IDENTIFICAÇÃO DE ÍONS METÁLICOS PELO TESTE DA CHAMA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Disciplina: DQU0006 Química Geral Experimental

IDENTIFICAÇÃO DE ÍONS METÁLICOS PELO TESTE DA CHAMA

RESUMO

Foi realizada a identificação de determinados íons-metálicos a partir de suas colorações específicas proveniente de suas respectivas propriedades físicas e químicas. Obteve-se como resultado a análise macroscópica do fenômeno em questão, bem como a certificação da eficiência e praticidade do experimento.

1 INTRODUÇÃO

Apresentado o modelo atômico de Rutherford, surgiram algumas dúvidas com relação a interação entre o núcleo e os életrons, visto que, teoricamente, ocorreria um colapso entre os dois devido a atração mútua entre os mesmos. Desta forma buscou-se explicar o porquê disso não ocorrer. De acordo com os estudos de Marx Planck as emissões e absorções de energia do átomo é feita de forma descontínua, com isso Niels Bohr postulou que, para cada nível de energia no átomo é necessário uma carga energética específica para o elétron, que ao ser alcançada, ocorre uma variação na posição do mesmo e possibilita a emissão de radiação por comprimentos de onda, que pode ser percebida pelo ser humano na faixa do visível macroscópicamente por coloração (PARENTE. et al, 2013).

Um método facilmente aplicável para apresentação deste fenômeno é o teste da chama, que tem como fundamento a identificação de íons metálicos a partir de uma técnica simples de espectroscopia macroscópica, que examina, qualitativamente, a presença de cátions em determinadas amostras de reagentes ao serem submetidos a uma fonte de energia específica (BACCAN, 1988).

No intuito de compreender as variações de coloração envolvidas no experimento, deve-se conhecer também a estrutura da chama não luminosa do bico de Bunsen, que por sua vez, é responsável pela propagação do fenômeno. A chama é constituida em três partes: um cone interno azul, onde se situa o gás ainda não queimado, uma ponta luminosa que pode ser observada quando os orifícios para saída de ar estão fechados, e por fim um manto externo onde ocorre a combustão completa do gás e é, consequentemente, a região mais quente da chama (VOGEL, 1981).

Os objetivos deste experimento consistem na análise das características da chama do bico de Bunsen, bem como a identificação de alguns metais presentes na composição de soluções de sais.

2 PARTE EXPERIMENTAL

2.1 Materiais e reagentes

Os seguintes materiais foram utilizados no experimento:

Algodão

Bastão de vidro

Béquer

Bico de Bunsen

Borrifadores

Fósforo

Os seguintes reagentes foram utilizados no experimento:

Solução de sal de bário, Ba2+

Solução de sal de cálcio, Ca2+

Solução de sal de cobre, Cu2+

Solução de sal de estrôncio, Sr2+

Solução de sal de lítio, Li+

Solução de sal de potássio, K+

Solução de sal de sódio, Na+

2.2 Procedimento experimental

Primeiramente foi acesa a chama no bico de Bunsen e em seguida, utilizados borrifadores com soluções de sais de bário, cálcio, cobre, estrôncio, lítio e potássio para aspergir-las uma por vez na chama, observando suas devidas alterações. Após isso, colocou-se um chumaço de algodão na ponta do bastão de vidro e molhou o mesmo em uma solução de sal de sódio contida em um béquer, aproximando-o do bico de Bunsen e observando suas reações.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos com a prática podem ser conferidos na Tabela 1. Por conseguinte, infere-se que é possível identificar qualitativamente determinados íons-metálicos a partir de seu espectro luminoso observável. A vantagem deste experimento consiste na sua facilidade e praticidade em ser executado, bem como a ágil identificação de determinados elementos em amostras de compostos. Entretanto é limitado, devido ao fato da possível contaminação de outros elementos cujos espectros podem se sobrepor ao elemento em questão, alterando o resultado.

Tabela 1: Identificação de íons metálicos por coloração.

REAGENTE AVALIADO

COLORAÇÃO EMPRESTADA Á CHAMA DO BICO DE BUNSEN

COLORAÇÃO