Introdução ao alumínio
Tese: Introdução ao alumínio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: arturdaniel • 24/3/2014 • Tese • 2.939 Palavras (12 Páginas) • 344 Visualizações
Introdução ao alumínio
O alumínio, apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais jovem usado em escala industrial. Mesmo utilizado milênios antes de Cristo, o alumínio começou a ser produzido comercialmente há cerca de 150 anos. Sua produção atual supera a soma de todos os outros metais não ferrosos. Esses dados já mostram a importância do alumínio para a nossa sociedade. Antes de ser descoberto como metal isolado, o alumínio acompanhou a evolução das civilizações. Sua cronologia mostra que, mesmo nas civilizações mais antigas, o metal dava um tom de modernidade e sofisticação aos mais diferentes artefatos.
Paronama da industria brasileira
O presente estudo visa mostrar uma visão geral da industria brasileira do alumínio na década de 2000. Descrevem-se o processo produtivo e a organização industrial do setor, a demanda por tipo de produto,a evolução dos estoques e os preços praticados no mercado mundial de alumínio primário. No âmbito da indústria brasileira, destaca-se a diferenciação da carga tributaria que incide sobre as cadeias produtivas referentes as regiões Norte e Sudeste e a reciclagem como um fator importante no aumento da competitividade e na obtenção de benefícios ambientais. Apresentam-se a evolução dos investimentos mundiais da indústria nos últimos 30 anos e a perspectiva ate 2015. Por fim, são discutidos os fatores que vem influenciando as decisões de investimento e seus possíveis efeitos sobre o mercado mundial, considerando-se as alternativas possíveis ao Brasil para adaptar-se a nova realidade. dos projetos de produção.
Em 1917, surgiu a Companhia Paulista de Artefatos de Alumínio (CPAA), que registrou a marca Rochedo e iniciou a fabricação de placas fundidas para automóveis. Na década de 1930, a O. R. Muller, instalada em São Paulo, consolidou-se no ramo de produção de bisnagas de alumínio, utilizando matéria-prima importada. De fato, a incipiente indústria de transformação era totalmente dependente das importações do produto primário.
A instalação da primeira "redução" da Alcoa, em Minas Gerais, destinou-se a produzir alumínio para o mercado interno no período entre 1967 e 1970, o que coincidiu com a descoberta das grandes reservas comerciais de bauxita na Amazônia pela Alcan em 1967. Nesse período, a ALCAN criou a Mineração Rio do Norte S. A., a qual posteriormente foi assumida pela CVRD com uma participação de 41%, ALCAN (19%), CBA (10%) e mais seis empresas internacionais (Reynolds, INI, RTZ, ASV, Norsk e Billiton), cada uma delas com 5%.
Em 1978, um acordo entre os governos brasileiro e japonês, com a participação da Companhia Vale do Rio Doce, estabeleceu a Alunorte. A operação iniciou-se quase vinte anos depois, em 1995, devido à crise no mercado mundial. Atualmente a empresa é auto-geradora de energia elétrica.
A Valesul Alumínio S.A. foi a quarta empresa produtora de alumínio primário no Brasil e passou a operar em janeiro de 1982, por iniciativa da CVRD - Cia Vale do Rio Doce, empresa estatal de mineração de ferro, e da Billiton Metais S.A., então subsidiária do Grupo Shell. A presença da Valesul permitiu substituir as importações brasileiras de alumínio, que experimentavam crescimento acentuado aquela época.
Em 1981, a Billiton Metais S.A., hoje BHP Billiton, engajou-se no projeto da Alcoa (já com o nome de Alcoa Alumínio S.A.), destinado à produção de alumina e exportação de alumínio primário em grande escala, transformando-o no Consórcio de Alumínio do Maranhão - Alumar, que iniciou suas operações em 1984.
Enquanto isso a Aluvale - Vale do Rio Doce Alumínio - dava andamento aos estudos de viabilidade do projeto Albras (consórcio entre NAAC - Nippon Amazon Aluminium Co Ltd. e CVRD - Companhia Vale do Rio Doce), no qual estava previsto inclusive a construção de Tucuruí. O início de operação da Albras deu-se em 1985.
Essas são as empresas que hoje compõem o cenário brasileiro da indústria do alumínio, quer seja na extração da bauxita, no seu beneficiamento e produção de alumina e alumínio primário.
Reciclagem
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por produtos de vida útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. Utensílios domésticos, latas de bebidas, esquadrias de janelas, componentes automotivos, entre outros, podem ser fundidos e empregados novamente na fabricação de novos produtos. Pelo seu valor de mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de famílias brasileiras envolvidas da coleta à transformação final da sucata.
A reciclagem do alumínio representa uma combinação única de vantagens. Economiza recursos naturais, energia elétrica - no processo, consome-se apenas 5% da energia necessária para produção do alumínio primário -, além de oferecer ganhos sociais e econômicos.
O alumínio é o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre. A disponibilidade de bauxita, o minério bruto do qual é obtido o alumínio, é praticamente inesgotável.
Distribuição dos elementos
O alumínio por ser um elemento com alto potencial oxidante, não é encontrado in natura, ou seja, puro na natureza. O alumínio, metal tão amplamente usado nos dias de hoje devido a características como leveza, resistência, aparência, entre outras, é encontrado formando compostos. A principal fonte de alumínio é a bauxita.
Bauxita
A bauxita é um mineral terroso e opaco, encontrado mais comumente em regiões de clima tropical e subtropical. Através dela, obtém-se alumínio.
É formada por um processo químico natural, proveniente da infiltração de água em rochas alcalinas em decomposição, e composta principalmente de óxido de alumínio, além de sílica, óxidos de ferro e titânio. A bauxita ocorre em três formas principais dependendo do número de moléculas de água de hidratação e da estrutura cristalina. As três formas estruturais da bauxita são Gibsita – Al(OH)3 –, Boemita e Diasporita – ambas AlO(OH). A diferença principal entre as duas últimas é que Diasporita tem uma estrutura cristalina diferente da Boemita, e requer temperaturas mais altas para que ocorra desidratação.
Este minério pode ser encontrado próximo à superfície com uma espessura média de 4,5 metros, coberto por solo e vegetação. Sua extração é geralmente realizada a céu aberto
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