperatura de processamento de 1800C. Não foi possível formar proporções maiores de carga, visto que o polímero não se agregava às partículas das cascas de arroz. Para cada tipo de análise, foram feitos os ensaios em triplicata.
Figura I: Ponto de fusão dos compósitos formados
[pic 2]
Fonte: As autoras, 2012
O ponto de fusão foi realizado através do equipamento MAQPF-301. Ao observar a figura I, o ponto de fusão decresce com o acréscimo de casca de arroz, devido à interação da casca de arroz com o polímero.
Figura II: Densidade dos compósitos[pic 3]
Fonte: As autoras, 2012
A densidade foi realizada através do método do picnômetro, conforme a norma NBR 6474. Na figura II, verifica-se que a densidade do polímero puro é de 0,90g/mL e dos compósitos foram de 0,88g/mL. Essa diminuição da densidade ocorre em função da casca de arroz agregada ao polímero ter menor densidade.
Figura III: Absorção da água dos compósitos [pic 4]
Fonte: As autoras, 2012
Ao analisar a figura III, observa-se que os compósitos de 70% até 50% de PVC apresentaram uma maior absorção de água. Isso acontece, pois ocorre a formação de poros na superfície dos compósitos. O índice de fluidez foi realizado através de um Plastômetro com corte automático, modelo
MI-3, segundo a norma ASTM D-1238. O índice de fluidez do PVC puro é de 0,18g/mim e com adição da casca de arroz 0,15g/mim. Constatou-se, assim, que quanto maior o percentual de resíduo aplicado no compósito, menor será seu índice de fluidez.
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