HIDROLISE ÁCIDA DO GLICEROL BRUTO DA ÍNDUSTRIA DE BIODIESEL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

  CURSO TÉCNICO DE NIVEL MÉDIO SUBSEQUENTE EM BIOCOMBUSTIVÉIS   

AULA PRATICA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA PARA REALIZAÇÃO DA HIDROLISE ÁCIDA DO GLICEROL BRUTO DA ÍNDUSTRIA DE BIODIESEL

IRECÊ – BAHIA

2016

Aluno: Severino Cena Dos S. Rodrigues  

Turma: Biocombustíveis     Modulo:IV

Processo de Produção de Biocombustíveis Il

Professor: José Airton Carneiro

SUMÁRIO

OBJETIVO        

INTRODUÇÃO        

BIODIESEL NO BRASIL        

BIOMASSA        

GLICEROQUÍMICA: GLICERINA A PARTIR DA GERAÇÃO DO BIODIESEL E O SEU USO        

PRÉ-PURIFICAÇÃO DA GLICERINA BRUTA        

MATERIAIS E MÉTODOS REALIZADOS NA AULA PRÁTICA        

PROCEDIMENTOS        

PROCEDIMENTOS DE CAUCULOS        

CONSIDERAÇÕES FINAIS        

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        

ANEXOS        

 

IRECÊ – BAHIA

2016

OBJETIVO

Ter conhecimento como se realiza uma hidrolise ácida do glicerol bruto com uma porcentagem diferenciada.

Apresentar a panorama da produção do biodiesel e a glicerina bruta no Brasil e seu uso.

INTRODUÇÃO

Com a crise do Petróleo na década de 1970 houve um interesse maior em biodiesel por ser um combustível alternativo e renovável se investiram mais nessa fonte à partir de 1980. Rudolf Diesel inventor da máquina que leva seu nome teve também interesse nesse combustível por ser miscível e ter um grande poder de queima. (KNOTHE, 2006). Podendo ser usado puro ou misturado no diesel fóssil o biodiesel é um combustível derivado de gorduras animais ou óleos vegetais (Lei nº 11.097 de 13 de janeiro de 2005).

O biodiesel tem grandes vantagens sobre o diesel fóssil pois é derivado de matérias-primas renováveis diminuindo a carência decorrente do petróleo, é biodegradável, gera menos poluentes e o seu ponto de fulgor é mais alto comparado com o diesel, dentre outros. O Brasil vem se destacando bastante por ser um país tropical tendo solo fértil faz com que a diversas culturas de plantas oleaginosas tais como: Dendê, Palma, Pião-Manso, Girassol, Soja, Algodão, Mamona, etc.

Com o incentivo do Governo criando o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), fez com que diminuísse a importação do diesel em um montante de US$ 5,3 bilhões ou R$ 9,5 bilhões ao câmbio de 1,80. (MME, 2016), melhorando a inclusão social em lugares de economias precárias gerando assim opções de empregos uma vez que a diferentes culturas de plantio no território Brasileiro.

Com o aumento dessas fontes cresceu as extrações dos óleos vegetais, a cadeia molecular é formada por um triacilglicerol, sendo ésteres de ácidos graxos necessitando quimicamente sua quebra por meio de um catalizador normalmente uma base (Hidróxido de Sódio ou Potássio), para ocorrer uma separação de ésteres e glicerol, o processo é conhecido como transesterificação, deixando sua estrutura molecular igual ao diesel. (FERREIRA, 2010).

Segundo a ANP, atualmente existem 51 plantas autorizada para operar no país com a capacidade de produzir 19.976,81 m3/dia, mas a perspectiva de ampliar as usinas fazendo com que esse número aumente em 10% da capacidade existente. (Boletim Mensal de Biodiesel, Maio de 2016).

O biodiesel produzido no Brasil tem atingido 65mil m³, crescimento de 21,3% em comparação a mesma época de 2014. (MME, 2015). E com o aumento das usinas há perspectivas desses dados aumentarem.

Na produção de biodiesel, pelo o processo de transesterificação, é formado um coproduto conhecido como glicerol, substância límpida, gomoso, gordurenta, de sabor doce, irresolúvel em água e álcool. (KNOTHE, 2006). O termo glicerol só se aplica ao composto puro 1,2,3- popranotriol, a glicerina se aplica quando ela está com índice de normalmente 95% de glicerol pronto para ser comercializado. (MOTA et.al., 2009).

A glicerina é um produto mito antigo podendo usa-la em vários segmentos, segundo Haryanto et al. (2007), desde o ano de 45 registraram 1583 usos diferentes.

A milhares de utilidades desse coproduto tendo diversas vantagens na indústria gliceroquímica tais como:

Na utilização de medicamentos, produtos na higiene bucal na fabricação de tabacos, tintas, alimentos e ração animal, dentre outros produtos. O glicerol não é tóxico seu metabolismo é classificado como carboidratos embora esteja combinada em gorduras vegetais e animais. Com a diminuição nos custos da purificação da glicerina bruta justifica o aumento das tecnologias nesse processo tornando viável economicamente agregando valor a uma substancia que seria utilizada para fonte energética. (COSTENARO, 2009).

 Como o EUA está passando por dificuldades na produção de biodiesel em virtude de problemas na legislação ficou visível que os americanos é um grande mercador da glicerina principalmente destilada (ou bidestilada), pagando cerca de US$ 3,10 por galão. (ARANDA, DONATO. 2010).

Por conseguinte como o glicerol é um coproduto oriundo do biodiesel percebe-se que tem diversas vantagens para o benefício tanto ao homem quanto animal minimizando os impactos que produziria ao meio ambiente descartando de maneira incorreta.